Recentemente, uma delegação composta por reitores das escolas primárias e secundárias americanas e os funcionários do setor pedagógico, vêm a Beijing para uma visita à China. A vinda foi organizada pelo Gabinete Nacional de Ensino de Chinês no Estrangeiro e o Conselho de Universidades dos EUA, e tem como objetivo convidar os reitores americanos a conhecerem mais diretamente a cultura e língua chinesas e o sistema da educação da China, a fim de promover os intercâmbios entre ambas as partes neste aspecto.

A cultura chinesa tem uma longa história e um grande fascínio. Muitas pessoas costumam encantar-se com isso. Como consequência, a língua chinesa também vem sendo cada vez mais procurada por estrangeiros.

Nos Estados Unidos, cada vez mais pessoas começaram a estudar o chinês. Por isso, o Conselho das Universidades dos EUA decidiu abrir disciplinas e exames da língua chinesa no Projeto AP. O AP constitui disciplinas preparativas colocadas nas escolas secundárias americanas para curso universitário. Os que passam nos exames do AP podem obter com antecedência as notas universitárias e entrar na universidade com facilidade. Por isso, muitos estudantes secundários americanos querem participar do Projeto AP. A decisão do Conselho de Universidades dos EUA obteve apoio do Gabinete Nacional de Ensino de Chinês no Estrangeiro. A visita constitui uma parte das medidas adotadas por ambos países na promoção do ensino do chinês nos EUA.

Segundo pesquisas do Conselho de Universidades dos EUA, cerca de 2500 escolas primárias ou secundárias americanas estão dispostas a abrir cursos de chinês, cujos membros participam desta delegação à China. O vice-diretor do Gabinete Nacional de Ensino de Chinês no Estrangeiro, Ma Jian, disse:

"Agora, cerca de 2500 escolas primárias ou secundárias americanas têm a disposição de abrir cursos de chinês. Porém, ainda existe uma distância entre a disposição e a execução. De fato, os reitores americanos conhecem pouco a China, por isso, eles vêm aqui para obter informações oferecidas pelo nosso país, e sentir diretamente a cultura chinesa. Com esta visita, eles ficarão mais determinados a exercer o plano do ensino do chinês."

Albert Edward, reitor da Escola Secundária da cidade de Harbor, do estado de Maryland, disse à nossa reportagem:

"Participo da visita com o objetivo de conhecer mais sobre a cultura chinesa para compartilhar com os meus alunos, para que eles tenham interesse pelo estudo da língua chinesa."

Os membros da delegação visitaram sítios com características chinesas, o Palácio de Verão, becos tradicionais, entre outros. O famoso lingüista chinês, Xu Jialu, ainda ofereceu uma palestra para os mesmos.

Além disso, os reitores e funcionários educativos americanos visitaram as escolas primárias e secundárias de Beijing, onde trocaram opiniões com os professores e alunos. Com isso, eles conheceram o método e o conceito do ensino chinês. O diretor do Departamento Internacional da Escola Secundária, anexa à Universidade do Povo da China, o qual recebeu os americanos, Yang Jinping, disse:

"A nossa escola oferece aulas do chinês para os estudantes estrangeiros, além de dar aulas de cultura, música e educação física chinesa. Geralmente, os estudantes estrangeiros podem entender as aulas dos professores chineses depois de estudar por um ano."

A visita à Escola Secundária anexa à Universidade do Povo da China, impressionou os visitantes americanos. Brzezinski, diretora do Centro da China da Universidade de Minnesota, disse:

"É uma escola excelente, nunca pensei que a China possuisse escolas como esta."

Depois das visitas às escolas, dezenas de editoras chinesas oferecem uma exposição dos materiais pedagógicos chineses, o que atraiu os membros da delegação americana. A diretora do Departamento de Educação do estado de Minnesota, Alice Seagren, disse:

"Queremos obter seus materiais pedagógicos da língua chinesa e ensinar o idioma com o melhor meio possível, por isso, temos interesse pelo que vocês fazem."

Depois da visita a Beijing, a delegação foi dividida em 15 grupos para continuar a visitar outras províncias chinesas, como Jiangsu, Liaoning e Shaanxi. Embora a visita de uma semana fosse muito pequena, os americanos obtiveram grandes impressões sobre o desenvolvimento da China e o fascínio da cultura chinesa, eles consideram que o chinês será cada vez mais popular no futuro. A funcionária da educação da cidade de Heights, do estado de Ohio, Deborah Smith Delisle, afirmou:

"A China é uma força muito importante no mundo, tanto no setor econômico, como no setor cultural. Nos intercâmbios futuros, as pessoas devem ouvir as opiniões de outros países, especialmente as da China."

E Alice Seagren manifestou acelerar a inauguração das aulas do chinês depois de regressar ao EUA. Ela disse:

"Vamos calcular os investimentos necessários para os projetos do ensino de chinês e pediremos ao governo a verba. Além disso, precisamos de patrocínios comerciais. Esperamos abrir cursos de chinês o mais rápido possível."

Segundo se informou, a visita da delegação só representa uma parte dos intercâmbios da língua e cultura entre a China e os EUA. Segundo o acordo entre o Gabinete Nacional de Ensino de Chinês no Estrangeiro e o Conselho de Universidades dos EUA, as atividades do gênero serão realizadas consecutivamente nos próximos cinco anos. Além disso, a parte chinesa mandará 50 voluntários aos EUA para ajudar no ensino do chinês e oferecerá aos melhores estudantes americanos, bolsas para estudar na China, além de realizar treinamentos para os professores americanos que se dedicarem ao ensino do chinês.