Sobre CRI Sobre Dept.
HomeGeralEconomiaCulturaVidaEsportesChinêsWebcast
Yibin, cidade do bambu
2008-04-30 14:48:26    cri

A cidade de Yibin fica na margem sul da bacia de Sichuan, na confluência dos rios Minjiang e Jinshajiang (curso superior do rio Changjiang).

Yibin, envolvida por um ar úmido e pelo verde de suas imensas extensões de bambu, é conhecida em todo o país por seus mais de três mil anos de história na elaboração do vinho e por seu Wuliangye, uma bebida de fama nacional.

Graças às condições climáticas favoráveis, nos 3.283 quilômetros quadrados de Yibin crescem frondosas plantas. Entre elas, o bambu ocupa uma área de 70 mil hectares. Recentemente, aconteceu em Yibin a 3ª Festa Nacional da Cultura do Bambu, evento que continua sendo tema de conversas.

Um jovem na Feira do Bambu

"Olá! Bem vindo ao mar de bambu!"

"Olá! Posso tirar uma foto com você?"

 

Na multidão há vários alunos de escolas primárias e secundárias que, câmeras na mão, de vez em quando convidam algum estrangeiro para tirar uma foto em grupo. Ainda que seu inglês não seja muito fluente, não é um obstáculo.

Os yibinenses jamais imaginaram que tanta gente viria à sua pequena cidade atraída pelo bambu, planta que cultivam há séculos e de geração em geração.

A China é o maior produtor de bambu do mundo e o país em que suas plantações ocupam a maior área. Sob os incentivos do governo e da INBAD (International Network for Bamboo and Rattan), foram celebradas três edições da Festa Nacional da Cultura do Bambu. A de Yibin é a primeira realizada no oeste da China. Seu objetivo é divulgar a cultura, promover a indústria e desenvolver a economia ligada ao bambu.

Na Feira do Bambu, uma das atividades da festa, vi um jovem fazendo uma escultura com a raiz da planta. Poucos eram os visitantes que não paravam para contemplar seu hábil trabalho. Wang Fangrong, o jovem escultor, é do distrito de Changning, em Yibin: "Na minha terra natal, o bambu cresce em toda parte. Quando cortam os troncos para fazer esteiras ou bancos, sobram apenas as raízes, que servem apenas para acender o fogo. Para mim, isso era lamentável". Wang e outros jovens da aldeia começaram a tentar melhorar sua situação econômica fazendo esculturas com as raízes de bambu. Agora, têm uma fábrica própria, cujo volume de vendas supera os 500 mil yuans anuais. As obras que produzem são tão criativas que não é fácil ficar indiferente.

As mais de 120 mil famílias camponesas de Yibin dedicadas à indústria do bambu chegam a ganhar por ano um total de 80 milhões de yuans.

O som da flauta no Foro Acadêmico

Desde a antigüidade, os chineses têm um apreço muito especial pelo bambu, gramínea que literatos e poetas dotaram de uma personalidade própria.

A mesma festa dá aos convidados a oportunidade de conhecer em toda a sua profundidade os atrativos da cultura do bambu. Na celebração artística, quando as moças vestidas com modelos confeccionados em bambu subiram ao palco, acompanhadas por música, o público irrompeu em sonoros aplausos e os flashes das câmeras apareciam sem cessar. Levados pela grande curiosidade, depois da apresentação, alguns espectadores foram para os bastidores.

 

No Foro Acadêmico, especialistas de China, Japão, Reino Unido, Alemanha, Colômbia e Índia realizaram conferências e participaram de um entusiasmado simpósio sobre a plantação do bambu e técnicas de elaboração.

Em um intervalo das conferências, de repente, começou-se a ouvir na sala o som de uma flauta. Imediatamente, alguém começou a cantar: "Fora do pequeno pavilhão, ao lado da velha estrada, a grama se estende até o horizonte". Esta canção tradicional, transcrita a partir de uma conhecida partitura estrangeira, aliviou a atmosfera pesada que costumam ter os simpósios, despertando um carinhoso sentimento no coração da platéia. Acompanhado pela música, subiu á tribuna Wang Wei, conhecido como "o especialista em instrumentos musicais de bambu", que veio direto de Beijing para o evento. Quando era integrante do Conjunto Oriental de Cantos e Danças de Beijing, Wang apaixonou-se pelos instrumentos musicais de bambu, construiu os seus com as próprias mãos e criou um grupo musical.

São muitos os países onde se usam os instrumentos musicais de bambu ou cana, como a badela (Mianmar), as flautas de pan (América Latina), o delang e o zhuyao (Vietnã) e o angelong (Indonésia). A China é o país com mais variedades deste tipo de instrumento.

No distrito de Changning encontra-se o Museu Zhuhai (mar de bambu), o único da China dedicado à cultura desta planta. Nele, exibe-se uma grande quantidade de espécies da planta e objetos antigos fabricados com este material, cuja contemplação nos permite ver sua história cultural. Os utensílios finamente elaborados e também alimentos preparados com bambu mostram silenciosamente o processo pelo qual a planta foi forjando um espírito e uma cultura, e, aos poucos, passou a fazer parte da vida dos chineses.

 
Leia mais
Comentário
 
Noticiário (09-05-12)
Horário e Frequência
Minha música
Sua palavra
Correspondente Rio de Janeiro
60 Anos da Nova China
Rádio on Line
Semana no Esporte-Luis Zhao
Nos Ares da Cultura
-Inês
Sociedade Chinesa
-Luisinho
Viagem pela China-Silvia
Repórter da China
-Catarina
Encontro da CRI com seus Ouvintes
-Alexandra

Treze pandas gigantes filhotes se mudam para nova casa

Palácio de Verão

Templo de Céu
<  E-Mail  >
© China Radio International.CRI. All Rights Reserved.
16A Shijingshan Road, Beijing, China. 100040