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Danças misteriosas de Qiangmu da etnia tibetana
2008-05-27 15:45:50    cri

Entre os 56 grupos étnicos da China, os tibetanos são um muito antigo, de população numerosa e distribuição ampla, e tem uma longa história. Seu rico acervo cultural e sua religião de mais de mil anos forjaram sua história, cultura e costumes e também a etnia propriamente dita. Sob a densa atmosfera religiosa, chegaram a ser uma etnia cujos membros professam todos o budismo de tradição tibetana.

A dança, arte através da qual o homem transmite o que pensa e sente usando a linguagem corporal, forma parte indispensável da vida dos tibetanos. Suas danças têm uma grande variedade e riqueza de conteúdos, com funções, formas e movimentos diferentes. Algumas são alegres dando escape ao que sentem os bailarinos, e outras comunicam a estes com os deuses para obter deles a ajuda.

Geralmente, as danças tibetanas se dividem nas de divertimento popular e as de rituais religiosos, mas ambas são ricas em valores culturais e têm estilos, formas e posturas elegantes e peculiares. Entre as danças religiosas, as de Qiangmu são um gênero monástico para as cerimônias, e sua origem e divulgação estão inseparáveis do budismo tibetano. Mas, devido às seitas desta religião, suas formas, acessórios de uso e roupa são diferentes.

   

A arte de Qiangmu se originou no século VII quando o monge indiano Padma Jungne chegou ao Tibete para predicar o budismo então popular na Índia. Sem embargo, encontrou-se com o rechaço do Bom, credo politeísta local. Para promover sua religião, o monge se combinava com este credo, conservando a doutrina budista e o respeito a seu deu máximo, Tathagata (Buda), e aceitando os deuses do Bom como guardião da lei budista, em adaptação à psicologia politeísta dos tibetanos. Como resultado dele nasceu o budismo tibetano na região durante a dinastia Tang (618-907) da China.

Mais tarde, o monge indiano adotou os elementos das danças locais, tais como certas partes fixas e as máscaras dos deuses, para criar danças religiosas praticadas nas cerimônias e dedicadas a expulsar os monstros, pedir fortuna para a próxima encarnação, predicar a lei budista e a disposição da Providência, explicar a causa e o efeito dos sucessos e representar histórias do budismo. Com o tempo, este tipo de danças foi aceito pelas diversas seitas e recebeu o nome de Qiangmu. Logo, o budismo se propagou a todas as partes do Tibete, às outras comunidades de tibetanos e à Mongólia Interior.

Pela passagem do aniversário de Sakiamuni, o Ano Novo tibetano ou festas do budismo tibetano, realizam-se cerimônias de Qiangmu nos Mosteiros Drepung, Tashilhungpo e Samyae do Tibete, Tar de Qinghai, Labrang da província de Gansu, Wudangzhao da Mongólia Interior, e Yonghegong de Beijing, que são importantes estabelecimentos desta religião. Milhares e milhares de crentes, incluindo famílias inteiras, viajam longos quilômetros e chegam aos templos com vários dias de antecipação para assistir às cerimônias, pedindo a Buda o amparo e favor.

A arte de Qiangmu inclui a dança de sacerdotes composta da dança de "animais" e a dança com instrumentos budistas, nas quais se usam gorros de plumas de ave e pele de tigre entre outras coisas. Estas danças, solenes e carentes de canto, são imponentes, de ânimos dissuasivos.

Na ocasião, quando soa a música com trompetas, trompas, cilindros, címbalos e tambores colocados no telhado do mosteiro, os lamas entre idosos e jovens, levando máscaras de deuses e animais e empunhando armas e instrumentos budistas, entram na praça segundo a ordem das hierarquias dos deuses, à guisa de anunciar a descida destes. Aos sons retumbantes da música, os deuses aceitam as saudações dos devotos enquanto os monges desfilam em torno da praça, levantando as mãos e avançando girando seus corpos a modo de prelúdio a Qiangmu.

Ato seguido, se dá uma série de danças de deuses, incluindo a do deus da lei, a do monstro e a de Vajra para ressaltar sua força infinita, assim como a dança do deus da longevidade, além da dança "Maha-Sattva se sacrifica para alimentar ao tigre" e a dança "Se paga pelo bem e o mal", que são contos do budismo. Apesar de ser danças religiosas, não transmitem a sensação de rigidez e tenebrosidade, mas sim a de alegria, harmonia e esperança. Para animar o ambiente e entreter aos assistentes, há combates de luta livre entre monges nos intervalos.

A arte de Qiangmu do Tibete é similar em forma, conteúdo e data de celebração, dança nos rituais do budismo tibetano praticada pelos mongóis durante a dinastia Yuan (1206-1368), só que difere nos movimentos, a roupa e os instrumentos de uso.

A última parte do Qiangmu é "expulsar os demónios". Ao final deste ato, os deuses enviam aos maus espíritos presos a uma cabeça de diábo enorme chamada duoma, feita com farinha de cevada e aceite de iaque. Depois, sob a escolta do "exército celestial", os circunstantes levam esta cabeça a um lugar aberto fora do mosteiro e a queimam em uma fogueira. E assim chegam a ponto final os ofícios do Qiangmu, destinados a conjurar os males a favor da harmonia e a felicidade para o povo no próximo ano.

 
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