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Fudan fita Harvard
2007-02-27 15:39:47    cri

Uma reforma silenciosa está sucedendo na Universidade Fudan de Shanghai, que hoje aspira a ser um centro de ensino superior da qualidade de sua homóloga americana de Harvard, capaz de preparar talentos para que encarem um mundo em plena globalização.

"A reforma educativa na Universidade Fudan tem lugar cada dia. Convidamos famosos professores de vários países, enquanto investigamos os textos didácticos de Harvard, reformamos o sistema de admissão e proporcionamos novos cursos", disse Cai Dafeng, vice-reitor de Fudan.

O rápido desenvolvimento da economia chinesa supõe uma grande pressão para a educação. Muitas companhias transnacionais ansiosas de ampliar seus negócios enfrentam carência de talentos. Ao mesmo tempo, muitos graduados universitários não conseguem empregos adequados.

"Por quê todos os graduados de Harvard, sem importar sua especialidade, são bem vindos, enquanto que os graduados chineses, ao ir às entrevistas de emprego, perguntam-lhes primeiro por sua especialidade e disciplinas de estudos universitários?" Cai considerou que uma universidade excelente deve criar oportunidades para seus estudantes e permitir que os mesmos se desenvolvem segundo sua capacidade.

Novo método didáctico de Fudan

Nos anos 50 do século passado, a China adotou o sistema educativo da ex-União Soviética na docência universitária. Agora a Universidade Fudan se dedica a assimilar os sistemas educativos e métodos de ensino dos Estados Unidos.

Desde 2006, os graduados de bacharelato que aspirem assistir à Universidade Fudan não necessitam participar do vestibular nacional para a admissão universitária, uma prova muito difícil, que constitui a competência mais violenta para os alunos. Agora basta que sigam procedimentos mais simples, ao estilo dos de Harvard ou Yale, e passem um exame por escrito e uma entrevista organizados por Fudan.

Muitos especialistas consideram que o exame nacional de admissão universitária tem restringido a potencialidade criativa de muitos jovens. Ao respeito afirmou Cai: "Desejamos oferecer oportunidades a todos, não só aos que têm passado bem no exame".

Em 1993, o Ministério de Educação propôs oficialmente uma nova política de educação de qualidade, em substituição da educação voltada para o exame. Sem embargo, 14 anos depois, o sistema educativo segue girando ao redor do exame, considerado principal padrão para avaliar o nível académico e do professor.

"A modificação do método de admissão universitária é talvez um passo pequeno na reforma de sistema de educação, mas um passo decisivo para impulsionar a reforma", considerou Qu Jun, sub-diretor da Comissão Municipal de Educação de Shanghai. Fudan é a primeira universidade na China que experimenta novo método de admissão. Se tem êxito, outras escolas superiores seguirão seus passos.

Maior atenção aos conteúdos de ensino

Em 2005, Fudan, também imitando a Harvard e a Yale, estabeleceu a Academia Fudan, onde alberga os estudantes recém chegados em seu primeiro ano de vida universitária. Segundo Cai, os estudantes podem escolher disciplinas como literatura, artes e ciências naturais. Devido a que na escola secundária de segundo ciclo os alunos se dividem em dois grupos (o de ciências sociais e o de ciências naturais), os que cursam as ciências sociais não têm conhecimentos de ciências naturais, enquato os demais carecem de um razoável conhecimento básico sobre literatura e arte. Agora, a Universidade dispõe de umas 4.200 disciplinas. Trata-se de uma cifra sem precedentes entre as universidades chinesas de maior prestígio. "Muitos estudantes escolheram sua universidade e especialidade guiados por seus professores e pais, ou seguindo a corrente social. Às vezes, a escolha não correspondeu a seus próprios desejos. Nosso propósito é detectar seus próprios interesses", agregou Cai. "Muitas pessoas criticam o limitado alcance intelectual dos estudantes chineses, pelo que desejamos ampliar seus horizontes e formá-lhes uma mentalidade independente".

Sem embargo, não será tão fácil mudar a tradição em apenas 12 anos: o professor leciona e o aluno escuta. O professor só ensina o texto para o exame e o aluno estuda também para enfrentar o exame.

Conscientes do problema, os departamentos pertinentes têm empreendido medidas para mudar a situação. O Município de Shanghai tem iniciado uma reforma educativa nas escolas primárias e secundárias para estimular a curiosidade dos estudantes por estudos. "A intenção é boa", disse Qu Jun, "mas até agora não alcançamos ainda os resultados concretos, e a pressão social é muito grande".

Cooperação com universidades estrangeiras

"Contamos com um número crescente de projetos de cooperação internacional com famosas universidades estrangeiras. Pensamos que é uma maneira eficiente de melhorar o nível da educação", estimou Cai, "em 1999, enviamos só 40 estudantes ao estrangeiro, e agora, cerca de 700 estudantes anualmente. Este coincide com a prática no âmbito mundial".

Fudan mantem cooperação com a Universita Commerciale Luigi Bocconi, da Itália, e Ecole Superieure D´Economiques, de París, com o fim de oferecer cursos sobre produtos de luxo e administração da indústria da moda.

Fudan tem estabelecido também vínculos com a Universidade de Yale, especialmente na educação a distância por Internet, que permite uma maior interação entre estudantes e professores de ambos os centros. Até agora, Fudan cria relações de cooperação com mais de 200 universidades de 30 países e regiões.

"Estimulamos nossos estudantes a viajar a outros países para que conheçam diferentes culturas, métodos de ensino e sistemas educativos diferentes, e façam intercâmbios com estudantes e professores estrangeiros. A comunicação por Internet é um meio positivo, mas não é igual a conhecer outros países pessoalmente fora do país", indicou Cai. Segundo este, a tarefa principal de nossos professores não é a docência, senão buscar diversas oportunidades para os estudantes".

A reforma educativa em Fudan não só tem causado as polémicas. Algumas pessoas duvidam do papel pioneiro que desempenha a Fudan na reforma educativa, apesar das evidentes vantagens políticas e materiais. Outras afirmam que há algo de oportunismo utilitário, e comentam que nos anos 50 a educação chinesa aprendeu da União Soviética e agora começa fitando os Estados Unidos. Para Cai, imitar a cega a educação ocidental é impossível. "O sistema educativo chinês", explicou, "tem também suas vantagens, e as combinaremos com os bons métodos ocidentais". Para ele, os resultados da reforma em Fudan se verão por volta de 8 a 10 anos.

 
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