A Confederação Nacional dos Sindicatos da China (CNSC) disse que 610 mil empresas do ultramar, incluindo as com investimento de Hong Kong e Macau, formaram seções sindicais na China até o final de setembro de 2006.
O número de membros de sindicatos em empresas do ultramar chegou a 11,797 milhões, disse Li Bingsheng, diretor do Departamento de Pesquisa da CNSC, em uma entrevista coletiva realizada aqui.
Cifras da CNSC mostram que 54,5% das empresas do ultramar na China têm seções sindicais e 55% dos empregados dessas empresas participam dos sindicatos.
A formação de seções sindicais nas lojas da Wal-Mart na China no ano passado foi o principal avanço na expansão de sindicatos para uma melhor proteção dos direitos dos trabalhadores em empresas do ultramar, disse Li.
A Wal-Mart, a maior cadeia varejista do mundo, se opõe tradicionalmente à participação dos seus empregados nos sindicatos, por isso a companhia tem sido criticada pelas organizações de direitos humanos e trabalhistas.
Sob forte pressão da CNSC e do público, a Wal-Mart China prometeu em agosto do ano passado ajudar as autoridades de sindicatos da China a estabelecer seções sindicais em todas as suas lojas na China e cumprir estritamente as suas obrigações conforme as leis sindicais da China.
Segundo reportagens anteriores, o alto funcionário sindical e legislador da China, Wang Zhaoguo, propôs uma emenda à Lei de Sindicatos para que a lei seja compulsória para as empresas do ultramar se sindicalizarem, visando agir contra as rejeições obstinadas das empresas do ultramar, incluindo a Wal-Mart, para reconhecerem sindicatos dos empregados na China.
A federação, dirigida pelo Partido Comunista da China e apoiada pelo governo, disse que o país conta com um total de 1,324 milhão de sindicatos com 170 milhões de membros, incluindo 40,978 milhões de trabalhadores migrantes das áreas rurais, até o final de setembro de 2006.
Por outro lado, a China está empenhando em proteger seus trabalhadores no exterior.
A China vai dispor de mecanismos de alerta de segurança e de ações em casos de emergência para proteger os trabalhadores chineses no exterior.
A China também elevará a cooperação internacional em segurança e aumentará os gastos em segurança para proteger seus trabalhadores no exterior contra ataques terroristas, conflitos, desastres naturais e outras ameaças, segundo uma conferência realizada conjuntamente pelo Ministério do Comércio e pelo Ministério das Relações Exteriores.
Até o final de 2006, a China tinha investido US$ 73,3 bilhões e tinha 670 mil trabalhadores no exterior, disse o Ministério do Comércio, que acrescentou que os investimentos externos diretos da China atingiram US$ 16,1 bilhões em 2006, um aumento anual de 31%.
Em três anos, a China concluirá uma campanha de educação para proporcionar formação de segurança a 2 mil funcionários de mil empresas, disse o ministro do Comércio, Bo Xilai.
O governo chinês dará instruções a empresas com projetos no exterior para que assumam suas responsabilidades sociais, participem do desenvolvimento do bem-estar público local, ajustem-se à cultura local e protejam o meio-ambiente local, disse.
A China estimulará suas empresas para que compartilhem os benefícios com o país anfitrião, ampliando, por exemplo, o emprego local através da terceirização, disse Bo.
No mês passado, um grupo de homens armados atacou as instalações de uma companha petrolífera chinesa na região de Ogaden, na Etiópia, matou nove trabalhadores chineses e sequestrou outros sete.
A China respondeu com a promessa de reforçar as avaliações de segurança para os chineses que trabalham no exterior, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Liu Jianchao.
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