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Visita a uma aldeia Qiang de mais de dois mil anos(1)
2007-03-27 10:10:17    cri

As místicas montanhas se elevam em dois lados de um estreito vale, onde a água clara corre estrondosa sobre seu curso, rompendo contra as rochas que têm sido alisadas durante séculos e cujo tamanho se iguala ao de pequenas vivendas. Sobre este tributário do rio Minjiang se suspende uma ponte pendente construída em bambu e uma rua serpenteada conduz à aldeia montanhosa Taoping.

A aldeia Taoping, com suas 98 casas, está situada no distrito de Lixian da prefeitura autônoma das etnias tibetana e Qiang de Aba, província de Sichuan. A aldeia dos Qiangs com 2.000 anos de história, é a mais antiga e a melhor preservada na China. Sua antigüidade e arquitectura bem conservadas têm inspirado a investigadores e eruditos que a descrevem como "castelo oriental antigo".

A ponte pendente de bambu era anteriormente o único acesso à aldeia. Em tempos de guerra, durante as frequentes contendas ocorridas na história de Taoping, a ponte era desmontada várias vezes para proteger-se da invasão dos inimigos. Uma ponte de cimento coneta hoje Taoping com a rodovia nacional Nº312.

Vendo-a desde a montanha oposta, a aldeia aparece como um cacho de casas de cor marrom amarelado. As habitações se construíram em pedra e argila, materiais que as fazem reluzir amarelentas à luz do Sol.

Taoping tem sobrevivido conflitos e batalhas incontáveis durante séculos, devido em grande parte à defesa diligente dos aldeãos. O desenho da aldeia parece um desenho dos Oito Diagramas do I Ching, o Livro das Mutações. As casas se apresentam ao redor de uma base central formando um recinto de oito portas. Todas as vivendas estão conectadas pelas entradas, passando os telhados e através de uma rede de labirintos e túneis subterrâneos. Os túneis, que levam a água a todas as casas da aldeia, são bastante espaciosos, como para ocultar-se e mover-se dentro. As troneiras permitiram a seus aldeãos ser ativos na defesa de seu lar.

 

Enquanto caminhávamos através da aldeia podia ouvir claramente o murmúrio da água que fluía, mas não percebemos nem uma gota. O mistério foi esclarecido quando o aldeão Chen Shiming levantou uma lousa de pedra para revelar um túnel oculto, bastante largo e profundo que permite a passagem de pessoas. Ele nos disse que a neve derretida circula primeiro através dos túneis situados debaixo das pedras e logo se distribui a diversas partes da aldeia. O sistema do túnel não só proporciona a água para a aldeia inteira, como ainda ajuda a manter uma temperatura e uma humidade agradável. Os castelos elevados se distinguem nas aldeias Qiang, que no passado eram desenhados em forma quadrada, hexagonal ou octogonal, muitos com 30 metros de altura. Dois dos sete castelos antigos originais na aldeia de Taoping ainda estão firmes.

Em 1933, um terremoto na área deixou um barranco no trajeto inicial do rio Minjiang, sem embargo o abalo sísmico só causou à aldeia Taoping a destruição de meio castelo antigo. A maioria das outras habitações da aldeia permaneceram intactas, nada mais com algunas fendas. O que a aldeia podia sobreviver a guerras e desastres naturais se atribue a seu método de construção. As casas e os castelos se construiram segundo o pensamento de uma mecánica arquitectónica antiga. Os construtores usavam a argila pegajosa para por pedras juntas capa por capa, medindo com seus olhos experimentados. Havia um espaço, ao redor, de seis meses entre a posta de cada solo, assim que para uma casa de quatro pisos se necessitavam pelo menos dois anos de construção, enquanto que um castelo, geralmente com sete ou oito pisos, tomou uns sete anos para terminar. As paredes de base geralmente têm mais de 60 centímetros de espessura, culminando no telhado entre 20 e 30 centímetros de espessura. Os pilares grossos construídos nas paredes aumentam sua força. O rico teor do potássio nas pedras e argila era considerado importante para contribuir enormemente para a firmeza das paredes.

Chen Shiming e sua família vivem numa das impressionantes casa-castelo. Disse-nos com orgulho: "Meu avô tinha confiança em que nossa casa poderia manter-se nos tempos de guerra e se poderia guardar abundantes reservas de alimentos. Agora que não há guerras, utilizamos nossa casa como recurso turístico".

 
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