A Cidade Proibida fica no centro da cidade de Beijing, capital da China, e possui uma história de mais de 600 anos. A cidade foi o palácio imperial das dinastias Ming e Qing e, atualmente, é um pólo turístico para os chineses e estrangeiros. Porém, nesta construção antiga há uma cafeteria que provoca grandes discussões. No programa de hoje, vamos discutir sobre isso.

Há 6 anos, uma pequena loja da cafeteria americana Starbucks Coffee foi aberta na Cidade Proibida. Faz muito frio na cidade de Beijing durante o inverno. Zhou Fang, visitante de Shanghai, pegando um copo de café, disse:

"No inverno, quando está muito frio, um copo de café quente é maravilhoso."

De fato, esta cafeteria foi aberta em 2000. Naquela época, já provocou discussões entre as pessoas. Recentemente, um artigo publicado na internet atraiu a atenção do público. De acordo com texto com o título "Starbucks, saia da Cidade Proibida", lido por mais de 500 mil em apenas 6 dias, a Starbucks é um símbolo norte-americano e não corresponde à atmosfera cultural da Cidade Proibida, por isso, deve sair dali. O artigo recebeu grande apoio dos leitores, que disseram que deve-se preservar a cultura chinesa e o patrimônio nacional.

O nosso repórter observou na Cidade Proibida uns visitantes andando com um copo de café na mão. Alguns turistas consideram que o Starbucks destrói a atmosfera histórica da Cidade Proibida. Raul Vesquez, visitante americano, disse:

"Acho que a Starbucks não corresponde à atmosfera da Cidade Proibida. Este palácio é um local belo e deve receber respeito das pessoas em vez de ser uma lugar para as lojas e cafeterias que, em minha opinião, devem ficar no lado de fora."

Joerg Schmitz, alemão, também possui a mesma opinião:

"A Starbucks deve sair da Cidade Proibida, por esta ser um pólo cultural. As instituições comerciais, como Starbucks, devem ser colocadas fora daqui."

O Museu da Cidade Proibida discutiu especialmente o problema do Starbucks quando elaborou o plano de gerenciamento de 2004 e 2005, enquanto a Starbucks fez reajustes na decoração da cafeteria para que não se pudesse ver os símbolos da marca. Wang Ping, visitante, disse:

"Posso comprar um copo de café, isso é muito conveniente para visitantes. Além disso, a cafeteria ocupa uma área pequena, por isso, não se pode ver o impacto da cultura ocidental."

Quanto à questão, o visitante americano possui uma opinião diferente. Ele disse que preferiu as bebidas de característica chinesa quando visitou o antigo palácio chinês:

"Prefiro beber chá chinês aqui."

A Cidade Proibida ocupa uma área de mais de 70 hectares. Por isso, a necessidade de se ter umas lojas que vendam bebidas aos visitantes. Feng Nai'en, diretor do Escritório do Museu da Cidade Proibida, disse ao nosso repórter que este pólo turístico deve oferecer bons serviços aos visitantes enquanto são preservadas as relíquias.

Feng manifestou que se as operações da Starbucks não corresponderem à preservação das relíquias culturais, a Cidade Proibida não permitirá sua estadia. Atualmente, o Museu está em discussão com o Starbucks e o resultado será divulgado no primeiro semestre deste ano. Além disso, Feng ainda disse que a Cidade Proibida está buscando um novo meio de gerenciamento e administração. Ele disse:

"Buscamos uma companhia especializada em planejamento para ajudar na nossa administração. Com isso, os problemas no gerenciamento, como do Starbucks, serão resolvidos com facilidade."

Feng informou ainda que através do lançamento de concorrências, a Cidade Proibida escolheu restaurantes para satisfazer a demanda dos visitantes. Segundo o diretor, as comidas serão preparadas no lado de fora e vendidas no palácio.

"As coisas que não correspondem à atmosfera da Cidade Proibida não serão permitidas a entrar", afirmou Feng.