A cafeteria que a rede norte-americana Starbucks possuía dentro da Cidade Proibida de Beijing foi fechada pelos administradores do monumento a fim de oferecer uma maior variedade de bebidas aos turistas.

A cafeteria da multinacional dos EUA estava localizada em uma residência imperial chinesa. Na última sexta-feira, a cafeteria foi fechada e seu logotipo retirado das janelas de estilo tradicional.

Um diretor da Cidade Proibida, conhecida na China como Museu do Palácio, disse que havia considerado a possibilidade de continuar servindo café Starbucks junto com outras bebidas, em um estabelecimento que comercializasse também marcas chinesas, mas a empresa norte-americana recusou a oferta.

Um apresentador da Televisão Central da China (CCTV) havia pedido em seu blog na Internet que a Starbucks transferisse sua cafeteria para o exterior da Cidade Proibida, recebendo o apoio de mais de 1,5 milhão de internautas.

Um membro da Assembléia Popular Nacional (Parlamento) apresentou o mesmo pedido na sessão anual do órgão legislativo chinês, alegando que a cafeteria impunha um desafio à cultura tradicional chinesa.

O diário Beijing Morning Post de sábado questionou em seu editorial a "tolerância cultural" do povo chinês diante do problema da Starbucks. "por que alguns cidadãos chineses se mostram tão hostis às companhias estrangeiras que entram em locais conhecidos como a Cidade Proibida, mas ficam tão orgulhosos quando um empresário chinês adquire uma participação em um aeroporto alemão?"

O empresário em questão é Pang Yuliang, presidente da empresa de logística LinkGlobal, que comprou o Aeroporto Parchim, no norte da Alemanha, por cerca de US$ 125 milhões.

Feng Nai'en, diretor do Escritório do Museu da Cidade Proibida, disse ao nosso repórter que a Cidade Proibida está buscando um novo meio de gerenciamento e administração e que através do lançamento de concorrências, a Cidade Proibida escolheu restaurantes para satisfazer a demanda dos visitantes. Segundo o diretor, as comidas serão preparadas no lado de fora e vendidas no palácio.