O Dr. Pedzisai Mashiri, reitor da Faculdade das Artes da Universidade do Zimbábue, acaba de encomendar cerca de 100 camisetas estampadas com o logotipo do Instituto Confúcio (IC), uma instituição de ensino da língua chinesa, que um ano atrás abriu uma filial em Harare, capital do país africano.
"Os estudantes e funcionários do instituto vão vesti-las para que mais pessoas conheçam o IC e, assim, possam vir estudar chinês ou dar ajuda ao instituto", disse Mashiri, que também é diretor do IC.
O IC na Universidade do Zimbábue é membro de uma grande família em crescimento. Atualmente, espalham-se pelo mundo todo mais de 200 institutos que levam o nome do mais famoso filósofo antigo chinês, sob o patrocínio do Escritório do Conselho Internacional da Língua Chinesa.
"O IC tem apenas um ano, mas parece ter estar funcionando há cinco anos, porque conseguimos muito", disse Mashiri à Xinhua.
De acordo com ele, um total de 241 zimbabuanos, incluindo a esposa e dois filhos do presidente Robert Mugabe, aprenderam mandarin e cultura chinesa nesse instituto no ano passado.
Desde setembro de 2007, a Universidade do Zimbábue passou a oferecer cursos de mandarin e cultura chinesa, que conferem aos alunos, no final, o título de bacharel em artes na Universidade do Zimbábue.
"A disciplina provou ser muito popular entre os estudantes de graduação", revelou Mashiri.
A maioria das pessoas que se inscreveram para estudar chinês nos cursos sem diploma são homens de negócio e jornalistas locais, de acordo com o diretor do IC.
Com a ênfase do governo na política "Olhar para o Leste", que tem como objetivo promover e incentivar relação e comércio bilaterais com a China, cada vez mais organizações, companhias e indivíduos procuram entender a China, sua língua, sua cultura e seu povo, acrescentou Mashiri.
Para marcar o aniversário do Instituto Confúcio, uma delegação liderada pelo professor Ji Baocheng, presidente da Universidade Renmin da China, parceira da Universidade do Zimbábue na gestão do IC, visitará o instituto em 14 de abril e dará uma palestra intitulada "A Revolução Econômica Chinesa: Lições para o Zimbábue".
"Convidaremos mais especialistas chineses ou chineses no Zimbábue, que são especialistas em várias áreas sobre a China, para dar palestras, a fim de ajudar o público a entender e apreciar a cultura chinesa", revelou Mashiri.
O Instituto Confúcio organizará um concurso de língua chinesa e um curso de culinária chinesa, em cooperação com um restaurante chinês local, no final deste ano.
De acordo com o reitor, o Instituto Confúcio também está considerando em enviar professores para outras cidades zimbabuenas para dar cursos intensivos de língua chinesa de curto prazo.
O objetivo de longo prazo do Instituto Confúcio, de acordo com Mashiri, é "convencer o governo a incluir o chinês no currículo universitário dos professores para facilitar o treinamento de professores locais de língua chinesa".
"A expectativa para o futuro é termos em cascata o ensino e o aprendizado de chinês, do nível Universitário à escola primária", previu o reitor.
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