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Floresta e mar de bambu em Guizhou
2006-08-23 08:43:47    cri

Acho que muitos de vocês já assistiram àquele famoso filme chinês, o Tigre e o Dragão, não? Pois é. O filme foi uma obra do diretor asiático Angel Lee, muito conhecido mundialmente. Mas o mais interessante foi ver aquele belo cenário em que os dois mestres de arte marcial lutaram em um mar verde de bambus. Então, no programa de hoje, gostaria de levar vocês até a Província de Guizhou, sudoeste da China, para sentir o frescor e o perfume dos bambus, material secular usado principalmente na produção de papel, uma das quatro grandes invenções chinesas.

Em uma altitude de nada menos do que 1,700 metros, as montanhas do distrito Pan, da Província de Guizhou, são totalmente encobertas por bambus tornando a paisagem lá do alto em um verde estonteante. Com uma área total de dois mil hectares, observar aquela paisagem impressionante causa uma impressão de paz absoluta e frescor imediato, especialmente em época de calor. Os bambus, que caracterizam o local, possuem uma história de 300 anos. Um passeio nesta floresta mágica de bambus é extremamente recomendado a quem vai a região, principalmente em um dia de céu azul e ensolarado, uma vez que a sensação ao ver os raios de sol penetrando entre as folhas é indescritível.

Ao caminhar ao longo de uma trilha na floresta, a sensação é de se estar dentro de uma pintura, vendo um degradê de verdes em todos os lados e respirando ar puro. Lá o silêncio é tão ensurdecedor que, prestando atenção, é quase possível ouvir o som melodioso dos bambus brotando.

Os residentes locais mantêm o hábito de preparar comida e fazer chá com "água de raiz de bambu", que recebe esse nome por passar por declives e precipícios antes de chegar aos córregos, onde os habitantes recolhem a água. Segundo eles, esse tipo de água, dotada de baixo grau de minério, é uma forma de prevenir câncer e retardar o envelhecimento. Além disso, eles dizem que a comida preparada com essas águas torna o sabor ainda mais delicioso e o aroma do chá muito mais atrativo.

Sendo assim, os turistas na região não podem deixar de visitar o encantador mar de bambu e degustar dos mistérios das águas da raiz do bambu.

Outro tesouro da floresta é um fungo comestível ? o zhusun, ou seja, cogumelo de bambu. Ele nasce debaixo das raízes do bambu seco, considerado como flor de fungo ou imperatriz de cogumelo graças a sua forma graciosa. O sabor é fresco e leve, e ainda ajuda a emagrecer. Devido à geografia e condições climáticas, o zhusun do distrito Pan é dotado de boa qualidade e exala um cheiro diferente.

De acordo com a vice-prefeita do distrito Pan, Xue Yueqiong, "as boas condições do solo e da água na região concedem à boa qualidade de zhusun".

Além disso, há um exótico morador nativo da floresta. Ele é um tipo de esquilo que se alimenta das raízes e brotos de bambu. São espertos e nada tímidos, aparecendo e fazendo graça para os turistas vez que outra.

Nas profundidades dessa floresta é onde estão distribuídas as antigas oficinas de papel. Utilizando bambu cinzento como matéria prima, os papéis elaborados à mão com base nas tradicionais técnicas chinesas, são exportados para o sudeste asiático. Porém, hoje em dia, sua produção reduziu muito devido aos problemas causados ao meio-ambiente, mas suas instalações permanecem conservadas de forma intacta.

Dong Minghua, um idoso dedicado há muitos anos à profissão, diz que o que mais atrai aos visitantes é a estreita relação da história da produção de papéis com a de bambus. Ambas começaram juntas.

"Há 300 anos meus antepassados começaram a trabalhar nesta profissão. Iniciei a carreira aos 17, agora tenho mais de 70 anos", disse ele.

Vocês estão ouvindo o som do triturar de bambus. Conforme a trabalhadora da oficina Fang Ping, escolher bambus frescos e esmagá-los é a primeira etapa do processo.

"Para a produção de apenas uma folha de papel, é preciso passar por 72 fases. Todo o processo, desde a primeira etapa, a da trituração, até a última, levará dois meses".

O naturalista Tan Bo, apresentou as antigas técnicas de produzir papéis inventadas por Cai Lun.

"Primeiro pila-se os bambus e coloca-os num tanque redondo. Depois os embebe nas águas de cal durante dois meses. Após esse período, aquece-os em fogo alto e os lava em água limpa. Logo, tritura-os novamente para tornar a fibra de bambu mais flexível. Só então, filtra-se o bambu e coloca-o numa parede quente. E pronto".

Os papéis produzidos a partir de bambu são brancos e resistentes. Ao visitar a oficina, os turistas podem divertirem-se fazendo o papel sob a orientação dos profissionais.

Notas turísticas

Os pratos derivados de bambu mais recomendados são o tofu cozido em água de raiz de bambu, a aguardente fermentada com água de raiz de bambu e o pé de porco guisado com zhusun. Os turistas podem hospedar-se em casas de camponeses locais, pelo módico preço de 15 e 20 yuans (US$ 2,5) por noite.

 
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