A China é um país em desenvolvimento e conta com uma grande área territorial em que existe desequilíbrio do desenvolvimento econômico entre diferentes zonas. Os residentes no leste da China, por exemplo, já estão gozando de uma vida relativamente rica, enquanto que os de algumas zonas do oeste do país ainda se encontram com dificuldades em relação a tratamentos médicos.

Para os residentes de zonas pobres, adoecer pode significar um grande problema na vida devido à escassez de dinheiro e falta de condições necessárias, além do baixo nível de médicos locais.

Com o desenvolvimento sócio-econômico da China, o governo chinês tem aumentado investimentos quanto ao setor de higiene e tratamento médico, a fim de melhorar tais condições em zonas pobres. Recentemente, um repórter da CRI visitou o distrito de Pan, da província de Guizhou, sudoeste da China, para conhecer o estado de tratamento médico e higiene naquela região. Agora, ouça a reportagem do distrito de Pan.

O distrito de Pan é uma das zonas mais pobres na China, cujo PIB per capita é de apenas US$ 500, valor equivalente à metade do nível médio da China. Devido à pobreza, muitos residentes locais não conseguem pagar por tratamento médico adequados. Para resolver os problemas a respeito, o distrito começou a adotar um novo sistema de tratamento médico cooperativo nos meios rurais. O governador interino do distrito de Pan, Luo Zixiang, disse:

"O novo sistema de tratamento médico cooperativo é para resolver as dificuldades dos residentes rurais no acesso ao tratamento médico. Geralmente, os habitantes apóiam esta nova política, uma vez que é algo que os beneficia."

O novo sistema de tratamento médico cooperativo nos meios rurais é elaborado pelo governo central e tem como objetivo melhorar as condições de tratamento médico. Segundo a política, todos os anos cada agricultor possui um fundo de tratamento médico cooperativo composto por subsídios oferecidos pelo governo central, local e também privado. O fundo alivia o encargo dos agricultores no tratamento médico. Até agora, 78,5% dos residentes do distrito de Pan já participaram deste sistema.

Li Kaijiang, residente do distrito de Pan, sofre de úlcera no estômago e já gastou mais de 2200 yuans devido a doença. Porém, o fundo deu-lhe uma compensação de mais de mil yuans, o que fez Li muito satisfeito. Ele disse ao repórter da CRI que todos os seus familiares já participaram deste sistema. A política é aplaudida por todos os residentes locais.

Segundo Zhang Ge, jovem médico do centro de saúde local, que é frequentado diariamente, os agricultores estão muito satisfeitos com o novo sistema de tratamento médico cooperativo.

Porém, a condições atrasadas e o baixo nível dos médicos ainda afetam a saúde dos residentes locais. Zhang Yaling, enfermeira do Centro de Saúde da aldeia de Machang, disse:

"Só conseguimos tratar as doenças comuns e sempre sugerimos aos pacientes graves dirigirem-se ao hospital do distrito. Desejamos que possamos estudar fora daqui e aprender com as experiências dos médicos urbanos."

Além disso, a despesa do trânsito da aldeia ao distrito, alimento e alojamento, também constitui um grande encargo para os pacientes. Quanto a isso, Luo Zixiang disse que o distrito recrutará recém-graduados para trabalhar nos centros de saúde, a fim de reforçar o pessoal médico e aproveitar ativamente as políticas preferenciais, junto com investimentos do governo local, para melhorar os equipamentos médicos. Além disso, os médicos locais receberão treinamentos, especialmente aqueles dos centros de saúde das aldeias e vilas, e a receita dos mesmos será elevada.

No distrito de Pan, existem clínicas privadas, sendo complementares aos centros de saúde, porém elas também encontram muitas dificuldades no gerenciamento. Wang Qing, diretor de uma dessas clínicas privadas, disse:

"A situação econômica aqui não é muito boa, muitas pessoas não conseguem pagar as despesas de tratamento médico. Até agora, ainda há pacientes devendo à clínica."

Wang espera que o governo local esteja consciente da complementaridade das clínicas privadas às instituições médicas públicas e dê apoio às mesmas.