Devido às tradições e hábitos, chineses evitam falar dos assuntos sexuais, o que dificulta a divulgação dos conhecimentos sobre a saúde sexual e reprodutiva entre os jovens, especialmente entre os jovens nas zonas subdesenvolvidas economicamente e é considerado como um dos importantes motivos do alto índice da incidência das doenças como a Adis.

A organização Rede Juvenil da China foi criada em 2004 com a iniciativa da Associação do Planejamento Familiar da China e com o apoio da Fundação Demográfica da ONU. Os seus integrantes são jovens procedentes de todo o país. Li Haimin, um dos primeiros integrantes da organização em Yangquan, cidade da província de Shanxi, disse a nossa reportagem que a Rede Juvenil da China tem o objetivo de divulgar os conhecimentos sobre a saúde sexual entre os jovens nas zonas subdesenvolvidas. Mas sentia grande dificuldade ao iniciar o seu trabalho. Ele disse:

"Em minha terra, o sexo é tema de que ninguém fala abertamente. Queríamos ampliar nossos trabalhos para uma fábrica, mas o patrão recusou nossa proposta. Após muitos trabalhos, ele concordou em mandar dois jovens como representantes da fábrica para participar do curso de formação". 

Casos semelhantes acontecem frequentemente. Graças aos esforços de Li e seus colegas, a organização ganhou fama em Yangquan e muitos jovens e adolescentes têm acesso hoje a conhecimentos sobre a saúde sexual, através dos materiais divulgados e cursos ministrados pela Rede.

Wu Liping, jovem do distrito Deqing da província de Zhejiang, leste da China, e membro da Rede, criou uma sociedade Educação entre Companheiros na sua escola, uma escola profissionalizante de seu distrito, para a divulgação dos conhecimentos de saúde sexual entre os alunos. Segundo ela, as pesquisas psicológicas têm demonstrado que é mais fácil que as pessoas aceitem opiniões e propostas de seus amigos da mesma faixa etária e com os interesses semelhantes. Para os jovens e adolescente, em especial, as instruções de professores e pais não lhes influenciam tão facilmente como o intercâmbio entre os colegas e amigos da mesma idade. A sociedade por ela criada aproveita esta característica para a divulgação dos conhecimento da saúde sexual entre os alunos.

No início, encontrou também muitas dificuldades e na primeira atividade por ela organizada, só apareceram umas 4 pessoas. Wu não se desanimou e insistia nos seus trabalhos. Dois anos passam. A sua organização tem atualmente dezenas de sócios.

Hoje em dia, a Rede Juvenil tem criado suas sucursais em mais de 30 distritos em todo o país e mantem os vínculos de cooperação com as instituições governamentais e outras organizações sociais. Há pouco tempo, a Fundação Demográfica da ONU incluiu o apoio ao desenvolvimento da Rede Juvenil para um seu programa de cooperação com a China. A sub-secretária da entidade na China, Mariam Khan, disse: "Os jovens são inteligentes e trabalham com entusiasmo. Eles têm capacidade para dar ajuda a seus companheiros, especialmente nos assuntos relacionados à saúde sexual".

A Associação do Planejamento Familiar da China, a maior organização popular da deste país no setor e em relação à saúde reprodutiva, dá sempre sua ajuda e orientação aos trabalhos da Rede Juvenil. A secretária-geral da Associação Li Yanqiu considerou:

"Com a participação dos jovens, nossos trabalhos atenderão da melhor maneira, às necessidades dos jovens"