Cada dia mais estudantes africanos estudam ou planejam estudar nas universidades chinesas, graças ao rápido desenvolvimento da economia nacional do país asiático e ao excelente momento experimentado pelas relações entre o país e a África.
"A China está se tornando em uma das economias mais fortes no mundo. Por isso cada vez é mais importante conhecer o país e seu idioma. Estou planejando vir o mais breve possível", manifestou Maurice Okande Alcula, jornalista da Rádio Nacional de Desenvolvimento do Quênia, que faz parte de uma delegação de 100 pessoas em visita à China nestas dias.
A maioria dos integrantes da delegação, jovens de 10 países africanos, expressou interesse de realizar estudos superiores no país asiático depois de conhecer algumas das universidades de Nanning, capital da Região Autônoma da Etnia Zhuang de Guangxi, no sul da China.
"Os planos de estudos das universidades são muito bons. Além disso, estas têm muitas associações e clubes para que os alunos possam desenvolver seus interesses. Estou planejando aplicar a uma universidade chinesa depois de obter meu diploma", manifestou Djohor Fateh, estudante da Universidade de Boumerdes, da Argélia.
Números do Ministério da Educação mostram que 3.737 estudantes africanos se inscreveram nas universidades chinesas no ano passado, em comparação com 2.757 em 2005, um aumento de 40% e que ilustra a tendência.
A maior parte deles se dedicam à aprendizagem do idioma chinês, embora também tenham inscritos em programas de medicina, economia e administração, entre outros.
"Agora muitas companhias chinesas realizam negócios na África. Ter a capacidade de falar a língua chinesa me dará uma melhor oportunidade de obter emprego em uma das grandes empresas chinesas", assinalou Shewit Falconi, que estuda na Universidade de Adis Abeba, na Etiópia.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, prometeu durante o Fórum de Cooperação China-África, realizado em novembro do ano passado, que seu governo aumentará a quantidade de bolsas de estudo para estudantes africanos de 2.000 a 4.000 por ano. Alcula manifestou sua alegria pela decisão da administração chinesa, e já está procurando informações sobre as bolsas de estudo governamentais.
Desde a década de 1950, a China entregou mais de 17 mil bolsas de estudo para estudantes de 50 países africanos, de acordo com o Ministério da Educação.
No entanto, os estudantes africanos ainda constituem uma pequena parte entre os universitários estrangeiros na China, com apenas 2,3% do total em 2006. O ministério assinalou que a percentagem aumentará consideravelmente graças ao aumento do número de bolsas de estudo.
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