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Ferrovia muda vida no Tibet
2006-07-11 17:42:51    cri
Dia primeiro de julho foi inaugurada a ferrovia Qinghai-Tibet, a estrada de ferro mais alta do mundo, acabando com o problema de que não havia ferrovia para o Tibet. Para os dois milhões de habitantes da Região Autônoma do Tibet, a ferrovia vem possibilitado-lhes não apenas o acesso ao transporte rápido e mercadorias mais baratas, mas também ajuda - o que é muito importante - na transformação do modo de vida e do pensar.

Dorje Wangdrak, pastor da região de Nagqu, norte do Tibet, tem 70 anos e é o chefe de uma família com sete membros. No passado, a família de Dorje costumava ter cerca de 30 iaques (gado tibetano) e mais de 100 carneiros, e dedicava-se ao pastoreio. Estes eram os bens principais e a fonte de receita da família. Em 2002, as obras da ferrovia se estenderam para a sua zona e, todos os dias, os pastores vinham ao canteiro de obra para "ver a animação" e Dorje Wangdrak, esperto, percebeu a oportunidade e começou a fazer negócios.

"Durante a construção da ferrovia, instalei uma tenda ao lado do canteiro de obras e abri lá uma lojinha vendendo cigarro, aguardente, macarrão instantâneo e iguarias. No ano passado, ganhei três mil yuans", disse ele, animado.

Outros membros da família participam da equipe de defesa da ferrovia e receberam as remunerações. No ano passado, assim, a renda da família chegou a mais de 10 mil yuans sem ter aumentado o número dos gados.

Batendo papo com os construtores, Dorje Wangdrak conheceu a situação do mercado dos produtos pecuários da província de Qinghai e teve uma idéia corajosa ao saber que o preço dos produtos no mercado de Qinghai era mais alto do que no distrito de Nagqu.

"Quero fazer alguns pequenos negócios aproveitando a estrada de ferro. Vou vender lá nossos produtos, como, por exemplo, pele de iaque, pele de carneiro e cashmere, e trazer para cá mercadorias de uso diário".

Enquanto Dorje Wangdrak prepara seus negócios, Loyul Sangshi, jovem tibetano que estuda na Faculdade de Jornalismo da Universidade Lhaça, está animado com a inauguração da ferrovia. Ele estava sempre aborrecido com o difícil acesso ao Tibet, o que dificultava muito o intercâmbio entre sua universidade e outras escolas superiores do país. Sendo estudante do jornalismo, Loyul entende a importância do intercâmbio para abrir a visão e melhorar o nível acadêmico, bem como para o seu futuro profissional.

Após o funcionamento da via férrea Qinghai-Tibet, Loyul Sangshi, membro da Associação de Estudantes, entrou em contato com outras universidades a fim de discutir sobre os programas de confraternização e intercâmbio acadêmicos. Segundo ele, muitas universidades têm mostrado interesse.

"Estamos muito animados e contentes. Pela ferrovia, os colegas de outras províncias podem vir ao Tibet para palestras ou programas de intercâmbio, e podemos estreitar os contatos".

As transformações que a ferrovia está provocando não se limitam por aqui. O vice-diretor do Instituto de Economia da Academia de Ciências Socias do Tibet, Wang Daiyuan, considerou que a ferrovia vai mudar o modo de vida de mais tibetanos.

"A inauguração da ferrovia vem rompendo a situação fechada e reservada que se mantinha durante séculos no Tibet e contribui para maiores intercâmbios culturais entre as etnias no Tibet e outras regiões do país, possibilitando a mescla cultural étnica em certo sentido. O fluxo de forasteiros no Tibet, com novas idéias e diferentes conceitos de valor, pode exercer influências no modo de vida dos habitantes no Tibet, inclusive a suas expressões culturais antigas que tinham a religião como núcleo".

Segundo o especialista, a ferrovia vem trazendo ao Tibet um número maior de turistas. Atualmente, quatro trens diários tratão ao Tibet cerca de quatro mil passageiros e, somando-se a isso cerca de cinco mil passageiros por via aérea, os turistas à região duplicaram. Situação esta tem colocado a proteção das relíquias históricas tibetanas na agenda de trabalho de emergência da administração.

Nyima Tsering, lama do templo Jokang, o mais antigo templo de Lhaça, capital da Região Autônoma do Tibet, já começou a trabalhar nessa área. Com 39 anos de idade, ele conhece de cor as sutras, estudou no Seminário Budista de Beijing e é chamado por seus companheiros de "doutor". Está trabalhando com a Administração das Ferrovias para fazer divulgação no trem sobre a proteção dos patrimônios tibetanos.

"Quero antecipar a divulgação sobre a proteção dos patrimônios no trem e acho que assim se obterá melhor resultado. Caso contrário, com o desembarque das pessoas, não será possível apresentar detalhadamente a cultura tibetana. Se elas não entenderem a cultura tibetana, serão capazes de prejudicá-la sem pensar. Situação muito lamentável".

A ferrovia está carregando muitos sonhos e esperanças dos seres humanos. O buda vivo da Bon (religião tibetana) Nyi Zla, disse: "a via férrea Qinghai-Tibet é uma estrada que traz felicidade e desenvolve a economia".

 
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