A etnia uzbeque é uma das dez minorias étnicas chinesas que tem o islamismo como sua crença religiosa. Vive principalmente no sul da Região Autónoma da Nacionalidade Uygur de Xinjiang. Nossa reportagem visitou recentemente uma família uzbeque no distrito de Shache, na região de Kaxgar, sul da Região e conheceu as transformações de vida de usbeques através das cerimônias de boda de três uzbeques de três diferentes gerações.

A chegada de nossa reportagem ao distrito de Shache coincidiu com o casamento da caçula de Abudu Alah Majed. Segundo o costume, a cerimônia nupcial se realizou em casa da noiva e os países, incluindo todos os membros da família, estavam ocupados na preparação da festa.

A noiva, com vestido branco, véu branco ponteado de peças brilhantes, estava sentada ao lado da avó escutando os conselhos antes do casamento. Dizem que a noiva é docente num jardim de infantaria e o noivo, engenheiro de computação eletrônica, eles se conheceram há dois anos.

O noivo com um chapéuzinho colorido losango e em trajes típicos da etnia com florzinhos em fundo branco, disse com toda a felicidade a nossa reportagem: "Temos boas condições de vida e satisfazemos todas as exigências da parte da noiva, por exemplo comprei a ela o anel de ouro, brincos de ouro etc. Alugaremos um comboio de casamento composto de sete carros, pois este é número predileto de nós uzbeques. Para a cerimônia nupcial, gastaremos cerca de 20 mil yuans(equivalentes a cerca de US$2.500). Em nossa aldeia, não são as despesas mais altas". Segundo o noivo, ele comprou quase tudo de que necessitem para a vida quotidiana, incluindo eletrodomésticos de luxo como, por exemplo, aparelho VCD, televisor LCD, e motociclo.

Nossa reportagem perguntou à avó da noiva sobre o seu casamento. Ela disse: "Éramos pobres. Não tínhamos gravador nem aparelho VCD. No dia do casamento, meu marido pediu emprestado uma carroça de duas rodas puxada por um cavalo para me levar a sua casa, tocando o dombra(instrumento musical da etnia) ao longo do caminho".

A idosa lembrou-se ainda que no dia do registro do casamento, ela recebeu de um funcionário do Departamento de Registro Matrimonial um lenço de seda e considerou-o como prova da confiança.

Sem dote nem comboio de casamento, um lenço de seda testemunhou o amor fiel entre o casal. Em comparação a seu casamento, a cerimônia nupcial do filho Abudu Alah Majed foi a maior e a mais animada da aldeia em sua época.

Abudu Alah Medej disse: "Casei-me em 1985. Segundo a tradição de nossa etnia, ofereci à família de minha noiva cobertores e mandei fazer um jogo de roupas a minha noiva com o melhor tecido da época".

Ele disse que, em comparação ao comboio de casamento que é a moda atual, nos seus tempos, a moda foi receber a noiva em caminhão. Alugou dois caminhões e ofereceu um banquete aos parentes e amigos.

Aproveitando a oportunidade, nossa reportagem conversou com o irmão do noivo, um jovem de 22 anos. Ele disse que seu plano de casamento é diferente aos dos amigos:

"Quero casar-me em 2008 e vou a Beijing junto com minha noiva para assistir aos Jogos Olímpicos".