Os futuros proprietários de carros em Shanghai terão a oportunidade de solicitar três vezes a matrícula para uma placa automotiva no sistema de leilão da cidade, o único do país, segundo uma nova regra divulgada.
O centro de negócios da China é a única cidade no país a usar leilão para controlar o fornecimento de placas. Antes, apenas uma oferta era permitida.
Sob o novo regulamento, os licitantes agora podem conhecer as ofertas de outros concorrentes, através de atualizações de informações sobre a oferta mais baixa que pode ganhar uma placa. Deste modo, eles terão a permissão para mudar seu preço original duas vezes dentro de 30 minutos depois da primeira oferta.
Wu Yi, vice-diretor do departamento de transporte, disse em uma entrevista coletiva realizada na segunda-feira, que desde que o sistema de leilão foi adotado em 1994, cerca de 1,5 milhão de carros teriam sido "proibidos" de serem comprados na cidade. Isto ajudou a manter a qualidade do ar e a reduzir a pressão do trânsito.

Analistas da indústria automobilística disseram que este cálculo foi feito tendo Beijing como referência, que não tem controle de matrículas de novos carros. Até o final de 2006, a capital chinesa tinha 1,81 milhão de carros privados, enquanto Shanghai só tinha 509.400, devido a este sistema de leilão.
Porém, o leilão foi criticado muito desde a estréia. Alguns cidadãos evitaram o sistema obtendo placas de outras cidades. Wu disse que seu departamento não tem estatísticas sobre este tipo de carros.
Alguns especialistas de lei até acusaram a prefeitura de Shanghai de violar a lei de segurança do trânsito rodoviário do país.
Em geral, a menor oferta para ganhar uma placa de carros no leilão costumava ficar acima dos 40 mil yuans (US$ 5.480), e esse número aumentou para acima dos 50 mil yuans (US$ 6.850) no quarto trimestre de 2007. No último mês, a oferta mais alta chegou a um recorde de 56.042 yuans.
Shanghai lançou 77.500 placas de carros para leilão em 2007, obtendo uma receita total de mais de 3,7 bilhões de yuans (US$ 507 milhões).
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