A China é um país multinacional e tem 55 minorias étnicas além da etnia Han, etnia maioritária. O setor educacional nas zonas habitadas pelas minorias étnicas é sempre uma das prioridades do governo chinês.
A Região Autónoma da Nacionalidade Uigur de Xinjiang se situa ao noroeste da China. Tem uma superfície de mais de 160 quilômetros quadrados sendo a maior Região nas províncias administrativas do país. Xinjiang se limita à Mongólia, Rússia, Cazaquistão, Tadjiquistão, Quirguizia, Afeganistão, Paquistão e Índia. Habitam a Região as etnias Uigur, Cazaqui, Hui, Quirguiz, Mongol, Tadijique e Xibo e a população das minorias étnicas ocupa 60% de sua população total.
A Universidade de Xinjiang localiza-se em Urumuq, capital da Região, tem atualmente mais de 23 mil estudantes e a metade dos quais pertence às minorias étnicas. O reitor da Universidade, Hu Xiaofan, disse: "Há longo tempo, a Universidade de Xinjiang dá grande atenção á formação de estudantes das minorias étnicas e tem formado grande número de eruditos e funcionários públicos étnicos."
Fundada em 1924, a Universidade de Xinjiang é uma das escolas superiores com a mais longa história de existência. Tinha o nome de Escola da Administração Jurídica em Língua Russa de Xinjiang e voltava-se principalmente para a formação dos recursos humanos para os setores de economia, direitos e comércio. Em 1935, o nome mudou-se para o Instituto de Xinjiang. Após 1960, a Universidade mudou o nome para a Universidade de Xinjiang. Desde os finais dos anos 70, a Universidade de Xinjiang obteve grande progresso, tornando-se em uma instituição de ensino superior com os institutos de letras, economia, gestão comercial, direitos, história, filosofia e instituto politécnico.
Em Xinjiang, muitos candidatos aos cursos superiores podem participar dos vestibulares minorias com as línguas das minorias ou em língua Han, língua mandarim do país. E os candidatos das minorias étnicas gozam da política preferencial na admissão.

A partir de 2003, a Universidade de Xinjiang adota a língua mandarim como língua veicular das aulas com excepção dos cursos de línguas étnicas. Assim, os estudantes, além destes cursos, devem possuir certo nível da língua mandarim. Falando disso, o reitor Hu disse: "Ao ser admitido por nossa Universidade, os estudantes das minorias étnicas estudam no primeiro ano, a língua mandarim e depois, vão entrar nos Institutos diversos. E os estudantes admitidos através dos vestibulares em língua mandarim, entram diretamente nos cursos superiores."
Algumas pessoas tiveram dúvida: ao adotar a língua mandarim como língua veicular do ensino, falta à Universidade o respeito à cultura das minorias étnicas? Ao responder esta questão, o reitor Hu considerou que a língua serve de ponte de comunicação da sociedade e é necessário usar a língua mandarim para o ensino para dar apoio ao desenvolvimento sócio-econômico de Xinjiang. Ele disse:
"Se seguimos o antigo modelo de ensino, precisamos de traduzir em primeiro lugar, os textos relacionados às ciências modernas para a língua de minorias étnicas, mas a tradução levará bastante tempo, o que atrasaria nosso ensino aos estudantes. Mas, as aulas em língua mandarim podem possibilitar o acesso aos estudantes étnicos os conhecimentos modernos."
O reitor Hu enfatizou ainda que o uso da língua mandarim nas aulas não implica no abandono das línguas étnicas. Segundo ele, a Universidade de Xinjiang sempre se empenha em aumentar seu apoio à pesquisa das línguas étnicas e lidera os estudos das línguas e literatura das minorias étnicas de todo o mundo. O decano do Instituto de Letras das Minorias Étnicas e Cultura da Universidade Arslan apresentou que usam-se as línguas das minorias étnicas em 80% dos cursos de seu Instituto. "Além das disciplinas gerais, damos aulas em línguas étnicas. As aulas sobre a literatura das minorias étnicas como da etnia Uigur e Cazaqui são lecionadas nas línguas destes grupos étnicos."
A Universidade de Xinjing possui o Instituto da Investigação da Cultura da Ásia Central, a este está subordinado o Departamento dos Estudos da Literatura de Altai, que se dedica aos estudos da literatura e língua uigur e cazaqui. Ela tem ainda um museu dos hábitos e costumes das minorias étnicas, onde estão exibidos os objetos reais e materiais que os professores e estudantes coletam durante suas férias por entre a população.
Segundo o reitor Hu, 18% dos estudantes vêem das regiões interiores do país, mas todos os estudantes convivem em harmonia. A escola distribui entre novos estudantes um folheto sobre os costumes, religiões e tatus das minorias étnicas, assim, são evitadas os mal-entendidos entre os estudantes de diferentes grupos étnicos.
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