População do Tibet alcança 2,8 milhões
A população da Região Autônoma do Tibet, no sudoeste da China, aumentou no ano passado em 40.000 até alcançar 2,8 milhões, 90% dos quais (2,5 milhões) são da etnia tibetana, segundo informou o Birô de Estatísticas local.
O Tibet registrou em 2006 uma taxa de crescimento demográfico de 1,17%, enquanto a sua natalidade se situou em 1,74% e o índice de mortalidade foi de 0,57%, de acordo com as estatísticas oficiais.
A expetativa de vida em média dos tibetanos subiu a 67 anos, frente aos 35,5 anos em 1951, ano da libertação pacífica dessa região autônoma chinesa.
O relatório atribui o aumento da população à estabilidade social e ao desenvolvimento econômico sustentável no Tibet.
A superfície do Tibet (1,2 milhão de quilômetros quadrados, quase o dobro da de França) representa uma oitava parte do território chinês, mas a densidade demográfica dessa região é de apenas três habitantes por quilômetro quadrado.
O Tibet contava com uma população de somente 1,14 milhão em 1951.
A política de planejamento familiar chinesa, posta em prática nos finais dos anos setenta para limitar a um o número de filhos dos casais urbanos e a dois o das rurais, a fim de controlar o crescimento da população, nunca se tem aplicado entre os tibetanos. Na última década, o governo central chinês tem destinado fundos de assistência no valor de 6,2 bilhões de yuans (US$775 milhões) ao Tibet.
No ano passado, o produto interno bruto (PIB) do Tibet alcançou 29 bilhões de yuans (US$3,7 bilhões), com um aumento de 13,4%, o crescimento mais alto na última década.
Os ingressos netos per capita dos camponeses e pastores tibetanos se situaram em 2.435 yuans (US$312), cifra que aumentará até 3.820 yuans (US$478, cerca da média nacional dos camponeses) em 2010, segundo as metas estabelecidas pelo governo central.
Trem promove turismo no Tibet
"Estes dias estou muito ocupada atendendo à grande quantidade de clientes, devido talvez à inauguração da nova ferrovia", disse Zhao Xiaomin, administradora de uma loja de objetos artesanais situada na Rua do Hospital da Medicina Tibetana, perto da Praça do Templo Hokhang, enquanto atendia cordialmente às pessoas que entravam constantemente na loja. "A temporada alta de turismo chegará este ano pelo menos com 10 dias de antecedência em relação aos anos anteriores".
Os dados proporcionados pela Administração do Turismo da Região Autônoma do Tibet revelam que entre janeiro e março, esse destino turístico chinês recebeu 116 mil visitantes, uns 15,8% mais que em similar etapa de 2006, cifra que constitui um recorde e rompe a configuração da temporada baixa para o setor. A alta tem muito que ver com a abertura da via ferroviária Qinghai-Tíbet, que tem provocado um fervor pela viagem a essa interessante e mítica zona da China, ao que se soma um incremento considerável também nos transportes por vía aérea e terra.
Segundo as estatísticas, a Região recebeu 2,45 milhões de turistas nacionais e estrangeiros em 2006, para um crescimento de 36% em relação ao ano anterior, enquanto as autoridades prevêem que em 2007 o total de visitantes superará a casa de 3 milhões.
Zhao Qi, subdiretor da Estação Ferroviária de Lhasa, afirmou que desde princípios de abril, os trens que entram no Tibet se mantêm cheios e cada dia mais de 2.000 passageiros chegam à estação. Agora, muitas lojas e os diversos departamentos relacionados se têm posto em ação para receber a primeira semana dourada de primeiro de maio após a inauguração da ferrovia Qinghai-Tíbet.
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