Com o desenvolvimento e reforço da abertura da China, cada vez mais estrangeiros ao país em busca de crescimento profissional. O protagonista do programa de hoje, Victor Mauro é um deles.
Ao falar do Brasil, sempre nos lembramos de futebol e samba. De fato, um prato brasileiro está se tornando uma moda no mundo - o Churrasco. O protagonista de hoje, Victor Mauro, trabalha num restaurante associado a um hotel cinco estrelas em Hefei, cidade da província de Anhui, no leste da China. É a primeira churrascaria da cidade. Mauro trabalha ali há três anos e é um rapaz tímido.
Com menos de 30 anos, Mauro, já está há mais de dez anos no ramo. Antes de vir à China, ele trabalhava num restaurante do Rio de Janeiro. Logo depois, um amigo sugeriu um trabalho na China, que ele aceitou prontamente. Ao falar do motivo que o trouxe para cá, Mauro foi sincero:
"No primeiro trabalho em Shanghai nem foi por... muito pelo dinheiro, nem foi pelo salário não. Foi mais pra conhecer. Aí depois que nós chegamos... aí começou a aparecer outros lugares para trabalhar. Primeiramente a gente veio mais pra conhecer, depois é que a gente começou a ganhar mais, ter mais oportunidade pra trabalhar."
Em dezembro de 2000, Mauro, desembarcou sozinho na cidade de Shanghai, sua primeira parada na China. Para Mauro, o inverno frio de Shanghai foi um choque. Mas ele se adaptou facialmente à vida ali. Ele disse que antes de vir à China, já sabia alguma coisa sobre o país.
"A gente já via muito na televisão, porque no Brasil, as pessoas falam muito sobre a China. A gente já sabia bastante coisa sobre a China. Muitas coisas antigas. E a gente já sabia que a China estava desenvolvendo muito. Mas a gente não conhecia como era viver na China. No começo, foi um pouco difícil e, depois, a gente se acostumou."
Mais tarde, ele encontrou outro problema. Na China, pouca gente fala português e as pessoas costumam comunicar-se com os estrangeiros em inglês, o que dificulta a comunicação entre Mauro e os chineses. Para superar o problema, Mauro começou a estudar chinês e inglês. Agora, ele já pode se comunicar com amigos ou colegas em nesses dois idiomas.
"Sou brasileiro. Chamo-me Maurou. Amo a China!"
Nos últimos sete anos, Mauro trabalhou em três cidades: Shanghai, Xi'an e Hefei, onde trabalha agora. Por já morar aqui há três anos, ele tem grande paixão por esta cidade. Neste período, Mauro testemunhou o desenvolvimento rápido de Hefei.
"Hefei já mudou muito e já melhorou muito. Antigamente, não era tão organizada como agora. E agora, já é muito bom. Tudo é novo e bonito. Tá melhorando bastante."
Mauro disse ao nosso repórter que, desde o início do Século XXI, a China experimenta um grande desenvolvimento e, nestes 7 anos, ele está crescendo junto com a China.
Mauro é muito ocupado quando trabalha. Para que os clientes possam provar a autêntica cozinha brasileira, Mauro sempre se dedica pessoalmente à escolha dos ingredientes e preparação dos pratos. A técnica de Mauro atrai muitos clientes. A amiga de Mauro e assessora do gerente geral do hotel, Deng Fanghua, disse ao nosso repórter que muitos clientes procuram o restaurante por causa dele.
"O trabalho dele é ótimo. Graças a sua atitude de serviço e boa técnica de churrascaria, o restaurante pode atrair muitos clientes. Muitos deles, antes de vir, ligam para perguntar se Mauro está trabalhando. Se a resposta for positiva, eles vêm."
Quanto à técnica de Mauro, os clientes têm a palavra final na avaliação. No restaurante, conversamos com um cliente, o Senhor Tao. Ele nos contou que já tinha vindo aqui antes e trouxe sua namorada para provar os pratos brasileiros.
"Da outra vez, eu gostei do ambiente do restaurante e saí satisfeito com outros aspectos também, por isso, quisemos nos reunir aqui hoje. Acho que o churrasco aqui é muito bom. Do contrário, eu não voltaria."
Ao falar de Mauro, a chefe de cozinha, He Dongsong fez grandes elogios:
"Ele é uma pessoa muito trabalhadora e sempre cumpre os regulamentos. Ele nunca chega atrasado, nem sai um minuto mais cedo. O último empregado que sai do restaurante é ele."
Para Mauro, o trabalho árduo é gratificante. Ele nos disse que quem não gosta de seu trabalho, não tem sucesso na carreira. É com o esforço de Mauro que o restaurante pode obter bons negócios. Quando perguntado sobre a diferença do trabalho no Brasil e na China, ele disse, sorrindo:
"É muito diferente, porque no Brasil, eu trabalhava e aqui já sou responsável. Já muda muito."
A China dá a Mauro grande espaço para o desenvolvimento de sua carreira. Mauro disse que já ensinou muita gente, e seus alunos aprendem rápido. Quando Mauro sai de férias, os aprendizes dele sempre conseguem assumir os trabalhos do restaurante.
"Todos os que trabalham comigo são meus alunos. São bons e se esforçam."
Aos olhos dos alunos, Mauro não é só professor, como também um grande amigo. Xu Ming, de 21 anos, é um bom assessor de Mauro. Ele disse ao nosso repórter:
"No início, achava que a técnica de assar o churrasco era muito difícil de aprender e queria desistir. Mas Mauro me disse: tenha paciência, vou lhe ensinar. Quando perguntamos, ele sempre nos ensina. É fácil conviver com ele. No restaurante, ele é meu chefe e fora do hotel, ele é meu amigo. Acho que ele é uma pessoa simpática e o respeitamos."
Exatamente. Mauro é simpático. Ao descrever Mauro, Deng Fanghua disse que, se não houver obstáculo, toda a gente pode fazer amizade com ele.
"Gostamos dele porque ele é uma pessoa de bom coração, otimista e aberta. Sempre que pode, ele ajuda aos outros."
Mauro contou ao nosso repórter que, na verdade, a intensidade do trabalho é menor do que no Brasil. No Brasil, ele tem de trabalhar do meio-dia até meia-noite. Devido à diferença do horário das refeições, na China, Mauro só precisa trabalha no período de almoço e jantar.
O cotidiano dos brasileiros não pode ser separado do futebol, mas, por causa do choque de horário, Mauro não consegue assistir a muitos jogos. Nas horas livres, Mauro gosta de acessar a internet, assistir televisão ou ir a discotecas ou bares, além de jogar sinuca. Mauro nos contou que muitos amigos são clientes do restaurante.
Quanto a Mauro, o presidente do Conselho de Administração do hotel, Denny Ny, disse:
"Ele é tímido e tem boa qualificação. Além disso, ele sempre se esforça em aprender mandarim."
Por causa da distância geográfica entre a China e o Brasil, Mauro sempre tem saudades dos familiares. Mauro disse que, nos últimos sete anos, ele só voltou três vezes a Porto Alegre, sua terra natal e que, quando decidiu vir à China, os pais dele deram muito apoio:
"A minha mãe... meus pais gostaram da idéia. Até falam pra todo mundo que ter um filho na China é muito bom e a gente mesmo fala que a China é melhor que os outros pensam. Tem muitos que falam que na China não é bom, mas é bom."
Com o apoio dos pais, Mauro encontrou oportunidades de crescer profissionalmente. A vida feliz de Mauro por aqui faz com que seus amigos brasileiros fiquem cada vez mais interessados na China.
"Quando volto ao Brasil, todo o mundo pergunta. Falo muito sobre a China. Sobre tudo: trabalho, cidades, comida, pessoas. Normalmente, o povo brasileiro conhece Beijing, Shanghai, mas não conhece outras cidades. Acho que o povo tem interesse por tudo."
Mauro disse ao nosso repórter que gosta bastante da China
"Moro na China e sou muito bem tratado na China. Depois do Brasil, a China é a minha segunda casa. Gosto da China."
O moço brasileiro ainda disse que está disposto a crescer junto com a China e quer apresentar uma China real para outras pessoas, além de se sentir orgulhoso de trabalhar aqui.
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