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O mais antigo manuscrito do Corão na China
2007-05-29 22:49:08    cri
No distrito autônomo da etnia Sala, província de Qinghai, oeste da China, está preservado o mais antigo manuscrito do Corão. Devido a sua antiguidade e a insuficiência dos meios de proteção, parte das letras do livro começou a tornar-se indistinta. Há pouco tempo, graças aos especialistas chineses em proteção dos patrimôniios culturais, o livro foi reparado adequadamente.

O distrito autônomo da etnia Sala de Xunhua se situa na província de Qinghai, oeste da China, onde vive a etnia Sala com cerca de 80 mil pessoas. A etnia professa o islamismo. Segundo dizem, há mais de 7 séculos atrás, os ancestrais do povo Sala migraram-se da Ásia Central para o leste, chegaram à região que é hoje o distrito de Xunhua, uma pequena planície cruzada de rios e rodeada de montes e florestas. Na localidade, eles descobriram uma fonte com água límpida e doce. Nesse momento, um camelo se mergulhou no riacho e as suas bossas emergiam-se das águas, tornando-se dois montes brancos e em um deles havia um manuscrito do Corão. Os migrantes ficaram jubilosos e decidiram fixar-se na zona.

O manuscrito do Corão preservado no distrito tem 30 capítulos divididos em dois volumes. A capa é feita com pele de rinoceronte e leva desenhos bonitos e uma caligrafia magnífica. Todo o livro, com mais de 12 quilos, tem 867 páginas e é manuscrito em árabe.

Segundo a inspeção dos especialistas, este livro data provavelmente a um período entre os séculos 8 e 13 e é o mais antigo manuscrito do Corão descoberto na China. Han Zhanxiang, especialista na etnia Sala, disse à nossa reportagem: "Existem três exemplares iguais no mundo. Dizem que a ex-União Soviética e a Grã-Bretanha têm outros dois exemplares. Na amostra mundial das clássicas sagradas do islamismo realizada na Síria em 1954, este livro foi exibido e especialistas consideraram naquele tempo, que restavam apenas três exemplares deste tipo do Corão. Em uma outra oportunidade, o livro foi exibido na exposição no Irã em 1962, a opinião dos especialistas foi a mesma."

Com a existência de mais de 700 anos, devido à corrosão natural e aos prejuízos de insetos, a capa tornou-se dura e apresenta fendas. As folhas do livro tornaram-se amareladas, frágeis e partes, prejudicadas.

As autoridades interessadas da China têm dado grande atenção à preservação do livro e decidiram investir 1,5 milhão de yuans para a sua proteção e reparação. Um grupo de especialista dirigido pelo Sr. Xi Sancai, especialista do Museu de Nanjing, efetuou as reparação do antigo livro.

"Adotamos os métodos físicos para manter sua aparência original, este é nosso princípio na reparação", disse Xi.

Os especialistas integravam as técnicas tradicionais e modernas para a eliminação de insectos e reparação do livro.

Levando em consideração o sentimento dos Salas e suas relações históricas típicas com o livro, o governo chinês decidiu o princípio de preservar o patrimônio no local. O diretor da Administração dos Assuntos Religiosos do distrito de Xunhua, He Yunzhong, disse: "A história da etnia Sala relaciona-se estreitamente com este manuscrito do Corão e o povo Sala considera-o como patrimônio étnico. O princípio de preservá-lo no local respeita o sentimento do povo Sala e é aplaudido pela popuolação."

Hoje em dia, o manuscrito do Corão reparado está preservado no Museu recem construído no distrito autônomo da etnia Sala de Xunhua. Especialistas decidiram ainda fazer uma cópia do livro na mesma medida do seu original utilizando a técnica moderna com o fim de substituir o original na exibição.

O especialista Xi Sancai considerou que a reparação do manuscrito do Corão tem grande importância não só para os estudos da origem e a história da etnia Sala como também reveste-se de importância para a investigação sobre o islamismo no mundo.

"A preservação deste exemplar do Corão é importante para os estudos da história da etnia Sala e sua migração, incluindo a religião nos tempos remotos", frisou Xi. A reparação do patrimônio representa não apenas um compromisso assumido pelo governo chinês ao povo Sala como ainda um compromisso do governo chinês às 55 minorias étnicas do país para salvar e preservar os patrimônios culturais e tradicionais.

 
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