Ao falar do Tibet, Oeste da China, muitas pessoas lembram dos termos como teto do mundo, terceiro pólo da Terra, etc. A Região Autónoma do Tibet é uma das zonas habitadas principalmente pelas minorias étnicas como, por exemplo, as etnias tibetana, Hui, Menba, Nu, Dulong, Naxi, entre outras. Com as condições naturais péssimas e a fragilidade do ambiente ecológico, o Tibet se encontrava durante longo tempo atrasado no desenvolvimento sócio-econômico em comparação a outras regiões do país. Contudo, a situação está se mudando rapidamente. Enquanto busca o progresso econômico, o Tibet dá grande atenção à proteção de seu meio ambiente.
O Tibet se situa no planalto Qinghai-Tibet, a quatro mil metros acima do nível do mar. Durante longo período, a viagem ao Tibet era sempre um quebra-cabeça, dependendo quase exclusivamente do cavalo e da marcha a pé.
Graças à entrada em funcionamento da ferrovia Qinghai-Tibet, cujo investimento totalizou 33 bilhões de yuans em moeda chinesa, bem como o aperfeiçoamento das infraestruturas de transporte, uma das prioridades do governo chinês nos últimos anos, o problema foi resolvido. Agora, os viajantes ao Tibet podem ir ao Tibet por via de rodovia, ferrovia e avião. O vice-presidente permanente do governo da Região Autónoma do Tibet, Hao Peng, disse: "a ferrovia Qinghai-Tibet melhorou radicalmente o transporte no Tibet, ao mesmo tempo que nosso transporte de avião civil também tem conhecido enorme desenvolvimento. Já possuímos três aeroportos e temos ainda dois em construção. A rede rodoviária se estende até 4500 quilômetros."
O acesso fácil de transporte contribui para o aumento de turistas ao Tibet e as topografias geográficas singulares, assim como a cultura, hábitos e costumes e religião da população local, tornaram-se os recursos turísticos, o que possibilita ao Tibet mais de um milhão de turistas ao ano e os consideráveis efeitos económicos.
Entretanto, o governo local e a população estão cientes de que o céu azul, os lagos de águas límpidas, as montanhas de neve, o Palácio Potala, especialmente a cultura tibetana são suas atracões, mas o mais importante reside em que o Tibet serve de mananciais dos principais rios da China, do Sul da Ásia e do Sudeste Asiático e de "área reguladora" do ar da China e do hemisfério oriental, por isso, a proteção ambiental é sempre uma das prioridades de seus trabalhos.
O governo da Região Autónoma do Tibet se empenha em coordenar o desenvolvimento dos diversos setores para obter os efeitos económicos, sociais e ecológicos de maneira equilibrada, não implementa os projetos cegamente em busca dos efeitos económicos apenas, além de envidar todos os esforços possíveis para controlar a poluição do meio ambiente desde a origem.
O conceito da proteção ambiental foi seguido durante todo o processo da construção da ferrovia Qinghai-Tibet. A uns 400 quilômetros da cidade de Lhasa, capital do Tibet, se situa o lago Cuona com uma superfície de mais de 300 quilômetros quadrados. As áreas do lago serve de um habitat para os grous de pescoço preto, cisnes, patos silvestres e antílopes. Atualmente, a ferrovia passa à beira do lago a uma distância de apenas de dezenas de metros, mas as águas continuam limpas e seus "habitantes" continuam vivendo em paz. O senhor Yan Peizun, responsável pelas obras do segmento da ferrovia, disse: "Na execução das obras, adotávamos várias medidas com o fim de evitar a poluição das águas do lago como, por exemplo, a construção de um dique de defesa com sacos de areia e a colocação de arames."
Hoje em dia, a proteção do meio ambiente é um consenso geral de toda a sociedade na China e as ONGs representam uma força importante neste aspecto além das instituições governamentais. Há pouco tempo, o Conselho de Proteção dos Rios recrutou voluntários para divulgar o conceito de proteção ambiental em trens na ferrovia Qinghai-Tibet. Conforme o senhor Yang Xin, responsável da organização, há anualmente mais de 900 mil deslocamentos ao Tibet através da estrada de ferro, o que poderia provocar influências negativas ao meio ambiente tibetano, se os passageiros não estejam bem preparados e conscientizados da importância da preservação do ambiente. Ele disse: "Com grande fluxo humano e material ao Tibet, a pressão para o ambiente é grande. Esperamos que através de nosso trabalho em trem, as ideias sobre a proteção do meio ambiente sejam divulgadas por entre cada vez mais pessoas."
O governo da Região Autónomo do Tibet presta suma importância ao desenvolvimento da energia limpa. O vice-presidente permanente do governo local, Hao Peng, apresentou: "O Tibet é a região mais rica no recurso solar na China com 3000 horas anuais de insolação, por isso, temos grande vantagem no desenvolvimento da energia solar."
Informa-se que o Tibet produz anualmente 10 mil quilovates de eletricidade à energia solar e estão instalados os aparelhos de energia solar em grande maioria das famílias camponesas, enquanto muitos equipamentos e aparelhos de telecomunicações se abastecem da energia limpa.
A grande maioria das florestas, rios, lagos, pastagens, pantanais, áreas glaciárias, montanhas de neve, incluindo faunas e floras, está bem preservada. Tem criado no Tibet sete reservas a nível estatal e as áreas das reservas de todo tipo cobrem cerca de 410 mil quilómetros quadrados, número este constituindo um terço da superfície do Tibet.
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