O Ministério das Finanças da China anunciou nos finais de novembro a disposição de aumentar uma verba de 47 bilhões de yuans (US$6,4 bilhões) para financiar a educação rural nos próximos três anos. Os novos fundos serão utilizados para assegurar a educação obrigatória nas áreas rurais, de acordo com o porta-voz do Ministério.
Com a nova verba, o orçamento destinado à educação rural alcançará 265,2 bilhões de yuans (US$35,9 bilhões) entre 2006 e 2010, cifra que supera em cerca de 50 bilhões de yuans a registrada nos cinco anos anteriores.
Os alunos procedentes de famílias com dificuldades econômicas das regiões Centro-Oeste do país começaram a receber ajudas econômicas em setembro passado, com o apoio financeiro direto do governo central.
Os alunos das escolas primárias e secundárias recebem 2 e 3 yuans diários, respectivamente, durante os 250 dias letivos do ano, segundo os dados oferecidos pelo Ministério das Finanças e o Ministério da Educação. Cerca de 11 milhões de estudantes com dificuldades econômicas se beneficiarão da nova medida.
Nas regiões relativamente desenvolvidas, as ajudas serão outorgadas pelos governos locais, que gozarão de políticas preferenciais por parte do governo central.
Uns 150 milhões de estudantes de origem rural recebem seus manuais de forma gratuita desde que se iniciou o presente curso, de acordo com as próprias autoridades, que tem anunciado uma elevação do investimento destinado à construção e restauração de escolas rurais.
Além de aumentar os investimentos financeiros, a China incorpora mais professores com formação universitária às escolas rurais tendo enviado cerca de 17000 novos professores às áreas rurais em busca do desenvolvimento do programa de educação obrigatória de nove anos. Mais de sessenta por cento dos 17000 professores são titulados universitários, cifra que representa um incremento de 86 por cento frente ao ano passado.

A China lançou um programa especial no ano passado para estimular os graduados universitários a trabalhar no setor da educação rural. O programa, financiado de forma conjunta pelos governos central e local, contrata os graduados universitários que trabalharão durante três anos em escolas rurais e posteriormente se beneficiarão de ajudas para continuar sua formação.
Este ano cada professor participante no programa receberá 18.960 yuans (US$2.500) anuais procedentes do governo central, que o ano passado concedia 15.000 yuans. Nos lugares onde o nível médio de ingressos seja superior a esta quantidade, serão os governos locais os que deverão complementar a diferença.
Até a atualidade, 32.700 professores têm sido incluídos no programa, dos que 23.500 trabalham em escolas secundárias do primeiro ciclo e 9.200 nas escolas primárias.
"A qualidade dos professores é vital para a educação no campo e este programa não só oferece professores qualificados para as escolas rurais, como também é um modo inovador de contratação de docentes," afirmou o porta-voz do Ministério da Educação.
Desde 2006, o governo central isenta aos alunos rurais das áreas Centro-Oeste das anuidades e outras despesas escolares no período de educação obrigatória. Este ano, esta política tem sido estendida a todas as áreas rurais do país.
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