Situada na cidade de Xining, capital da província de Qinghai da China, a Companhia Yijia Buhala de Qinghai é uma empresa industrial de trajes e adornos muçulmanos. Entrando em suas oficinas, os operários trabalham em linhas de produção ocupada mas ordenadamente. Segundo o gerente de produção Sun Zheng, sua empresa produz mantas, chapéus, bordados com letras árabes, e tapetes de parede, bem como adornos tradicionais muçulmanos.
"Produzimos principalmente trajes, chapéus e adornos tradicionais para os muçulmanos. Os produtos têm boa aceitação no mercado."
A empresa, gozando de fama tanto no país como no exterior, especialmente nos países árabes, possui os ativos fixos aproximadamente de 270 milhões de yuans em renminbi e mais de 5 mil empregados. Como a empresa se desenvolveu de uma economia caseira com vários trabalhadores há alguns anos para um grupo industrial? Nossa reportagem visitou o presidente da empresa, sr. Essa Han, da etnia Salar, uma das 55 minorias étnicas da China.
Essa Han, de estatura mediana, dá a impressão de ser um homem firme. Dez anos atrás, foi estudar no Paquistão e descobriu que as trajes e adornos, especialmente os chapéus dos homens, eram muito diversificados naquele país, mas em comparação, os produtos na China eram uniformes e a grande maioria dos muçulmanos usava os chapéus brancos redondos quase iguais. Essa Han disse:
"Pensava naquele tempo, que a China tinha mais de 20 milhões de muçulmanos. Eles deviam preferir possivelmente a produtos mais diversificados, que não havia no mercado chinês. Por isso, decidi importar os chapéus muçulmanos de Bengala, Paquistão e Arábia Saudita para a China".
Com o comércio de chapéu, Essa Han acumulou um pequeno fundo, mas não parou os passos. Começou a pensar: poderíamos produzir chapéus para atender às necessidades do mercado doméstico e exportá-los para outros países? Essa Han calculava: há mais de um bilhão de muçulmanos em todo o mundo e todos têm a necessidade de consumo. Seria um grande mercado.
"Durante dois anos, dedicava-me à importação de produtos estrangeiros ao mercado doméstico. Depois, comecei a criar minha própria fábrica".
No início de 1998, Essa Han investiu 30 mil yuans e criou em sua terra natal, província de Qinghai, sua fábrica com apenas 5 empregados para a produção de chapéus tradicionais muçulmanos. A produção se dependia dos trabalhos manuais e o empregado mais hábel produzia por dia uns 20 chapéus.
Com o fim de aumentar a produção e melhorar a qualidade, Essa Han visitou vários países árabes e fazia investigações sobre a tecnologia de produção.
"A produção manual foi um dos motivos da alta do preço. Estava ciente de que era necessário introduzir tecnologia moderna com o fim de melhorar a qualidade dos produtos e baixar os custos".
Com estas ideias, Essa Han começou a fazer investigação sobre os equipamentos modernos e nos finais de 2000, a empresa Yijia Buhala e outras duas empresas de Beijing conseguiram instalar a primeira linha de produção computarizada de bordados no país. Hoje em dia, a empresa Yijia Buhala conta com mais de 130 aparelhos computarizados de bordado e o custo de cada chapéu baixou para um yuan contra os 4 yuans antigamente.
De base na produção de chapéus, a empresa de Essa Han ampliou seus negócios para a produção de trajes, adornos e tapetes de parede de estilo muçulmano. Agora, os muçulmanos chineses que vão peregrinar à Arábia Saudita costumam levar como prendas os produtos da empresa Yijia Buhala para oferecer a seus parentes e amigos.
A empresa Yijia Buhala localiza-se no noroeste chinês, onde as matérias-primas são baratas e de boa qualidade e o custo para a produção incluindo as mãos de obra também é baixo, o que possibilita grandes vantagens para o desenvolvimento da empresa. Mas, Essa Han entendeu a necessidade de otimizar o nível de gestão e sua competitividade para avançar ao mercado internacional e neste sentido, mandou seus empregados a aprender as experiências de gestão nas grandes empresas em Shanghai, Zhejiang e Shandong.
Graças a uns dez anos de esforços, os produtos da empresa têm entrado no mercado internacional por sua boa qualidade, bom design e baixo preço. O vice-gerente-geral da empresa, Han Decheng, disse:
"Recebemos em 2006, 12 clientes procedentes da Arábia Saudita, Nigéria e União dos Emirados Árabes, assim como outros países árabes. Um cliente da Arábia Saudita fez de uma vez, uma encomenda de 8 milhões de chapéus de rede".
Agora, os produtos da empresa Yijia Buhala têm boa aceitação no Oriente Médio e no Sudeste Asiático, além do mercado doméstico. Segundo Essa Han, com o aumento das encomendas nacionais e estrangeiras, a empresa vai ampliar a envergadura de produção, melhorar a qualidade dos produtos e empenhar-se em tornar-se uma empresa de nível internacional para a produção de trajes e adornos tradicionais muçulmanos.
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