O estilo de vida das pessoas no Tibet mudou totalmente, mas a cultura local permanece inalterada, avalia o jornalista nepalês Bhojraj Bhat, que visitou o planalto tibetano no ano passado.
Bhojraj Bhat, que trabalha para o Nepal Weekly News Magazine, uma das revistas mais vendidas do país, disse em entrevista à Xinhua que "quando compramos o Tibet de 50 anos atrás com o novo Tibet, encontraremos enorme mudança. O estilo de vida das pessoas mudou totalmente, enquanto sua cultura ainda é o que era."
"Quase todas as pessoas têm celulares em suas mãos, e a fibra ótica subterrânea liga cada família a linhas fixas de telefone", relatou ele sobre Lhasa em seu artigo Aparência transformada, publicado por sua revista.
"Visitei alguns monastérios e fiz algumas entrevistas com monges. Eles estavam contentes com o governo e queriam assegurar seu futuro como cidadãos de um país com rápido desenvolvimento, além de preservar sua cultura", disse Bhat, acrescentando que "algumas pessoas me disseram que eles queriam apoiar o Dalai Lama como um monge em vez de um líder político".
Neste artigo, que foi publicado em novembro de 2007, Bhat descreveu o que viu em Lhasa.
"Cenas de monges budistas ocupados com suas rezas em monastérios em Lhasa também são comuns agora. O efeito de desenvolvimento e a mudança também podem ser observados nos monastérios e monges lá", escreveu ele.
"Pode-se encontrar facilmente televisões LCD muito modernas nos monastérios, e os monges e freiras andam em motocicletas usando roupas bem passadas com ferro, além de aparelhos celulares avançados", disse Bhat em seu artigo.
O desenvolvimento ocorreu no planalto tibetano, mas a cultura ainda está lá, notou Bhat, acrescentando que "isto é um novo tipo de teoria, e nós nepaleses devemos aprender com o Tibet".
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