Ao falar sobre crochê, muitas pessoas consideram que isso é uma atividade nos tempo livre. Porém, para algumas localidades chinesas, o crochê é uma fonte de receita familiar. Na cidade de Hangzhou, leste do país, há uma cooperativa de crochê batizada de Irmãs voltada para ajudar as mulheres desempregadas.

A Cooperativa de Crochê das Irmãs foi criada em março de 2002 e possui mais de 500 empregadas. Xu Qiming, responsável do clube, disse ao nosso repórter que as empregadas se dedicam principalmente à confecção de malhas e crochê para a produção de roupas e chapéus de bonecas e outros tipos de artesanatos. A receita delas depende do trabalho. Algumas podem ganhar mais de 2 mil yuans por mês. Xu disse:

"Se empregada persistir no trabalho pode ganhar mais de mil yuans por mês. Aquelas que devem cuidar de crianças ou de idosos podem trabalhar em casa".

A Cooperativa tem sua natureza beneficente. Na comunidade de Laodong, há um grupo de mulheres desempregadas entre 40 e 50 anos que têm dificuldades em buscar empregos devido ao baixo nível escolar. Para resolver o problema, os responsáveis da comunidade visitaram suas casas e decidiram estabelecer uma cooperativa de crochê para dar-lhes ajudas.

A entidade foi denominada Cooperativa de Crochê das Irmãs. Zhang Yungu foi uma das primeiras pessoas a se filiar à entidade. Ela disse que a Cooperativa começou com 5 pessoas e o trabalho era muito difícil. Ela disse:

"Naquele momento, quase não tínhamos nada. Produzíamos apenas roupas de bonecas. Colocamos na nossa porta um anúncio para atrair mais sócios".

Mais de quarenta desempregadas aderiram à Cooperativa posteriormente. Elas se esforçaram para produzir artesanatos de crochê. Porém, qual era o mercado para esses produtos?

As pessoas se lembraram da Rua de Hefang, famoso ponto turístico de Hangzhou. Por isso, os responsáveis da comunidade começaram a promover e vender os produtos nas calçadas. Depois, muitas lojas mostraram interesse em revender os produtos.

Cai Lingqiong, 48 anos, é uma das associadas da Cooperativa. Ela é deficiente e perdeu o emprego em 2003. O marido também é deficiente e ganha apenas 1000 yuans por mês. Por isso, Cai aderiu à Cooperativa. Ela disse:

"Posso cuidar a família enquanto trabalho em casa. Tenho uma tia doente, da qual também cuido em casa".

Cai pode faturar mais de 1000 yuans por mês. Xu Qiming disse que as pessoas integradas à entidade ajudam a custear as despesas familiares e a recuperar a autoconfiança. Ela disse:

"Elas acham que o trabalho pode reforçar sua autoconfiança. Antes de virem aqui, muitas delas não sabiam fazer nada, porém, sempre as estimulamos. Agora, elas dominam as técnicas e recuperaram a autoconfiança".

A Cooperativa das Irmãs distribui os lucros da venda de produtos depois de pagar as tarifas de eletricidade, água e aluguel do escritório. A entidade é cada vez mais famosa. Muitas mulheres de outras comunidades também querem aderir a ela. Zhang é uma delas.

"Não tenho muitos trabalhos em casa. Além disso, posso aprender e dominar a técnica de fazer crochê aqui."

A entidade está ampliando os seus negócios e os lucros aumentaram. Xu disse:

"Antigamente, a Cooperativa gerava algumas dezenas mil yuans. Com o desenvolvimento, no ano passado, distribuímos mais de 700 mil yuans de salários às trabalhadoras".

Devido à alta qualidade, os produtos atraem muitos contratos nacionais e estrangeiros, como os dos EUA, Alemanha e Japão.