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Desenvolvimento do turismo com a reforma e abertura
2006-06-26 10:52:49    cri

Viagens existiam no mundo há muito tempo. Na China, sua história data a 2500 anos atrás. Porém, o turismo do modelo atual teve início em 1841 quando surgiu o embrião de turismo no mundo. Naquele ano, um grupo organizado por inglês Thomas Cook fez uma viagem segundo um roteiro prefixado e com preço em pacote em trêm, veículo inventado naquela altura. Trata-se da atividade turística organizada mais cedo no mundo. Daí, começou a se expandir a causa turística.

Porém, logo depois de entrar no século 20, devido às guerras mundiais, o turismo ficou por certo tempo estagnado. Depois da guerra, o turismo voltou a se recuperar, tornando-se uma atividade popular da vida social. Ele passou a se transformar de uma indústria dependente de outras indústrias para uma indústria independente e emergente de maneira combinada.

Depois da década de 50, certos países se desenvolveram muito rápido, com o que seus povos tiveram maior receita e mais ferias. Em 1959, com o surgimento do avião de passageiros a jato, a viagem intercontinental e internacional tornou-se mais fácil. Estes motivos promoveram o desenvolvimento do turismo internacional. Depois de entrar na décade de 90, os conceitos de consumo foram modificados, as condições de economia e de transporte, melhoradas, por isso, em muitos países, o turismo não era mais um consumo de luxo de poucas pessoas, mas sim uma atividade indispensável para a vida humana. O turismo atingiu uma nova envergadura. Segundo os dados publicados pela WTO no início de 1998, o número de turistas de todo o mundo em 1997 atingiu 617 milhões, enquanto a receita líquida atingiu US$435 bilhões.

A causa turística da China percorreu um longo caminho durante decênios.

Mais propriamente, o turismo da China nasceu no grande metrópole de Shanghai em princípios do século 20. Em 1923, formou-se um departamento de turismo num banco comercial de Shanghai. Depois, com a expansão de seus negócios, tal departamento se separou do banco, tornando-se uma empresa independente com a designação da "Agencia de Turismo da China". Em certo período, a agencia desenvolveu-se bem, fornecendo seus serviços para turistas chineses e estrangeiros, inclusive com mais de 20 filiais em grandes cidades de toda a China, além de representações em vários países do Sudeste Asiático. Mas, com o atraso da economia e as guerras sucessivas, o povo vivia dificilmente e faltavam elementos econômicos e sociais ao desenvolvimento do turismo.

Depois de 1949 ano em que se proclamou a nova China, por um lado, aumentou a cada ano o número de chineses residentes no exterior e compatriotas de Hong Kong e Macau dispostos a visitar a China; por outro lado, com a política diplomática de coexistência pacífica, o número de hóspedes estrangeiros que visitavam a China também aumentou a cada dia. Foi exatamente nesta altura que formou-se a China International Travel Service em 1954.

Sendo a primeira agencia de turismo internacional da China, ela passou a firmar contratos com operadoras estatais da ex-União Suviética e de outros países da Europa oriental além de manter contatos com agencias da França e de outros países europeus para atender a turistas por contas próprias. Entre 1956 e 1958, ela recebeu mais de 10 mil turistas estrangeiros por contas próprias. E suas filiais se expandiram de 12 a 35 em todo o país, quase em todas as grandes cidades, formando assim uma rede receptora.

Nos anos 60, a situação econômica e política da China melhorou, ao mesmo tempo a situação internacional também melhorou. Em 1964, o ex-Primeiro Ministro Chou Enlai fez uma bem sucedida visita a 14 países da Ásia, África e da Europa, tendo estabelecido as relações diplomáticas com a França, e mantendo vôos com o Paquistão, com o que o número de turistas ocidentais à China aumentou visívelmente. Em 1965, foram atendidos 12877 turistas, batendo o recorde da história.

Mas naquela época, o turismo era considerado na China uma "diplomacia popular" que visava aumentar, com a visita deles à China, a amizade e compreensão entre o povo chinês e outros povos. Por isso foi instalada em 1965 a Administração Nacional de Turismo da China.

Mas, com a Grande Revolução Cultural iniciada em 1966, a causa turística que acabou de levantar passos ficou parada. Até 1971, com a restauração dos serviços turísticos com a Romênia, Iugoslávia e outros países da Europa Oriental, o turismo da China ressuscitou. No mesmo ano, 30 turistas norte-americanos visitaram a China por conta própria, tendo rompido pela primeira vez a barreira no turismo entre a China e os EU.

De fato, a causa turística da China progrediu em fins da década de 70. Com a aplicação da política de reforma e abertura, a China empenhou-se, por um lado, em prosperar e desenvolver sua economia, e por outro lado, abriu suas portas a todo o mundo, enquanto todo o mundo, especialmente, o mundo ociental que queria conhecer um verdadeiro grande país oriental acudiu à China, trazendo maior vitalidade ao turismo da China.

Com abundantes recantos turísticos, ricos recursos naturais, humanos, culturais e sociais, a China foi e é uma grande atração de todo o mundo. Além disso, o povo chinês é um povo de grande hospitalidade. Com a reforma e a abertura, a já existente superioridade do setor turístico da China vem sendo cada dia mais explorada.

O governo chinês decidiu desenvolver o turismo com devida rapidez, quer dizer, o desenvolvimento turístico um pouco mais adiantado que o da economia nacional, segundo o qual, até fins do século 20, enquanto o nível de tecnologías das principais indústrias chinesas alcançar o nível dos países desenvolvidos semelhante ao dos anos 70 e 80, o nível de administração e de tecnologías do setor turístico da China deveria alcançar o nível internacional da época. A China pretendia entrar na lista dos países desenvolvidos em turismo.

Para isso, o governo formulou uma orientação de "desenvolver o turismo concentrando os esforços estatal e regional, coletivo e individual, com capital chinês e estrangeiro", de modo a estimular a evolução de turismo a todas as formas. E foi decretada a isenção de impostos na fase inicial de suas operações.

Ao mesmo tempo, o governo estipulou que o turismo da China segue o "caminho de turismo tipo chinês que se adapte às condições concretas da China e que possa prosperar o turismo da China".

O sentido do "caminho de turismo tipo chinês" é o seguinte:

1. O turismo na China não é apenas uma indústria econômica, mas uma janela aberta ao exterior e uma ponte de amizade com o resto do mundo. Através do turismo, o mundo conhece melhor a China, ampliando assim os contatos e a amizade entre o povo chinês e os povos de todo o mundo, além de estreitar as relações com os chineses residentes no últramar e compatriotas de Taiwan, Hong Kong e Macau.

2. Explorando os recursos, desenvolver o turismo diversificado. Aproveitando a rica cultura chinesa, a bela paisagem e hábitos e costumes folclóricos, para atender melhor a turistas de diferentes interesses, organiza-se roteiros diversificados de cada a cada região, tais como viagens por Três Gargantas do Rio Yangtze, Rio Amarelo, Canal Antigo, Rota de Seda e turismo com cursos de wushu, acupuntura, massagens e qikung, cozinha chinesa, caligrafia e pintura chinesa, viagens de concursos de empinar papagaios de papel, bem como viagens pelo Tibete e pela pradaria da Mongolia Interior.

3. Destacando as características tradicionais nos serviços hoteleiros. Por exemplo, construir hoteis tipo quadrangular, estilo arquitetônico do norte da China e hoteis ajardinados, típicos do sul da China, hoteis-tendas, da Mongolia Interior, hoteis de bambú, típico dos dais, hoteis em covas, do noroeste etc.. Ao mesmo tempo, desenvolver a produção dos artesanatos tais como produtos de seda, bordados, porcelana e cerâmica, escultura, pintura e cloisonne.

4. Serviços civilizados do país socialista. Praticar atividades civilizadas que beneficiem a saúde física e espiritual e proibir jogos e prostituição; incluir espetáculos artísticos e esportivos, tais como cantos e danças, óperas, teatros, cinemas, acrobacias e wushu, fornecer o bom serviço aos turistas com a grande hospitalidade tradicional do povo chinês.

Com o apoio e orientação do governo, o turismo da China passou a se desenvolver rapidamente.

Em meados da décade de 80, os recursos de diversos aspectos foram explorados em diferentes dimensões. O Estado investiu na construção do Museu de Terracota de Figurinos de Soldados do Imperador Qin, em Xian; da obra hidreletrica do Rio Li, de Guilin; na renovação dos cursos do Rio Qin Huai, de Nanjing; na ampliação do Templo Hanshan, em Suzhou; na recuperação da rua antiga Xijindu, em Zhenjiang; na drenagem do Canal Antigo de Wuxi; em instalações no Lago Tai; na construção dos museus de seda, chá e remédios da medicina tradicional chinesa em Hangzhou; na construção do campo de repouso de Yalongwang, na província de Henan; na recuperação do trecho Mutianyu da Grande Muralha, de Beijing e do trecho Jinshanling, da província de Hebei e na reforma do Jardim Yuyuan, de Shanghai.

Com investimentos estatal e regional, foram concluídos os projetos: os Passos Shanhaiguan e Jiayuguan, respectivamente nas duas extremidades da Grande Muralha; os pontos turísticos nas Três Gargantas do Rio Yangtze e na Rota de Seda; o salão de prática de Kungfu do Templo Shaolin; rua antiga da Dinastia Song, em Kaifeng; cidade lendária Penglai; mausoleu de Gengis Khan; Jiuzhaigou(vale de nove aldeias); Zhangjiajie, região de reserva natural, em Hunan e a queda de água Huangguoshu, em Guizhou.

Ao mesmo tempo, foram construídos outros recantos turísticos com o capital local em todo o país.

Nos anos 90, foram construídos em muitas cidades pontos turísticos artificiais, tais como os jardins "China Maravilhosa", "Vilas Culturais da China", com construções típicas de várias nacionalidades chinesas e com representações dessas minorias e o parque "Janela do Mundo" com reproduções de famosas obras e pontos turísticos do mundo em Shenzhen. Até fins de 1997, o número dessas obras ultrapassou a casa de cem em todo o país.

No início dos anos 80, funcionavam apenas três agencias de turismo na China: Agencia de Turismo Internacional, Agencia de Turismo Nacional e Agencia de Turismo Juvenil. Com o aumento de turistas estrangeiros, agencias de turismo vêm aparecendo uma após outra, totalizando 4252 em todo o país em 1997, das quais, as maiores agencias operadoras contam com dezenas ou até centenas de filiais em outras grandes cidades, tendo formado uma rede ampla e dimensional de serviços turísticos em toda a China.

Além de agencias com roteiros gerais, fundaram-se também não poucas operadoras com programas específicos. A Companhia de Turismo Desportivo da China tem organizado viagens de alpinismo, concursos de motociclismo e ralí de carros. Funcionam também agencias operadoras de sindicatos, de confederação de mulheres, de educação, de jardinagem e de belas artes.

As agencias operadoras internacionais contam com guias e interpretes de várias línguas estrangeiras. Além de inglês, japonês, francês, russo, espanhol, idiomas mais populares, elas fornecem também serviços de coreano, malaio, tailandês, árabe, persa, rumeno, português e sueco.

Estão computadorizados os serviços de quase todas as agencias ao fazer reserva e contas, todos os negócios a este respeito também estão com homepages na internet.

A estrutura hoteleira da China era muito fraca. Antes de 1949, funcionavam apenas 19 hoteis com 3452 quartos a nível de receber turistas estrangeiros. Com o aumento de intercâmbios entre a China e o exterior, além da vinda de delegações governamentais, muitos comerciantes, empresários, professores e especialistas vieram à China por conta própria. Para atender a tal tendência, foram construídos hoteis em todas as províncias e regiões especialmente para receber hospedes estrangeiros. Até 1978, totalizavam 137 hoteis com 15500 quartos em todo o país.

Depois de 1979, com o virogoso desenvolvimento de turismo na China, os serviços hoteleiros não atendiam à necessidade. Por isso, surgiu uma onda de coletar recursos financeiros para construir mais hoteis. A percentagem do crescimento numérico de hoteis aumentou a dois dígitos a cada ano, além de adotar o sistema de avaliação de normas de classificação de estrelas. Até fins de 1996, totalizavam 4418 hoteis com 594000 quartos, dos quais, 46 hoteis são de 5 estrelas, 128, de quatro estrelas, 743, de três estrelas e 1148, de duas estrelas, 284 de um estrela. Na maioria de cidades chinesas, o serviço hoteleiro está acompanhando o progresso.

Depois da reforma e da abertura, o Hotel Jianguo de Beijing foi o primeiro hotel construído e operado como joint venture. A partir daí, foram construídos hoteis desse tipo em Shanghai, Tianjin e outras capitais. Até fins de 1996, em todo o país, foram construídos 694 hoteis com capital estrangeiro ou capital misto, cifra esta representando 15,7% do total na China. Com o aumento de vinda de turistas, investidores estrangeiros perceberam boas perspectivas do mercado, muitos dos quais foram bem retribuídos com os serviços de seus hoteis.

Além de introdução de capital, foram introduzidas também experiências tanto de administração como de serviços. Grandes cadeias de serviços hoteleiros tais como Hilton, Sheraton e Holiday Inn entraram uma após outra no mercado chinês. Com a adoção do sistema de avaliação de normas estrelas, os hoteis funcionam no mesmo nível internacional tanto em equipamentos e em seus serviços. Especialmente, os hoteis superiores a 3 estrelas alcançaram o nível internacional, não poucos hoteis de 5 estrelas estão classificados no primeiro escalão de hoteis do mundo tais como Palace, China World, Great Wall, Chang Fu Gong Otani e Grand de Beijing, New Jingjiang, Portman, Garden, Huating e Jingan Hilton em Shanghai, White Swan, Dongfang, Great China e Garden em Guangzhou e Jingling em Nanjing.

Os hoteis White Swan, Dong Fang de Guangzhou e Jinling de Nanjing são administrados por chineses. Absorvendo experiências estrangeiras, eles tem instalado um modelo novo que combina as experiências ocidentais e as condições concretas da China, de modo a oferecer um serviço tanto moderno como tradicional aos hóspedes. Já em 1985, o Hotel White Swan foi aceito como hotel membro da organização "Hoteis de Primeira Classe do Mundo"; em 1986, o Hotel Dong Fang ganhou o Grande Prémio de "Hoteis de Primeira Classe do Mundo" organizado por uma revista espanhola. Depois disso, muitos outros hoteis têm conseguido prémios em concursos internacionais.

A concorrência do mercado de turismo internacional consiste na concorrência de recursos humanos do setor.

Antes do fim da dácade de 70, na China não existia faculdades e cursos para a especialidade de turismo. Por isso, com o desenvolvimento de turismo, foram transferidos muitos funcionários de outros departamentos para o setor turístico.

Nos anos 80, com o investimento estatal e regional, foram estabelecidos faculdades e cursos tanto em escolas superiores como em colégios. Através de 20 anos de esforços, funcionam agora em toda a China 854 escolas para tal fim, das quais, 166 são de ensino superior, e 42, escolas técnicas profissionais, com um total de 204000 alunos. Em meados da década de 80, a China começou a ter cursos de mestrados da área de turismo.

Além de convidar especialistas e professores estrangeiros para lecionar, escolas de turismo mandam seus professores para cursos estagiários no exterior. Com esses intercâmbios, foram compilados textos de diversos materiais para todo o país.

Além de admitir alunos de escolas secundárias, funcionários de departamentos governamentais de turismo foram aperfeiçoados também.

Em 1983, a China ingressou oficialmente na WTO.

Desde 1978, o governo chinês assinou respectivamente contratos de cooperação do terreno turístico com 23 países, tais como Romênia, México, Malta, Egito, Singapura, Cípres, Hungria, Grécia, Paquistão, Filipinas, Turquia, Quirguistão, Cuba, Moldavia, Tadjiquistão, Geórgia, Tailândia, Rússia, Azerbaidjão, Albânia, Israel, Espanha e Mongólia. Foram assinados ainda memorandos de cooperação turística com os departamentos governamentais dos Estados Unidos, Suécia, Finlândia, Austrália e Indonésia.

Até fins de 1996, foram instaladas representações da Administração Nacional de Serviços Turísticos da China em Nova Iorque, Los Angeles, Londres, Paris, Frankfurt, Madrid, Sydney, Tóquio, Osaka e Singapura e companhias em Hong Kong. Em 1997, foram instaladas mais representações em Toronto e Katmandu. Ao mesmo tempo, 52 grandes agencias de turismo do Japão, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Alemanha, Suécia, Noruega, Tailândia, Coreia do Sul, Singapura, Austrália, Indonésia e Filipinas, bem como Hong Kong instalaram 70 filiais respectivamente em Beijing, Shanghai, Guangzhou e Xiamen. Algumas grandes agencias de turismo da China também mantêm suas filiais no exterior.

Foi com a reforma e a abertura que formou a atual rede de turismo na China. Em 1997, a receita total de turismo atingiu 311,22 bilhões de yuans em Renminbi (equivalente a US$37,5 bilhões), com um aumento de 25,14% em comparação com o ano anterior; o número de turistas(incluído de Hong Kong e Macau), aumentou de 5,7 milhões em 1980 a 57,59 milhões em 1997(incluindo os que não passaram noite, e os que passaram pelo menos uma noite totalizaram 23,77milhões); a receita de divisas aumentou de US$617 milhões em 1980 a US$12,07 bilhões.

Hoje, a China é o oitavo país grande da área de turismo do mundo e sexto no número de turistas.

 
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