"Estamos muito satisfeitos com nossa participação nesta feira. Podemos comprovar nas visitas e entrevistas realizadas um interesse de que já éramos conscientes", manifestou a Agência de Notícias Xinhua Javier Serra, conselheiro econômico e comercial da Embaixada da Espanha na China. "Até Beijing se tem trasladado 27 universidades e instituições docentes, uma ampla mostra da força educativa de Espanha, tanto no ensino de idioma espanhol como em outras matérias. A representação espanhola é sumamente representativa dos ensinos que se ofertam em nosso país, mas também de sua distribuição geográfica em nosso território", agregou Serra. A participação espanhola na feira está composta, entre outras instituições, pelo Instituto Cervantes, a Universidade Pública de Navarra, o Instituto San Fernando, a Universidade de Valência, a Universidade Autônoma de Barcelona, a Universidade Pompeu Fabra e a Universidade Rei Juan Carlos.

"Podemos apreciar que cada vez mais jovens chineses, sejam ou não estudantes de espanhol, manifestam interesse por completar sua educação na Espanha", sublinhou Wang Wuxue, professora de espanhol da Universidade de Comunicações, quem trabalha como intérprete na feira. "Somos conscientes do crescente interesse que a língua espanhola desperta na China, tanto pela Espanha em si, como pelos milhões de falantes com que conta a América Latina. Para a satisfação desse interesse realiza suas atividades em Beijing o Instituto Cervantes, cujas classes de espanhol começarão nas próximas semanas, enquanto que, na Espanha, as universidades aqui presentes oferecem os serviços de seus departamentos de espanhol como língua estrangeira", destacou Serra. A oferta acadêmica dos centros espanhóis se articula de diferentes modos. Assim, o Instituto San Fernando desenvolverá sessões de formação antes do embarque dos estudantes para a Espanha. "Nosso objetivo é oferecer em primeiro lugar cursos de espanhol em Beijing para, seis meses depois e já na Espanha, iniciar a formação universitária em medicina, ciências da educação ou informática", indicou Arturo Periañez, diretor do Instituto San Fernando. "Ainda não contamos com alunos chineses, mas queremos receber para o próximo curso alguns deles", manifestou María Morrás Ruiz-Falcó, subreitora de Relações Internacionais e Estudos de Pósgrado e Doutorado da Universidade Pompeu Fabra. Segundo Morrás, a China e a Espanha têm muitos pontos em comum, como é o fato de contar com línguas que vinculam a um importante percentagem da população do planeta. "Os estudos na Espanha são muito mais baratos que nos Estados Unidos e na Inglaterra, apesar de sua qualidade equivalente ou superior em muitos casos", sublinhou Morrás. A oferta de praças para alunos chineses dos centros educativos espanhóis vem acompanhada por medidas administrativas. "Nos próximos meses será assinado um acordo para permitir que a prova de acesso às universidades chinesas seja reconhecida na Espanha. Uma vez aprovado, qualquer pessoa que passe os exames de acesso à universidade na China, poderá realizar estudos universitários completos na Espanha", informou o diplomata espanhol.

Na feira de dois dias de duração participam 450 universidades e centros educativos estrangeiros, provenientes de cerca de 30 países e regiões do mundo. Depois de Beijing, a feira se mudará para outras cidades chinesas como, por exemplo, Harbin, Shanghai, Nanjing, Chengdu e Shenzhen.