A China é um país multinacional e tem 55 minorias étnicas além da etnia Han, etnia maioritária e o governo dá grande importância para o desenvlvimento e proteção dos idiomas das minorias étnicas. Na Universidade Central de Nacionalidades da China se realizou em novembro uma exibição dos avanços nos estudos sobre as línguas das minorias étnicas do país.
"A China é uma nação multiétnica unificada e os idiomas das minorias étnicas são valiosos recursos culturais para toda a nação china", disse a introdução da amostra.
A exibição, organizada conjuntamente pela Comissão Estatal de Assuntos Étnicos e o Ministério da Educação, mostra os últimos avanços nos terrenos relacionados com os idiomas das minorias étnicas como a publicação, a transmissão cinematográfica, a radiodifusão, a traduçao literária, a estandarização lingüística, a coleção dos livros antigos e a caligrafía de minorias étnicas.
Ismail Amat, de nacionalidade uygur e vice-presidente do Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), e Oyunqemag, de nacionalidade mongol ey vice-presidente do Comité Permanente da APN, assistiram à inauguração da exposição.
A China conta com 55 minorias étnicas que representam 8,4 por cento da população do país, a maior parte destas habitam a parte ocidental e as áreas fronteiriças do país, regiões relativamente pobres em comparação com a parte oriental e o interior da China.
O governo central e regional se empenha em proteger e resgatar a herança cultural destes grupos étnicos, oferencendo educação bilingüe e protegendo as líenguas em perigo de extinção.
Uns 20.000 alunos de minorias étnicas participam anualmente nos cursos preparatórios de mandarim, idioma da maioritaria da etnia han, em mais de 100 cidades chinesas.

As instituições de ensino superior desempenham seu importante papel nos estudos das línguas étnicas, especialmente os centros educativos nas regiões habitadas pelas minorias étnicas.
A Universidade de Xinjiang localiza-se em Urumuq, capital da Região Autônoma da Nacionalidade Uygur de Xinjiang, tem atualmente mais de 23 mil estudantes e a metade dos quais pertence às minorias étnicas. A partir de 2003, a Universidade de Xinjiang adota a língua mandarim como língua veicular das aulas com excepção dos cursos de línguas étnicas. Assim, os estudantes devem possuir certo nível da língua mandarim. Falando disso, o reitor Hu disse: "Ao ser admitido por nossa Universidade, os estudantes das minorias étnicas estudam no primeiro ano, a língua mandarim e depois, vão entrar nos Institutos diversos. E os estudantes admitidos através dos vestibulares em língua mandarim, entram diretamente nos cursos superiores."
Algumas pessoas tiveram dúvida: ao adotar a língua mandarim como língua veicular do ensino, falta à Universidade o respeito à cultura das minorias étnicas? Ao responder esta questão, o reitor Hu considerou que a língua serve de ponte de comunicação da sociedade e é necessário usar a língua mandarim para o ensino para dar apoio ao desenvolvimento sócio-econômico de Xinjiang. Ele disse: "Se seguimos o antigo modelo de ensino, precisamos de traduzir em primeiro lugar, os textos relacionados às ciências modernas para a língua de minorias étnicas, mas a tradução levará bastante tempo, o que atrasaria nosso ensino aos estudantes. Mas, as aulas em língua mandarim podem possibilitar o acesso aos estudantes étnicos os conhecimentos modernos."
O reitor Hu enfatizou ainda que o uso da língua mandarim nas aulas não implica no abandono das línguas étnicas. Segundo ele, a Universidade de Xinjiang sempre se empenha em aumentar seu apoio à pesquisa das línguas étnicas e lidera os estudos das línguas e literatura das minorias étnicas de todo o mundo. O decano do Instituto de Letras das Minorias Étnicas e Cultura da Universidade Arslan apresentou que usam-se as línguas das minorias étnicas em 80% dos cursos de seu Instituto. "Além das disciplinas gerais, damos aulas em línguas étnicas. As aulas sobre a literatura das minorias étnicas como da etnia Uigur e Cazaqui são lecionadas nas línguas destes grupos étnicos."
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