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Visita à terra natal do "macaco folha" da cabeça branca
2008-05-28 15:29:38    cri

Caro ouvinte! Seja bem-vindo à segunda reportagem do concurso "As Belezas de Guangxi". No programa de hoje, vamos visitar as montanhas da cidade de Chongzuo da Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi para conhecer um animal silvestre ameaçado de extinção - o macaco folha de cabeça branca.

Antes de iniciar o programa, vamos fazer duas perguntas: 1. Além de Guangxi, essa espécie de macaco pode ser encontrada em outras regiões? 2. Quantos macacos folha de cabeça branca existem no mundo agora? Ouça o programa com atenção para encontrar a resposta.

Nas montanhas perto da cidade de Chongzuo mora um grupo de animais com um punhado de pêlos brancos em forma de chapéu sobre a cabeça, colo e ombro também brancos e uma cauda longa. Esse é o macaco folha da cabeça branca. Eles vivem nesta terra há 2,5 milhões de anos. As espécies que conviviam com este macaco já estão extintas. Atualmente, há pouco mais de 700 macacos folha de cabeça branca, e eles só podem ser encontrados aqui, em Chongzuo. Esta espécie é mais rara do que o panda gigante.

Numa manhã de início de verão, visitamos a reserva natural dos macacos folha de cabeça branca em Chongzuo. A reserva tem uma área de 24 quilômetros quadrados. Ali vive o maior grupo desta espécie, com mais de 400 indivíduos. O nosso repórter observou que os macacos brincam juntos nas escarpas como se estivessem em terreno plano. Os macacos e os moradores da região desenvolveram uma relação de amizade. Xiao Wang, habitante local disse:

"Como toda a gente sabe que há poucos desses macacos no mundo, e que eles só vivem aqui, esta espécie é uma preciosidade e todos a tratamos com muito carinho."

Xiao Wang é da etnia Miao. Quando visitamos a sua casa, encontramos a tradição desta etnia - a aguardente de boas vindas. Antigamente, na festa de casamento, os pais da noiva só deixavam os convidados entrarem na festa depois de beber um copo de aguardente, símbolo da amizade. Agora, o processo é mais simplificado. Quando chegam convidados, o dono oferece a bebida como expressão de boas vindas. Na casa de Wang, ainda ouvimos uma lenda antiga sobre o macaco folha de cabeça branca.

No passado, esta era uma região muito pobre e os cidadãos passavam fome. Um dia, um idoso faleceu e os aldeãos usando panos brancos em volta da cabeça e da cintura levavam o corpo para enterrar nas montanhas. Após o funeral, as crianças encontraram muitas frutas, que começaram a comer sem parar e acabaram ficando nas montanhas. Mais tarde, a aldeia ficou mais rica e os pais sentiam falta das crianças. Mas elas disseram que não queriam voltar porque, se voltassem, precisariam dos alimentos dos pais. Por isso, as crianças ficaram morando nas montanhas. Com o decorrer do tempo, o pano se tornou o pêlo branco e a cinta se transformou em cauda por causa da saudade para seus pais.

O catedrático da Universidade de Beijing, Pan Wenshi, que começou a pesquisa sobre o macaco folha de cabeça branca, disse que no inicio da década de 1990, havia pelo menos 2000 indivíduos dessa espécie. Mas, em 1996, o número caiu para cerca de 90 como resultado de atividades humanas como agricultura, caça etc.

"Quando a caça foi proibida, a espécie começou a se recuperar. Para muitas espécies ameaçadas de extinção, havendo tempo suficiente, a população pode ser voltar a crescer."

Pan contou ao nosso repórter, que a vida do macaco folha de cabeça branca é muito regular. Pela manhã ou ao anoitecer, eles brincam nas montanhas e, ao meio dia, descansam. À noite, os macacos voltam às cavernas. Pan disse que, para que a população volte a crescer, é muito importante recuperar o habitat da espécie.

"Para proteger o meio ambiente, o governo ajuda todas as famílias locais a construir biodigestores. Cada biodigestor custa 2000 yuans, o governo dá um subsídio de 1000 yuans, além de orientações técnicas. Na produção, orientamos os agricultores a plantar produtos econômicos, a fim de obter receita com menor impacto ambiental."

Desde a década de 1990, o governo de Chongzuo proíbe a queima bosques na encosta das montanhas e promove a construção de biodigestores, além de estimular os habitantes locais a plantar cana-de-açúcar, milho e arroz, que aumentam sua receita. Tudo isso teve um resultado positivo sobre o meio ambiente e contribuiu para recuperar e expandir o habitat do macaco folha de cabeça branca. A população da espécie também aumentou. Agora, há mais de 700 macacos vivendo ali. Atualmente, todos os moradores locais estão conscientes da importância de proteger o meio ambiente e o macaco folha de cabeça branca.

"Agora não vamos mais às montanhas cortar lenha, a fim de proteger recursos naturais e proporcionar um bom ambiente para a vida silvestre."

Desde a criação da reserva natural do macaco folha de cabeça branca, o turismo ecológico ficou cada vez popular. Há quem argumente que a atividade turística pode destruir o habitat dos macacos folha de cabeça branca. Quanto a isso, Pan disse que o turismo pode trazer mais oportunidades de emprego aos agricultores locais e melhorar a vida deles, o que contribui para aumentar a área de proteção e a biodiversidade local.

"O turismo ecológico permite não só proteger esta espécie, como também melhorar a vida dos residentes locais. Essa atividade traz novas oportunidades e apóio a sua promoção em Chongzuo e região. O turismo pode embelezar o local e dar uma vida mais alegre para os nossos descendentes."

Ao mesmo tempo, Pan disse que o turismo deve ser bem organizado e não pode ser excessivo, a fim de impedir a destruição do meio ambiente e promover o desenvolvimento ecológico sustentável.

Em Chongzuo, Guangxi, humanos e macacos convivem em harmonia, criando um cenário ecológico. O programa de hoje fica por aqui. Repetimos agora as duas perguntas: 1. Além de Guangxi, essa espécie de macaco pode ser encontrada em outras regiões? 2. Quantos macacos folha de cabeça branca existem no mundo agora? Pode mandar sua carta ao Departamento de Português da Rádio Internacional da China, Rua Shijingshan 16-A, Beijing, China, CEP 100040 ou nos mandar um email: cripor@cri.com.cn. O concurso termina dia 6 de outubro de 2008 (conforme a data do carimbo do correio) e o prazo para participação pela internet vai até as 24 horas de 6 de outubro de 2008.

Agradecemos sua participação no curso promovido pela Rádio Internacional da China e Departamento de Turismo da Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi. Tchau!

 
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