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Visita ao museu da Tumba Hanyang
2008-05-07 09:48:47    cri

A oeste de Xi'an, capital da província ocidental de Shaanxi, encontram-se os mausoléus imperiais da dinastia Han do Oeste. Entre eles, está o Mausoléu Hanyang, que tem mais de 1.200 anos de história. Hoje em dia, sob o solar deste mausoléu, foi construído o primeiro museu subterrâneo moderno da China. Venham conosco, queridos ouvintes, pois neste programa vamos admirar esta tumba-museu.

Ao entrar na área do Mausoléu Hanyang, um amplo gramado e bosques exuberantes nos conduzem até o interior, onde vemos enormes cemitérios dos dois lados. O mausoléu ocupa uma área de 20 quilômetros quadrados. A dinastia Han do Oeste foi o segundo império feudal da China, e nela reinaram onze imperadores. Nossa guia, Zhang Bei, nos conta que o Mausoléu Hanyang foi construído para o imperador Jingdi, o quarto da dinastia. O outro cemitério é de sua imperatriz:

"A construção do Mausoléu Hanyang começou quatro anos após a subida ao trono do Imperador Jingdi (Liu Qi). Doze anos depois de iniciar seu mandato, ele morreu. Então, a imperatriz Wang e Liu Che, filho dos dois, decidiram prosseguir com a obra. Desde o início até sua conclusão, o mausoléu levou nada menos do que 28 anos."

 

Pelo Mausoléu Hanyang estão distribuídas cerca de dez mil covas, das quais 190 já foram identificadas. Descendo por um caminho estreito e serpenteado, que começa em uma ponte, aparecem diante de nossos olhos várias escavações enfileiradas. É a sala de exposição mais interessante do mausoléu. A guia Zhang Bei nos disse que cada fileira forma uma cova retangular na direção leste-oeste. Sua profundidade é de três metros, enquanto o comprimento e a largura variam a cada caso. Em cada cova, observa-se uma grande quantidade de figuras de terracota.

"O corpo das estátuas é feito de terracota. Os braços são de madeira, para que possam mover-se livremente. E a vestimenta é ainda mais maravilhosa. É feita de diversos materiais, como seda, linho e até couro. As estátuas representam auxiliares de diferentes funções para acompanhar o imperador Jingdi no outro mundo."

As figuras do Mausoléu Hanyang são as maiores do gênero depois do exército de terracota encontrado perto da tumba de Qin Shi Huang, primeiro imperador chinês. Mas, diferentemente dos guerreiros de Qin Shi Huang, que têm traços duros no rosto, as estátuas de Hanyang exibem semblantes pacíficos e alegres. Yan Xinzhi, sub-diretor do museu do mausoléu, explica que isso se deve, possivelmente, à harmonia da sociedade de então. Aquele era um império rico e estável, o povo vivia feliz e trabalhava em paz. Por isso, os artífices deste projeto mostraram com toda a naturalidade seu otimismo e sua tranqüilidade quando elaboraram os rostos das estátuas. Yan Xinzhi nos disse:

"A escavação completa e a exposição das estátuas de terracota encontradas mostram uma óbvia comparação com as da dinastia Qin, e enriquecem nossos conhecimentos sobre a cultura antiga da China. As figuras de terracota da dinastia Qin transmitem a sensação de bravura, enquanto as do Mausoléu Hanyang nos fazem sentir a beleza da simplicidade e da suavidade."

E onde foram feitas as estátuas de terracota do mausoléu? Nas escavações arqueológicas do solar da antiga cidade de Chang'an, da dinastia Han, não muito longe do mausoléu, foi desenterrada uma grande quantidade de moldes, os quais mostram que as figuras foram feitas ali para depois serem transportadas até o mausoléu. A elaboração das estátuas de terracota é um processo bastante complicado. Zhang Bei nos explicou:

"O processo divide-se em várias partes: retirar a argila, preparar o barro, moldar, cozinhar, pintar, vestir e enterrar. Escolheram argila limpa ou um barro nem muito leve nem muito duro. Nos moldes, prepararam o barro para cabeça, corpo, perna e pé. O nariz e as orelhas também foram elaborados com moldes e foram logo grudados ao rosto. Os artesãos esculpiram a faca diferentes feições nos rostos e, por último, vestiram as figuras com roupas diferentes de acordo com as diferentes classes sociais."

Nas covas também foram descobertos muitos utensílios de uso diário, armas, produtos têxteis e grãos. De acordo com os resultados das escavações arqueológicas e levando em conta o antigo sistema de ritual funerário da China, pode-se deduzir, sem qualquer exagero, que aqui, sob a terra, encontra-se um enorme acervo de objetos históricos e culturais. A China da dinastia Han dispunha de uma grande riqueza de produtos. Este reino subterrâneo e misterioso é precisamente o melhor testemunho da prosperidade da dinastia, de 2 mil anos atrás. A guia Zhang Bei nos disse:

"A cova que estamos vendo é a maior entre as dez abertas ao público. Seu comprimento é de 94 metros. Nesta cova, podemos ver três fileiras de celeiros e olarias. Os da esquerda estão bem fechados. Alguns celeiros das outras filas estão em ruínas, e neles descobrimos grãos carbonizados de milho, sorgo, cevada e outros cereais."

O grande achado despertou muito interesse pelo antes ignorado mundo subterrâneo deste mausoléu. Para a escavação completa de todo o local são necessários, no mínimo, mais 150 anos. Para proteger o aspecto original do entorno do mausoléu imperial, os arqueólogos chineses decidiram não construir na parte superior, ao nível da terra. Por isso, todo o museu está na mesma altura das escavações. A sala de exibição também fica subterrânea, como nos explica Zhang Bei:

"As covas do museu estão protegidas por vidraças, que separam eficazmente os visitantes dos objetos antigos. No interior das câmaras de vidro, a temperatura é mantida entre 23 e 24 graus centígrados, e a umidade fica entre 95% e 99%. A umidade do lado de fora é de apenas 50%."

 
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