Cerca de 20.000 estudantes pertencentes a minorias étnicas participam cada ano nos cursos de mandarim em mais de 100 universidades da China, informou a Comissão Estatal de Assuntos das Nacionalidades.
Os estudantes pertencentes a minorias étnicas podem escolher entre um curso de um ano ou de dois para melhorar seu nível de mandarim antes de ingressar na universidade.
O governo chinês tem estabelecido muitas políticas favoráveis para os estudantes de minorias étnicas, entre as quais destacam aquelas destinadas a facilitar seu acesso aos estudos superiores.
Wurihan, jovem de 26 anos da nacionalidade mongol, contou com 20 pontos acrescentados ao exame vestibular da universidade há oito anos, já que a carreira a que se tinha solicitado se ensinava em mandarim.
"A competição é muito dura pelo que os 20 pontos foram de grande ajuda", disse Wurihan. Apesar de não ter um grande nível de mandarim, esta era sua segunda língua e se sentia nervosa ao ter que competir com estudantes han.
Wurihan contou que o exame de ingresso estava em mongol, traduzidos do mandarim pelos departamentos educativos, exceto o exame de Literatura mongol, a que só podiam apresentar-se estudantes desta etnia.
As universidades étnicas que colaboram com a comissão têm criado uns cursos especiais para formar estudantes de 22 etnias diferentes, cada uma com uma população inferior a 100.000 pessoas, como os ewenki, oronqen, daur, maonan, sala, bulang e tadjique.
Na China há 55 minorias étnicas que representam 8,4 por cento da população do país. A maior parte delas vive nas regiões pobres do oeste e em áreas fronteiriças.
Segundo a Comissão, o governo tem protegido a cultura e a língua das minorias étnicas do país através da educação bilingüe.
"A cultura é a alma, as raízes e a essência das pessoas", afirmou Dainzhub Ongboin, subdiretor da Comissão.
|