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Junjun aprende a praticar Erhu
2007-04-03 10:51:25    cri

A China se empenha em melhorar o nível educacional da população. Neste processo, um problema, no entanto, tem despertado cada vez maior atenção: a grande pressão educacional sobre os jovens e adolescentes, especialmente nas grandes metrópoles. Os pais, que depositam grande esperança nos filhos, os matriculam em cursos complementares fora das aulas.

A cena é tradicional aos fins de semana. De manhãzinha, Junjun começa a praticar os seus exercícios de Euhu, o violino chinês. O pai da menina, que estuda atualmente no segundo ano da escola primária, é taxista. A mãe é balconista e os avós se aposentaram. Para Junjun, fim da semana não é sinônimo de descanso. Ela precisa ir à aula na casa do professor de Erhu. Depois do café da manhã, sai de casa, acompanhada pelo avô.

"No início, havia certo sentido de "imposição", mas pouco a pouco, as vantagens aparecem. Ao praticar o Erhu, é preciso decorar as notas musicais, o que representa um bom exercício de memória para a menina", disse o avô de Junjun.

A música ajuda o desenvolvimento da inteligência das crianças. Mas o importante não é esta questão. O mais importante, para muitos pais, consiste em elevar as habilidades de seus filhos frente a outras crianças. O objetivo é elevar as chances para serem admitidos por aquelas escolas que possuem os melhores professores e infra-estrutura escolar. Os pais de Junjun começaram a preparar a filha aos três anos de idade.

"Quando ela tinha três anos, costumava dançar com a menina no colo. Ela era muito sensível aos ritmos musicais. Depois, ela freqüentou um curso de dança durante um ano. Mais tarde, começou a aprender a tocar o Erhu. Dizem que as aptidões especiais podem aumentar as notas especiais dos candidatos na admissão universitária".

As notas especiais a que o idoso se refere são as notas que os candidatos acumulam por qualquer aptidão especial. Geralmente, elas podem ser incorporadas às notas dos exames vestibulares. Se Junjun passar nos exames de certa categoria da prática de Erhu, como sua aptidão, terá chance de aumentar suas notas do vestibular. Mas a dança não é considerada como uma opção. Por isso, ela abandonou o curso de dança um ano após o início. Além do curso de Erhu, Junjun freqüenta, fora das aulas escolares, vários cursos complementares tais como caligrafia, inglês, matemática, o que faz com que a menina sente muito cansada.

"Estou muito cansada. Aprender a praticar o Erhu é cansativo. Não posso descansar nem nos fins de semana".

Segundo estatísticas, são muitas as crianças como Junjun. Mais da metade dos alunos urbanos aprenderam ou aprendem a tocar um instrumento musical. Nas férias, a metade dos alunos, pelo menos, estuda em um curso complementar. A grande maioria dos alunos em Beijing tem professor particular.

Segundo o avô de Junjun, Beijing não carece dos recursos educacionais, mas todos querem que seu filho entre na melhor escola, por isso, insistem em mandar os filhos cansados aos cursos complementares.

O vice-presidente da Sociedade de Estudos dos Jovens e Adolescentes da China, Sun Yunxiao, disse:

"A esperança dos pais tem sua parte razoável e positiva. Muitos pais enfrentam a pressão de emprego para seus filhos, por isso, a atitude deles para com os filhos é compreensível".

Na realidade, cursos complementares não garantem a admissão para a escola desejada. Além das aptidões da menina, os pais de Junjun pagaram uma muito para que ela entrasse numa escola primária considerada como uma das melhores de Beijing. Segundo uma política do governo de Beijing, nos últimos anos, os alunos primários entram na escola mais próxima de sua casa sem precisar enfrentar um exame. Mas, muitos pais querem mandar seus filhos a uma escola melhor pagando por isso muito dinheiro, que é chamado "despesa para a escolha da escola". Pagar as "despesas para a escolha da escola" é um fenômeno comum em Beijing.

"Pagamos cerca de 15 mil yuans, a renda de um ano da mãe de Junjun", disse o avô da menina.

Os dados demonstram que em Beijing, os pais pagam mais de 200 mil yuans para o ensino secundário de seu filho. Se um aluno escolhe uma vez ou várias vezes a escola, isso implicará um aumento de dezenas de mil yuans. O montante de 200 mil yuans equivale a renda de mais de dez anos para a mãe da Junjun. Resolver a questão da escolha de escola é importante, obviamente, para aliviar a carga educacional de uma família.

Para resolver o problema, a Assembléia Popular Nacional (APN), o órgão de poder supremo da China, tem revisado a Lei de Ensino Obrigatório visando a equidade educacional através da distribuição justa dos recursos educacionais. Segundo o ministro chinês de Educação, Zhou Ji, a publicação da Lei implica na inibição da "escolha de escola".

"No ano passado, a China promulgou a Lei do Ensino Obrigatório revisada. A Lei estipula inequivocamente que os alunos na fase do ensino obrigatório não precisam ser submetidos a exames na escola próxima da casa, o que implica na proibição da escolha da escola e do pagamento de custos extras".

Entretanto, uma lei não vai acalmar necessariamente o entusiasmo dos pais. A respeito, o ministro Zhou Ji considerou que ao proibir a escolha de escola, o governo vai otimizar as infra-estruturas e a qualidade de ensino das escolas para que os pais e os alunos não tenham mais a necessidade de escolher escolas.

"Nas cidades, procuramos estabelecer os padrões tanto para o corpo docente quanto para as infra-estruturas físicas e intensificar a reforma das escolas de condições precárias. Assim, seria mais fácil resolver a questão da escolha de escola".

Junjun continua suas aulas de Erhu, assim como os seus cursos complementares. A competição continua acirrada e as medidas adotadas pelo governo levarão ainda algum tempo para obterem resultados.

 
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