O mês de setembro é o início do ano escolar nas universidades chinesas. Este ano, mais de 5,6 milhões de alunos fizeram sua matrícula universitária, dos quais um milhão proveio de famílias carentes. O governo chinês, que sempre tem prestado grande atenção à educação superior e vem aumentando os investimentos para ajudar aos estudantes pobres, tem incrementado, em grande medida, os recursos destinados a tal fim este ano, beneficiando a dezenas de mil alunos.
Xu Chenxi, moça de 17 anos de idade, vive no distrito remoto de Qu da província sudoeste chinesa de Sichuan. Toda sua família, que vive em pobreza, sofreu os prejuízos duma grande inundação que causou sérios danos a sua casa e a suas colheitas de cereais, piorando suas condições de vida. Quando Xu Chenxi recebeu a carta de admissão universitária, toda a família estava preocupada, perguntando-se como pagar os gastos da faculdade.
O ensino superior do país tem registrado um grande desenvolvimento nos últimos anos, o que se tem mostrado tanto na melhoria do nível das universidades chinesas como no crescente número de estudantes admitidos. Sem embargo, a educação superior não é gratuita e se tem convertido em um dos principais gastos das famílias chinesas.
Os estudantes têm que pagar uma suma relativamente elevada, que inclue a matrícula, o alojamento e os gastos diários. Geralmente, cada ano um estudante tem que pagar o equivalente a uns US$1.350, una enorme carga para as famílias camponesas, tal como a de Xu.
Mas. agora Xu não tem preocupações ao respeito. Os departamentos locais de educação e de assuntos civis lhe têm oferecido oportunamente 800 yuans como assistência governamental, e lhe tem indicado outras fontes de ajuda educativa facilitadas pelo governo central aos estudantes de escassos recursos econômicos. Xiong Changhong, diretor do Departamento de Educação do Distrito de Qu, assim explicou: "O governo oferecerá outros tipos de medidas para ajudar aos alunos universitários a estudar e viver bem. Todos os estudantes podem solicitar bolsas anuais de 670 yuans. E os jovens de escassos recursos econômicos podem obter ajuda educativa governamental e pedir créditos especiais. Ao mesmo tempo, as universidades oferecem postos de trabalho a médio tempo a todos os estudantes que os necessitem."
O governo chinês tem estabelecido um mecanismo de financiamento por variadas vias para que os estudantes pobres possam terminar felizmente seus cursos universitários. Além de bolsas, créditos e assistência educativa governamental, os estudantes que reúnam os requisitos poderão beneficiar-se da eliminação ou redução de seus gastos universitários, e incluso, encontrar trabalhos a médio tempo nos centros de educação ou dependências governamentais.
Hoje em dia, a China tem 17 milhões de universitários matriculados, dos quais 20% têm dificuldades econômicas. É impossível que o governo ofereça a assistência necessária a todos, pelo que uma parte deles não pode concluir seus estudos por razões econômicas. Para resolver o problema, desde setembro passado, o governo chinês vem aumentando substancialmente as medidas de apoio aos estudantes pobres. Zhao Lu, chefe do Departamento de Assuntos de Educação e Ciência do Ministério de Finanças, disse: "A partir do novo ano escolar que começou em setembro passado, os governos central e regionais investiram uns 2,054 bilhões de yuans na aplicação de novas políticas de ajuda educativa. Em comparação com a ajuda anterior de 240 milhões por ano, a cifra atual representa um grande salto."
Segundo o Ministério de Educação da China, este ano mais de 3,4 milhões de alunos universitários pobres serão beneficiados pelas novas políticas, e mais de 500 mil alunos mais pobres receberão bolsas anuais de 670 yuans. Ante estas perspectivas, Xu Chenxi se sente animada.
"Já não tenho preocupação pelos gastos acadêmicos. Estou segura de que estudarei com maior empenho para obter bolsas de estudos."
Além das políticas preferenciais do governo central, os governos regionais também têm elaborado e publicados suas medidas correspondentes.
Por sua parte, as universidades chinesas também adotam as medidas neste aspecto. Na carta de admissão que enviou aos estudantes admitidos, a Universidade de Sichuan, enviou a eles documentos detalhados, incluindo pesquisa de informação familiar e esclarecimentos sobre as bolsas de estudo e assistência educativa, permitindo, por um lado, que a universidade conheça melhor se os novos alunos necessitam ajuda e por o outro, quem a necessitem podem ter acesso às diversas modalidades de financiamento educativo.
Li Shuanjiu, subdiretor de Assuntos Estudantis da Universidade de Sichuan, manifestou que em sua escola, tem estabelecido um mecanismo de ajuda aos alunos pobres a completar seus estudos. Assim explicou: "Damos detalhadas explicações sobre as políticas correspondentes aos novos alunos com dificuldades econômicas. Oferecemos a eles um serviço que chamamos de ´Canal Expresso´. "
O "Canal Expresso" é um serviço dado pela maior parte das universidades chinesas aos alunos com dificuldades econômicas. Se os estudantes não podem pagar a totalidade ou parte de suas matrículas ou gastos acadêmicos, as autoridades universitárias lhes permitem matricular-se e desfrutar de serviços de alojamento universitário. Além disso, se permite aos estudantes pagar as despesas correspondentes quando eles têm a capacidade de assumi-las.
A Universidade de Hunan mantem uma estreita cooperação com os bancos locais, e ajuda aos estudantes pobres a pedir créditos especiais, o que beneficia mais de 8 mil alunos.
Cabe destacar que nos próximos anos, o governo chinês aumentará os investimentos em educação, e a proposta das finanças centrais para a ajuda educativa aos estudantes de famílias carentes chegará gradualmente a 6,7 bilhões de yuans por ano, beneficiando anualmente a 4 milhões de estudantes universitários.
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