Segundo uma pesquisa da mídia de Taiwan, cerca de 15% dos alunos do terceiro ano do segundo ciclo do ensino secundário querem frequentar cursos oferecidos pelas escolas superiores da parte continental da China, considerando esta como uma boa chance de seu desenvolvimento profissional no futuro.

"Em Taiwan, se você diz a alguém que você estuda na Universidade Beijing, ele pode dizer: Nossa, que bacana!"

"Temos mais oportunidades de emprego no continente, por isso, muitos estudantes procedentes de Taiwan querem ficar aqui trabalhando."

No entanto, as autoridades de Taiwan não reconhecem até a atualidade, a habilidade académica das universidades da parte continental, o que dificulta os estudantes taiwaneses no emprego após a conclusão de seus cursos na parte continental.

No fórum realizado em Beijing, o reconhecimento das habilidades acadêmicas das universidades nas províncias interiores tornou-se o maior clamor dos eruditos.

O reitor da Universidade Shih Chien de Taiwan, Samuel K.C. Chang, disse que o reconhecimento das autoridades de Taiwan da habilidade acadêmica das escolas superiores da parte continental beneficiará muito os estudantes de Taiwan. "Estimulamos nossos estudantes a frequentar cursos no continente para que conheçam melhor a sua realidade. Além disso, isso pode estimular ainda o progresso das escolas superiores e das instituições de investigação de Taiwan, enriquece os estudos e aumenta as opções dos cursos e emprego."

Nos últimos anos, a parte continental da China tem lançado as políticas que facilitam o estudo e emprego de estudantes de Taiwan e reconhece a habilidade acadêmica das escolas superiores que estão homologadas pelas autoridades competentes de Taiwan. Os estudantes de Taiwan gozam dos tratamentos iguais a seus colegas da parte continental no pagamento de anualidades e residência, além de ter acesso às bolsas de estudo concedidas pelo governo central. No ano passado, mais de 1 700 jovens de Taiwan, um quarto dos estudantes da ilha no continente, obtiveram as bolsas de estudo no valor total de 7 milhões de yuans em moeda chinesa.

Em contraste, poucos estudantes da parte continental frequentam cursos superiores regulares em Taiwan. De facto, existe o desequilíbrio na troca de estudantes entre ambas as partes.

O taiwanês Zhou Shouxun achou que se as autoridades de Taiwan relaxem as estipulações sobre a admissão de estudantes da parte continental, a situação da falta de estudantes nas escolas superiores de Taiwan será melhorada. "Taiwan tem boas universidades e algumas são do nível internacional e os cursos tais como oceanografia, agricultura e ecologia devem ser atrações de Taiwan."

Atualmente, a parte continental não tem nenhuma restrição sobre o emprego de graduados universitários de Taiwan e estes gozam dos mesmos direitos à previdência pública.

No Fórum da Economia, Comércio e Cultura, responsável dum departamento do governo central anunciou a abertura dos exames de 15 categorias incluindo contabilidade e tradução aos residentes de Taiwan, que querem obter a qualificação técnica da parte continental.

O reitor da Universidade Mingchuan de Taiwan Li Quanxiang considerou que a parte continental é agora um novo mercado de emprego para os estudantes de Taiwan, o que exige maior cooperação educacional de ambas as partes. "Os docentes de ambas as partes podem dar aulas e orientações aos estudantes conjuntamente, realizar a cooperação na investigação e reconhecer mutuamente os créditos. Além disso, podemos esforçar-nos conjuntamente pelo melhoramento da qualidade de ensino superior."

A China tem um dito antigo: Os heróis têm os entendimentos idênticos. Em meados de Maio, dois Institutos da província de Fujian firmaram acordos com dois institutos congêneres de Taiwan para o reconhecimento mútuo de créditos e o intercâmbio entre os professores e estudantes.

Segundo especialistas, Taiwan começou cedo o ensino superior profissionalizante e tem acumulado experiências, enquanto a parte continental tem enorme mercado para a formação profissionalizante e técnico, e representa uma grande atracão para o desenvolvimento do setor de Taiwan.

Segundo uma proposta formulada pelo Fórum da Economia, Comércio e Cultura, ambas as partes vão promover o intercâmbio no ensino pré-escolar, ensino fundamental, ensino técnico e profissionalizante e ensino superior, intensificar a troca de visitas e a cooperação nas investigações, bem como a interação entre os estudantes dos dois lados do estreito de Taiwan.

Os especialistas em educação estão animados com novas medidas do governo central. O diretor do Conselho Administrativo da Universidade Beijing, Ming Weifang, disse:

"Em breve, vamos assinar alguns acordos com escolas superiores de Taiwan em busca da ampliação do intercâmbio bilateral."