Beijing colocará em serviço mais ônibus com acesso para portadores de deficiência física e substituirá todos os vagões antigos das duas linhas centrais da cidade por novos para melhorar o transporte público antes dos Jogos Olímpicos do próximo ano.

A Beijing Metro, operadora da rede de metrô de 200 quilômetros, planeja pôr 120 novos trens na Linha 1, rota que liga o leste ao oeste da cidade e passa pela Praça Tian'anmen, no centro de Beijing, antes de junho de 2008, disse hoje um porta-voz da companhia. Os outros 144 novos trens entrarão em serviço na Linha 2, rota circular da cidade, informou o porta-voz.

O modelo novo, de 114 metros de comprimento e 2,8 metros de largura, transportará no máximo 1.820 pessoas e terá telas LEDs (diodo emissor de luz) para mostrar informações de tempo e resultados dos eventos olímpicos, de acordo com o porta-voz.

Além disso, os trens terão ar-condicionado e melhores sistemas de ventilação. Cada trem terá quatro ascensores de cadeira de rodas e espaço reservado para estes equipamentos.

Para facilitar as viagens de portadores de deficiência, Beijing colocará em uso mais de 2,5 mil ônibus com acesso adequado antes do final deste ano, disse o Grupo de Transporte Público de Beijing.

"Beijing terá cerca de 4 mil ônibus desse tipo, cerca de um quarto do número total da frota da cidade", disse Feng Xingfu, vice-diretor administrativo do grupo.

Segundo outras informações, Beijing está treinando intérpretes voluntários na linguagem dos sinais (para surdos-mudos), que deverão atuar durante a Paraolimpíada de 2008, na capital chinesa, a fim de promover o conceito "sem barreira" na capital da China.

Esse evento, que reunirá para-atletas de vários países do mundo, ocorrerá inaugurado em 6 de setembro, após os Jogos Olímpicos emtre 8 e 24 de agosto, precisará 30 mil pessoas dispostas a aprender essa forma de comunicação e trabalhar gratuitamente.

"Temos um grupo de voluntários que dominam a linguagem dos sinais, entre eles os membros do clube da linguagerm dos sinais da Universidade Beijing", afirmou o vice-presidente executivo da Federação de Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais, Ma Dajun.

"Abrimos treinamentos especiais para profissionais do setor de serviço, e o número de pessoas que entendam a linguagem dos sinais poderia chegar a dez mil (em Beijing)", afirmou.

Ele destacaou que "uma Olimpíada sem barreira não só significa instalações sem barreiras, mas também comunicações sem dificuldades".

A Paraolimpíada de Beijing deverá contar com a participação de 4 mil atletas e 2,5 mil representantes governamentais de 162 países e regiões.