O dia 5 de março, conforme o Calendário Lunar Chinês, é a Festa da Lanterna, um momento tradicional da China para todos os integrantes da família se reunirem. Um grupo de artistas chineses da província de Henan realizou um show fantástico no Rio de Janeiro, atraindo os chineses que estão vivendo na cidade e também muitos cariocas. Mais de duas mil pessoas prestigiaram o espetáculo.

No seu discurso proferido antes do show, o cônsul-geral da China no Rio Yan Xiaomin disse:

"A cultura chinesa é uma pérola brilhante do acervo cultural do mundo. E as artes marciais de Shaolin e Yuju são manifestações culturais regionais apreciadas por todos os chineses em função de sua tradição. Desta vez, um grupo artístico da província de Henan visita o Rio, trazendo uma espetacular apresentação. Acredito que essas atividades vão enriquecer os intercâmbios culturais entre a China e o Brasil, aumentar os conhecimentos e a confiança mútua e aprofundar a amizade entre os dois povos."

O programa começou com um show de artes marciais apresentado pelos monges do Templo de Shaolin. Segundo o chefe da delegação, Wang Renhuai o grupo é composto por 66 integrantes, 40 dos quais são artistas. Durante duas horas, eles apresentam mais de 15 programas diferentes sobre "Yuju" (a ópera tradicional de Henan) e artes marciais. E entre os artistas, se destaca uma criança de 4 anos, Li Jingyi, que interpreta a canção "Leitura e canção sobre as pinturas faciais", e um menino de 8 anos, Yao Jiahao, com um programa de ópera, "Mudança das pinturas faciais", muito aplaudidos pelo público.

Zhou, um cidadão chinês, vive no Rido de Janeiro há quase 30 anos. No dia 5, ele fui à Casa de Shows do Rio junto com os familiares para assistir à apresentação do grupo de Henan. Ele disse:

"Raramente assistia a este tipo de apresentações no passado. Hoje, estou muito contente, pois os artistas mostraram "Yuju" e artes marciais, importantes componentes da cultura chinesa. E durante o show, aquelas crianças fizeram um trabalho perfeito, que me surpreenderam muito. Em casa, também podemos ver esse tipo de apresentações pela TV, mas hoje, nós assistimos um show ao vivo. Senti muito carinho e fiquei muito satisfeito. Espero que outros grupos artísticos chineses se apresentem no Brasil."

O carioca Sandro trabalha na área de tecnologia. Convidado por uma amiga, ele assistiu ao show. Ele disse:

"A amiga minha que trabalha com chineses tem convite e convidou a gente para ver. Gostei. Acho uma coisa interessante, vocês contam uma história bem passada. É legal".

Patrícia, a amiga de Sandro, disse que gostou muito do show.

"Eu gosto muito, é bem interessante. Eu gostei bastante da expressão corporal, acho bem interessante, porque braços, cabeça, acho muito interessante. Kung Fu, também. Acho muito legal, eu pratico. Mas, nossa! É além da realidade. Muito bom!"

Quando Xiao Xiangyu, renomada artista chinesa, apresentou o último programa de Yuju, a platéia se sentiu muito emocionada e animada. E o show chegou ao seu auge. Após o término do show, Paula, uma estudante, não conseguia esconder o seu entusiasmo. Ele disse:

"Achei muito interessante. É diferente para ver a ópera chinesa que a gente nunca vê aqui. Também é diferente da nossa cultura, tem algumas habilidades diferentes, mas são muito interessantes para ver. Kung Fu é bem interessante também, a gente pratica aqui, é legal ver como é lá na China."

O chefe do grupo de artistas chineses, o vice-diretor da Estação de Televisão de Henan, Wang Renhai, disse que o grupo também visitou a Venezuela antes de vir ao Brasil. E o objetivo desta viagem pela América Latina é divulgar a arte chinesa e também da província de Henan.

"Esperamos que através desse tipo de representação, o povo brasileiro possa conhecer a arte chinesa, assim como a província de Henan. Para nós, a visita do grupo foi melhor do que o esperado. No Brasil, assim como na Venezuela, a nossa representação provocou uma forte reação, as pessoas apreciaram muito a nossa ópera e artes marciais, também mostraram grande interesse pela China e por Henan, por isso, os chineses que vivem e trabalham nestes dois países sentiram orgulho de nosso grupo."