A China continua seus esforços para transformar-se em um dos principais destinos para estudantes internacionais, baseando-se no aumento de estrangeiros que têm vindo ao país estudar nos últimos anos.
Neste ano, as autoridades aumentarão o número de bolsas para estudantes estrangeiros - um grupo que cresce ao ritmo de 3.000 pessoas por ano - para atrair um maior número de estudantes, informou o Ministério de Educação ao jornal de língua inglesa China Daily.
O governo já destinou 500 milhões de yuans (US$ 71 milhões) para bolsas neste ano, um aumento de 40% em relação a 2007.
A ação se desenvolve com um aumento do número de estrangeiros que concluem o curso universitário na China.
As estatísticas mais recentes do Ministério mostram que no ano passado o número de estudantes estrangeiros estudando na China foi recorde, alcançando mais de 195 mil, um crescimento de 20% na comparação anual.
"A melhora da qualidade da educação superior do país tem sido reconhecida mundialmente" constatou Zhao Lingshan, funcionário do Ministério encarregado dos assuntos de estudantes estrangeiros.
Ao mesmo tempo, a China já firmou contratos de reconhecimento mútuo de diploma com 32 países incluindo Alemanha, Reino Unido, França, Austrália, Nova Zelândia, Áustria e Rússia.
Muitos estudantes vieram à China atraídos por sua cultura única e pelo baixo custo de vida e matrícula, analisou Zhao.
Também no ano passado, os estudantes estrangeiros vieram de 188 países e regiões, e estudaram em 31 províncias, regiões autônomas e municípios na parte continental chinesa, conforme as mesmas fontes.
As universidades chinesas oferecem cursos que outorgam ou não diplomas, sendo os primeiros freqüentados por estudantes de licenciatura, mestrado e doutorado, enquanto o segundo inclui aprendizes e pesquisadores.
Em 2007, mais de 68 mil estudantes estrangeiros freqüentaram cursos na China para obter um diploma, e mais de 10 mil estudaram com bolsas do governo chinês, cifra que representa um aumento de 20% em relação à do ano anterior.
Os estudantes vindos de países asiáticos foram a maioria no ano passado, com 72% das vagas. Da Europa vieram 13%, 10% das Américas, 3% da África e 1% da Oceania, sendo Coréia do Sul, Japão, Estados Unidos, Vietnã e Tailândia os países de onde vieram mais estudantes, mostraram as estatísticas oficiais.
As disciplinas que os estudantes estrangeiros escolhem incluem a língua chinesa, a medicina (tanto tradicional chinesa quanto ocidental), ciências básicas, engenharia, agricultura, economia e administração.
Atualmente, mais de 400 estudantes indianos estão estudando para obter seu diploma de medicina na Universidade Médica de Tianjin. O preço médio da matrícula em uma universidade médica chinesa varia entre US$ 2.000 e US$ 3.000 ao ano, além de US$ 1.000 para cobrir despesas de alojamento e alimentação. O custo é cerca de um quarto do que um estudante gastaria na Índia. "Esta escolha é mais razoável," comentou Manpreet Kaur, estudante do segundo ano da Universidade.
Desde 1978, quando a China começou sua política de reforma e abertura, a estabilidade política e social e o rápido crescimento da economia têm aumentado as atrações do país oriental de cultura milenar e, conseqüentemente, é cada vez maior número de estudantes vindos de outros países.
Para facilitar a chegada destes estudantes à China, o Conselho de Bolsas da China e o Centro de Serviço da China para o Intercâmbio, subordinado ao Ministério de Educação, seguem oferecendo serviços de consulta e matrícula pela Internet.
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