Estimado ouvinte, estamos no Palácio Potala de Lhasa, capital da Região Autônoma do Tibete, sudoeste da China. Está escutando os refrões dos trabalhadores na obra de reparação da construção arquitetônica símbolo do teto do mundo. As melodias similares os acompanham sempre durante os últimos 20 anos.
O Palácio Potala é o complexo monumental mais imponente do Tibete. Para receber sua noiva - a princesa Wencheng, da família imperial da dinastia Tang, o rei tibetano Sontsan Gampo mandou construir o Palácio Potala no século VII. "Potala" significa Putuo na língua local, e se refere à ilha onde vive o Bodhisattva, por isso, o Palácio Potala tem outro nome: a Segunda Montanha Putuo. O Palácio Potala se levanta na Colina Vermelha, com uma altura de 3700 metros sobre o nível do mar. A parte principal tem 13 andares, e se estende desde o pé da colina até o cume desta. Tem uma superfície de mais de 400 mil metros quadrados. Compreende o Palácio Branco, na parte oriental, que servia como sala de estudo e dormitório do Dalai Lama; e o Palácio Vermelho, na parte central, destinado à sala de leitura de sutras budistas, e um salão para os stupa em que se conservam os restos mortais dos Dalai Lamas de diversas épocas. Ao oeste, há os dormitórios destinados aos monges de confiança que serviam ao Dalai.
O Palácio Potala é uma típica construção do budismo tibetano que assimila as características arquitetônicas da etnia han. É este o vestígio deixado pela aliança matrimonial da etnia tibetana e da etnia han desde há 1300 anos, e também é um testemunho histórico da união das duas nações.
Como já tem uma história de mais de 1300 anos, esta grande obra arquitetônica enfrenta os riscos normais de desgaste e deterioração. Desde a libertação pacífica do Tibete, o governo central do país vem aumentando os investimentos para a reparação do palácio, especialmente nos últimos 20 anos.
Desde 1959, as finanças centrais chinesas destinam um investimento anual para a reparação e manutenção do Palácio Potala, e em 1989 e 2002, o governo central iniciou duas reparações de grande magnitude com fundos específicos. Qamba Kelzang, diretor da Administração do Palácio Potala, indicou: "Entre 1989 e 1994, o governo central investiu 53 milhões de yuans para uma grande reparação do palácio. Mais tarde, em 2002, investiu outros 170 milhões de yuans para realizar outro importante projeto de reparação que ainda não terminou agora."
A reparação que se iniciou em 2002 inclui cinco tarefas principais: consolidação da base; ordenamento das áreas das imediações; renovação dos sistemas de alimentação elétrica e abastecimento e esgoto de água e do sistema contra pára-raios e incêndios; sistema permanente para o monitoramento arquitetônico, bem como a reparação dos afrescos.

Jamyang, técnico, participou de quase todos os projetos de reparação e manutenção do Palácio Potala desde a década dos anos 80. Assim nos disse: "Participei dos projetos de reparo das obras históricas importantes do Tibete várias vezes. São obras preciosas tanto para o país como para toda a humanidade. O governo central chinês tem investido grandes fundos em sua reparação e manutenção, o que demonstra claramente o respeito e a proteção do governo central à cultura e história tibetanas. Ao mesmo tempo, em cada reparação, as autoridades sempre pedem opiniões aos especialistas para que se mantenham ao máximo os aspectos originais depois da reparação."
Os engenheiros informaram que o princípio da reparação do Palácio Potala é manter os aspectos originais, um princípio em que se tem persistido durante muitos anos. Ao mesmo tempo, tratam de usar os mesmos materiais e técnicas tradicionais em todas as obras.
Sonam, tibetano, testemunhou pessoalmente a reparação do Palácio Potala. Disse: "Nos últimos anos, o governo central do país tem investido muito para a proteção e reparação dos importantes templos, tais como o Palácio Potala e o Mosteiro Sakya. É uma política muito boa e importante para todos os crentes tibetanos. Sinto-me alegre."
No último projeto de reparação que começou em 2002, a reparação dos afrescos do palácio tem uma vital importância e tem terminado exitosamente. Os trabalhos têm sido elogiados pelos especialistas e o público da Região Autônoma.
Atualmente 70% dos trabalhos de reparação têm concluído. Prevêem que o projeto iniciado em 2002 termine este ano. As autoridades central e regional estão levando a cabo programas de proteção de outras obras importantes do Tibete, tais como Norbulingka e o Mosteiro Sakya.
Padma Tsinle, vice-presidente executivo da Região Autônoma do Tibete, disse: "Entre 2001 e 2005, destinaram-se os investimentos de mais de 330 milhões de yuans na proteção do Palácio Potala, Norbulingka e o Mosteiro Sakya. E entre 2006 e 2010, o governo central investirá outros 800 milhões de yuans. Repararemos o Templo Jokhang e outros templos importantes. Proteger a religião, a história e as obras importantes sempre tem sido uma política firme dos governos central e regional."
Nos últimos 20 anos, o Estado e as autoridades regionais do Tibete têm investido mais de um bilhão de yuans na reparação de mais de 1400 templos, construções históricas e lugares religiosos na Região Autônoma do Tibete. Desde 2008, o governo central chinês investirá outros 600 milhões de yuans para reparar outras 22 construções históricas e templos na Região.
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