A China está enfrentando alguns problemas em relação ao uso cíclico dos livros didáticos. Em primeiro lugar, os livros didáticos são produzidos centralmente pela Livraria Xinhua com algumas mudanças cada ano, como por exemplo, a edição de 2006 da Informação e Tecnologia tem um tipo de letra maior e mais ilustrações, fazendo com que o livro tenha 250 páginas, comparado com as 210 em 2005, o que implica em que as escolas não podem continuar utilizando antigas versões do livro.
Pan Wennian, especialista de publicação da Universidade de Anhui, afirmou que reciclar os livros didáticos é contra dos interesses das editoriais. Tomando em conta as ganâncias obtidas por estas nas vendas anuais dos livros didáticos, uma mudança na política nacional sobre o uso cíclico as privaria de uma fonte regular de ingresso.
Pan sugeriu que alugar os livros de texto poderia ser efetivo, proporcionando uma alternativa fácil e de economia de energia.
O professor Zhu Yongxin, ex-reitor da Universidade de Suzhou e membro da Comissão Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPCh), recomendou o uso cíclico de livros didáticos durante a sessão anual da CCPPCh em março passado.
"O número dos estudantes chineses atualmente na etapa da educação obrigatória de nove anos é de 177,74 milhões. Se se calcula 2.500 gramas de papéis de livros por estudante ao ano, necessitam-se mais de 450.000 toneladas de papel anualmente, ou o corte de 9 milhões de árvores. Se a metade de todos os livros podem ser reutilizados de três a cinco anos, isto possibilitará uma enorme economia de árvores e energia".
O uso cíclico de livros didáticos na China não tem obtido a popularidade devido às atitudes dos consumidores. Todo o mundo quer comprar livros novos. Os pais não costumam tomar em conta o problema do meio ambiente considerando-o um assunto do governo.
De acordo com o professor Zhu Yongxin, reutilizar os livros didáticos depois de um período de anos tem sido aplicado amplamente em muitos países, por exemplo, nos Estados Unidos e na Austrália, os livros didáticos são considerados como propriedade da escola e mantidos cuidadosamente, enquanto que na Grã-Bretanha, o processo de imprimí-los em papéis reciclados economiza mais energia.
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