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Habitações de Huizhou no meio de colinas verdes e águas azuis
2007-09-19 12:28:31    cri

Pelos lugares maravilhosos toda a vida me sinto fascinado / Chego a Huizhou ainda quando não estou no meio de um sonho. ("Quatro Sonhos na Casa da Camélia Branca" de Tang Xianzu, da dinastia Ming.) Quando se estende um mapa da China, se vê, ao pé da montanha Huangshan e à margem do rio Xin'an, a Huizhou, uma região que conserva integramente sua esplendorosa cultura milenar.

Na dinastia Yuan (1271-1368) apareceu Huizhou como nome de uma divisão administrativa. Huizhou de hoje já não é mais, pois foi convertido em uma esfera cultural da cultura tradicional da nação chinesa, que abrange os distritos de Shexian, Xiuning, Qimen, Jixi e Yixian da província de Anhui e o distrito de Wuyuan da província de Jiangxi.

A região de Huizhou tem uma grande história de uns dois mil anos. Começou a prosperar depois da dinastia Song de Sur (1127-1279) e chegou a seu período de maior prosperidade nas dinastias Ming (1368-1644) e Qing (1644-1911). Huizhou resultou no desenvolvimento de uma economia e tecnologia avançada e uma brilhante arte e cultura. Foi ali onde nasceram a escola confuciana da filosofia idealista dos irmãos Cheng e de Zhu Xi, a escola de pintura Xin'an e os quatro conhecidos elencos de óperas locais; produzia em grandes quantidades papel xuan (papel de alta qualidade feito em Xuancheng, província de Anhui N. do Trad.), barra de tinta de Huizhou e lata de tinta de Shexian, e tinha desenvolvido muitas habilidades manuais, a tipografia e a medicina; porém o mais conhecido e caracterizado de Huizhou é a escola de arquitetura que leva seu nome. A cultura arquitetônica tradicional de Huizhou é completa e grandiosa em magnitude; tem definido caracteres individuais e integrados com riachos e colinas naturais; mostra mil variações em forma e, ao mesmo tempo, mantém uma unidade harmoniosa; conta com abundantes tipos de construções que formam em si um sistema independente; ostenta excelentes e esplêndidas habilidades tecnológicas em um conjunto simples e fresco, de maneira que foi transformado hoje em um valioso patrimônio, assunto de profundo estudo por parte dos grupos arquitetônicos de dentro e fora do país.

Huizhou no meio de colinas e águas. A aldeia Hongcun

Huizhou tem colinas verdes e águas cristalinas e ostenta paisagens pitorescas. As moradias populares de Huizhou constituem um fruto da adaptação e desenvolvimento dos traços distintivos de suas colinas e águas. As aldeias de Huizhou dão importância à planificação em conjunto, escolhem engenhosamente os lugares para sua construção, prestam atenção à geometria e ostentam estruturas íntegras. A arquitetura se preocupa em levar o yin nos ombros e ter o yang entre os braços (yin e yang: na cultura chinesa, particularmente na filosofia e medicina tradicional, são os dois princípios opostos em natureza, o anterior feminino e negativo, o posterior masculino e positivo. N. do Trad.); as construções se preocupam em apoiar-se nos terrenos agitados das colinas, aproveitar-se bem das águas e adaptar-se às condições da localidade, em outras palavras, concentrar-se em terrenos cheios e dispersar-se em caso contrário. O exemplo mais típico é a aldeia Hongcun, um lugar inscrito na Lista de Patrimônio Mundial.

Hongcun está situada dentro do território de Yixian, um dos seis distritos da região de Huizhou. Yixian foi fundado na dinastia Qin (221-206 a. C.) e, junto com o vizinho Shexian, constitui parte dos primeiros distritos fundados pelo Primeiro Imperador de Qin, de modo que data de mais de dois mil duzentos anos. Yixian, situado ao sudoeste da montanha Huangshan, abunda em colinas elevadas em sucessão e riachos e regatos serpenteantes. Sendo uma zona fechada e de difícil aceso, conserva até hoje em dia numerosas aldeias inteiras, com mais de três mil moradias populares das dinastias Ming e Qing, cujos dignos representantes são as aldeias Hongcun e Xidi, do distrito de Taoyuan, ambas já inscritas na Lista de Patrimônio Mundial da UNESCO.

Hongcun fica no norte do distrito de Yixian. Leva nos ombros a colina Leigang no norte e abraça o rio Yangzhan no sul, o que satisfaz os requisitos da geometria de "levar o yin nos ombros e ter o yang entre os braços" e ter colinas atrás e águas na frente. A mais distinguida característica de Hongcun é a rede hidrográfica artificial distribuída por todas as partes da aldeia.

A origem de Hongcun data do primeiro ano do reinado Shaoxing da dinastia Song do Sul (1131 d.C) porém a construção maciça da rede hidrográfica dentro da aldeia foi realizada durante o reinado Yongle da dinastia Ming. Naquele tempo, se conduziu o riacho unxi para dentro da aldeia, escavando drenos que percorriam pela dianteira em todas e cada uma das casas e convergiam finalmente no Reservatório de água da Lua, rente ao templo ancestral do clã dos Wang no centro da aldeia, o reservatório foi escavado de forma simultânea. 150 anos mais tarde, foi escavado ao sul da aldeia um reservatório maior, de uma superfície de mais de cem mus (cada quinze mu equivalem a um hectare. N.do Trad.), que levou o nome de "Laguna Meridional". Assim sendo, nesta parte, Hongcun ainda conserva íntegra a rede hidrográfica, da qual seguem desfrutando os aldeãos em sua vida cotidiana.

A entrada da rede hidrográfica está em um terreno suavemente alto ao noroeste da aldeia. Foi ali onde os aldeãos construíram um dique de pedra e uma comporta para elevar o nível de água, o que constitui uma das oito paisagens de Hongcun, "Brilhantes ondas frente ao dique de pedra". A comporta constitui o início dos drenos e a extremidade da rede hidrográfica.

Os drenos, que tem uns 60 centímetros de largura e um metro de profundidade, percorrem desde o noroeste até o sudeste, correndo pelos becos da aldeia / ostentando suas claras águas ao largo e amplo de uma rede entrecruzada que se estende a todos os cantos, de maneira que se conforma um quadro de "águas cristalinas por diante de todas as casas" ("Cantos Diversos sobre a Laguna Meridional" de Hu Chengjun, da dinastia Ming.). A rede hidrográfica termina convergindo no Reservatório da Lua no centro da aldeia. O reservatório é reto pelo norte e curvo pelo sul e tem a forma de meia-lua. A rede hidrográfica, como as artérias da aldeia, aviva a vida espiritual e material de toda a aldeia, pois oferece, por um lado, as funções de lavar, prevenir contra os incêndios, escoar e reajustar a humidade e a temperatura e, por outro lado, junto com as sendas pavimentadas de lojas, os quintais de jardim, os marquises de porta assim como as praças, chega a formar um original panorama de paisagens, de modo que se oferece um espaço público para o repouso dos aldeãos e os relacionamentos entre eles. Os drenos da rede hidrográfica não somente chegam até adiante das casas, mas também são conduzidas até dentro dos pátios, formando assim pátios com águas de mil formas e levando a alma da Natureza até dentro dos lares.

A entrada das águas, os drenos, o Reservatório da Lua, a Laguna Meridional, mais os quintais com águas de cada casa formam uma rede hidrográfica íntegra, que chega a ser a alma da aldeia inteira; a rede se converte no todo um corpo orgânico ao meio ambiente de colinas e águas da aldeia, seus becos, suas construções, suas paisagens, os apêndices arquitetônicos (Com apêndices arquitetônicos se refere a pequenas coisas construídas acerca das construções principais, que costumam servir para embelezar o ambiente, colocar em destaque a atmosfera, separar os espaços e decorar as construções principais, enfim, para que as pessoas repousem ali e os contemple.) assim como a vida, a cultura e o repouso dos aldeãos. Tudo isto nos inspira no sentido de que o homem pode conviver em harmonia com a natureza, a protege e se aproveita dela ao mesmo tempo, que a Natureza não somente é o objeto de transformação e aproveitamento por parte do homem, e sim, em maior grau, uma parte inseparável da vida cotidiana do homem.

 
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