As instituições governamentais, empresas e comunidades de moradores estão adotando as medidas em busca da eficiência energética para que o consumo de energia para a produção de cada unidade do PIB se reduza em 20% até 2010, meta nacional. A Universidade Tongji em Shanghai é um bom exemplo neste aspecto.

Ao entrar no campus, não se vê grande diferença entre esta escola e outras universidades chinesas. Com as observações detalhadas, no entanto, descobrem logo que a grande maioria dos edifícios adota um projeto especial ou em que foi efetuado uma reestruturação especial. O objetivo é único: economia de energia.

Liu Wen, estudante da Universidade, nos disse que nos primeiros dias da vida no campus, achou estranho que as águas residuais da casa de banho pública, depois de certo tratamento, são usadas para irrigar os jardins.

"As águas da casa de banho pública são tratadas num sistema especial e depois, são conduzidas para os tanques ou jardins da escola, o que economiza as águas."

Ao lado da casa de banho há uma instalação de tratamento de águas residuais em que adota-se o sistema de bioreator à membrana (MBR), conforme um empregado da Universidade.

Além disso, usa-se ainda a tecnologia de energia solar no sistema de aquecimento com a capacidade de aquecer cerca de 30 toneladas de águas diárias.

Já em 2003, a Universidade Tongji elaborou seu plano de ação de eficiência energética. O vice-reitor Chen Xialong disse que a Universidade possui uma comissão de administração de eficiência energética e um gabinete sobre os assuntos relacionados com a energia. Estas entidades são responsáveis pela elaboração dos regulamentos sobre a economia de energias, a reforma e construção de estruturas de eficiência energética, bem como as investigações e inovação sobre a economia de energias. O vice-reitor Chen disse: "Adotamos muitas medidas para garantir que todas as obras de construção no campus satisfazem às normas estatais para a eficiência energética."

O senhor Chen apresentou que as faculdades da arquitetura, ambiente, mecânica e automatização da Tongji são as mais avançadas nas universidades chinesas e algumas lideram ainda o nível internacional. Integrando-se as vantagens destas faculdades, a Universidade introduz os conceitos avançados de economia de energia e proteção ambiental na construção escolar. Exemplo disso é o auditório que cabe 3 mil pessoas. Trata-se de um edifício construído há meio século. Em sua reforma, os engenheiros procuraram proteger seu valor histórico ao mesmo tempo que utilizaram-lhe as novas técnicas em busca da economia de energia. Por exemplo, foram colocadas as tábuas térmicas de 20 centímetros de grossura no seu telhado e substituíram os vidros com os vidros de isolamento térmico, o que reduz efetivamente a flutuação da temperatura no interior do auditório. Além disso, adota-se o sistema de ventilação integrando-se a ventilação natural e a ventilação mecânica, fazendo com que o sistema do ar condicionado economize mais de 30% da energia em relação ao sistema tradicional.

A Universidade promove ainda as atividades incluindo exposiões, palestras e simpósios, para divulgar entre os estudantes e professores o conceito da eficiência energética. Um responsável da escola disse que a administração da eficiência energética e os trabalhos com os docentes e dicentes têm trazido consideráveis efeitos. No ano passado, foram economizados mais de 12 milhões de yuans no consumo energético da Universidade em relação ao orçamento original.