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Aldeia montanhosa enriquece com o turismo
2006-07-25 17:21:11    cri
A etnia Nu é uma das minorias nacionais da China, que habita principalmente as montanhas no vale do rio Nu, na província de Yunnan, sudoeste do país. O acesso difícil fazia com que o status sócio-econômico nessas zonas estivesse relativamente atrasado. Hoje em dia, muitas famílias dos Nus vêm enriquecendo-se através do "turismo às aldeias", com a ajuda do governo local.

Partindo de Kunming, capital da província de Yunnan, nossa reportagem chegou ao distrito autônomo das etnias Nu e Dulong, depois de cerca de 11 horas de ônibus. E, mais uma hora depois, seguindo o grande vale do rio Nu, chegou finalmente a uma aldeia que se chama Jiasheng. A aldeia, vista de longe, está escondida por entre matos verdejantes no regaço das montanhas. Nos dois lados da estrada, encontram-se filas de novas habitações de madeira em estilo tradicional e ouvem-se cantos de aldeãos, de vez em quando.

Na casa do camponês Liu Yanghai, dono de casa, que estava preparando o almoço a um grupo de turistas, nossa reportagem viu os eletrodomésticos como, por exemplo, televisor a cor, geladeira, máquina de lavar, aparelho de som... que habitualmente usam os residentes urbanos. Liu nos disse que a família era muito pobre, mas que, graças ao turismo às aldeias, a vida começou a melhorar dia após dia.

"Antes da implantação do programa 'turismo às aldeias', a renda da família era muito pouca, pois nos sustentávamos apenas da lavoura e criação de frangos. A vida era difícil".

Porém, tudo mudou desde há seis anos. O governo local decidiu dar ajuda aos aldeãos a desenvolver o turismo aproveitando-se das especialidades vantajosas ao longo do rio Nu. Liu Yanghai pediu uma verba emprestada a seus parentes e amigos, construiu uma pequena pousada e a família começou a dedicar-se aos serviços turísticos. Pouco a pouco, a família dos Lius atraiu turistas da capital distrital e até mesmo da capital provincial.

Segundo Liu, a sua esposa é boa cozinheira, principalmente quando ela prepara o prato Carne Piba - uma delícia da etnia Nu - muito aplaudido por turistas. Trata-se de um prato feito com carne suína salgada.

Com toda a satisfação, Liu disse a nossa reportagem que, há seis anos, a renda familiar vem tendo um aumento de pelo menos 10 mil ou 20 mil yuans ao ano. Com este dinheiro, liquidou todas as dívidas, comprou eletrodomésticos e tem até poupança depositada em banco.

Durante a conversa, o telefone tocou: "Hoje à noite? A que horas? Está bem".

Atendida a chamada, Liu nos contou, sorridente, que a ligação era da capital distrital, e que um grupo de turistas viria jantar em sua casa.

Na casa vizinha dos Lius, uma moça em traje étnico chamou nossa atenção. Tecido de produção caseira, o traje era estampado com pequeninas flores brancas contrastando com o fundo azul-escuro. O quintal do vizinho é maior do que o da família dos Lius e tem no meio um pequeno tanque, um quiosque e algumas colinas artificiais. A família se dedica também à prestação de serviços turísticos.

A moça chama-se Kaichu, de 23 anos. O pai de Kaichu trabalhava na capital distrital, a mãe cuidava de uma pequena tenda na aldeia, e a moça era trabalhadora migrante nas cidades. Depois da implantação do "turismo às aldeias", a família de Kaichu sentia falta de mão-de-obra, e a moça voltou à aldeia. Com experiências acumuladas nas cidades e uma visão mais ampla, ela disse a nossa reportagem que o turismo não apenas faz com que a renda familiar cresça, mas representa ainda uma boa oportunidade para divulgar e proteger a cultura da etnia Nu, uma vez que muitos costumes e hábitos dos Nus são mantidos com o fim de atrair cada dia mais turistas.

Kaichu apresentou uma canção folclórica intitulada Brinde, e ofereceu vinho de arroz de produção caseira a reportagem. Ela disse que suas irmãs da aldeia e ela costumam apresentar danças da etnia Nu aos turistas, além de preparar-lhes pratos típicos dos Nus. Segundo Kaichu, a cultura étnica está atraindo cada dia mais turistas.

"Quero organizar um conjunto de representação artística para fazer shows em todas as famílias que se dedicam ao turismo, assim, eu e meus conterrâneos poderemos ganhar mais dinheiro. Podemos reconstruir algumas habitações de estilo dos Nus e proporcionarmos legumes e apartamentos para que os turismos aprendam a culinária dos Nus, sentindo plenamente a nossa vida", disse Kaichu.

Naquele momento, alguns turistas que habitavam a casa de Kaichu, apareceram. Quando a moça foi preparar as refeições, nossa reportagem conversou com eles, que eram procedentes de Kunming, capital da província de Yunnan.

A turista Cheng Fan disse: "o turismo nas aldeias faz com que os visitantes provenientes de todo o país conheçam pessoalmente a vida dos Nus e levem os costumes e hábitos dos Nus para todo o país, divulgando a etnia".

A aldeia Jiasheng tem 50 famílias. Segundo um funcinário local, o turismo da etnia Nu está na fase inicial e o governo vai criar melhores condições para que cada vez mais aldeãos Nus se livrem da pobreza através da prestação de serviços turísticos.

"Nesse ano, vamos transformar a estrada de terra em rodovia asfaltada e construir aqui um parque que tenha as funções de estacionamento de automóveis, centro comercial e lazer. Ainda vamos criar uma caravana atraindo a participação de turistas para que estes conheçam os hábitos e costumes dos Nus".

 
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