Construída pelos jesuítas entre 1617 e 1626, esta era a principal estrutura militar defensiva da cidade e foi crucial para garantir a protecção de Macau durante a tentative frustrada de invasão da cidade pelos holandeses, em 1622.
A fortaleza estava equipada com canhões, casernas militares, poços e um arsenal com suficientes munições e mantimentos para sustentar o cerco da cidade até dois anos.
Em 1998, foi instalado no local o Museu de Macau, composto por dois níveis subterraneos e um terceiro acima da plataforma no topo da fortaleza, mantendo a localização, volumetria e design das antigas casernas militares que existiram em tempos no mesmo sítio, antes da área ter sido desmilitarizada, em 1965.
O desenho das estruturas militares de Macau serviu de inspiração às autoridades chinesas para protecção da sua extensa linha costeira, adoptando modelos semelhantes aos das ortalezas de Macau.
A Fortaleza do Monte situa-se no topo da Colina do Monte, que se eleva 52 m acima do nível do mar. Cobre uma área de cerca de 8 000 m2, em forma de trapézio, formando os quatro cantos baluartes.
As paredes viradas a noroeste, sudeste e sudoeste foram construídas sobre bases portantes em granito, com 3,7 m de largura.
As muralhas propriamente ditas têm 9 m de altura e a sua espessura vai diminuindo até 2,7 m de largura no topo, sendo compostas de uma mistura de terra reforçada por uma densa argamassa de conchas de ostra moídas.
São fortificadas com ameias, preparadas para a instalação de 32 canhões, sendo que as ameias dos baluartes, na ala sudeste, apresentam torres de vigia.
As muralhas viradas para o continente chinês não possuem ameias, indicando que a fortaleza foi construída apenas para defesa contra ataques vindos do mar.

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