Para a China, foco do cenário mundial, quais obras culturais e serviços públicos podem contribuir para que a cultura chinesa mostre seu encanto e repercuta no mundo?
Obras
No ano passado, quais produtos culturais puderam ser recomendados?
Li Yan (gerente geral da Zhonghua Book Company): Não foram publicadas muitas obras literárias de alta qualidade no ano passado, especialmente aquelas (sensacionais) que sensibilizam os leitores. Os escritores chineses devem acumular mais conhecimento e experiências e ter calma, e não uma postura leviana, assim, criarão boas obras.
Zhang Xihua (professor aposentado): Não há obras que mereçam ser lembradas. Acho que hoje em dia, raramente se encontra obras sensacionais na China. No passado, comprava a coleção anual de romances curtos premiados, já por mais de dez anos. No entanto, parei de comprar nestes anos, pois as obras publicadas me interessam cada vez menos. Espero que haja mais obras que reflitam a realidade e estimulem a população a pensar.
Xiang Jing (escultor): O mercado cultural da China é muito ativo, porém, há poucas obras que tocam o coração das pessoas. Essa prosperidade, talvez seja promovida pelo dinheiro ou pelo mercado, mas de fato, o nível essencial da cultura não foi elevado.
Serviços
Quais serviços culturais públicos devem ser melhorados?
Zhang Xihua: Existe uma disparidade de serviços culturais públicos entre os meios urbano e rural. Vim do campo. Na minha terra, a vida cultural se limita principalmente à TV. Nas temporadas de pouco trabalho agrícola, algumas pessoas não têm o que fazer e se dedicam aos jogos de azar. Espero que o governo dê orientações sobre a vida cultural à população rural e aperfeiçoe os serviços culturais públicos no campo.
Xiang Jing: Sempre considero que o governo deve investir em áreas que merecem, por exemplo, nos serviços culturais públicos, incluindo ainda museus, bibliotecas e galerias de arte. Além de buscar um aumento quantitativo, deve investir mais para que essas instituições tornem-se mais qualificadas, porque um bom museu não só representa um acesso ao conhecimento para os visitantes comuns, como também deve possibilitar aos pesquisadores uma visão profissional mais ampla.
Zhao Wancheng (funcionário de Changsha): Gosto de ir à biblioteca ou centro cultural. Antigamente, não tinha nada para fazer depois do experiente. Com a abertura de biblioteca, centro cultural e museus, tenho para onde ir. Para mim, seria melhor abrir algumas salas de leitura, onde podemos ler livros ou jornais.
Opiniões
Como promover a estratégia "going out" da cultura chinesa?
Xiang Jing: A prioridade é a criação de obras de alta qualidade, ao mesmo tempo, ficar atento às questões mundiais. Em relação ao conteúdo da promoção no cenário estrangeiro, além da rica herança ancestral, devemos prestar mais atenção às mudanças ocorridas atualmente na China. Tenho que dizer, os acontecimentos atuais da China também são incríveis, são um estoque inesgotável de material, porém, ainda não achamos a forma correta de pensamento e expressão.
Ma Chencheng (vice-gerente-geral da empresa United Asia Live Entertainment): O contrário do "going out", é o "bringing in". Para as indústrias não maduras e não profissionalizadas, é melhor adotar primeiro a estratégia de "bringing in", assim, podemos aprender experiências avançadas e obter oportunidades de lidar diretamente com mercados e espectadores internacionais, e será mais fácil fazer com que o mundo aceite as nossas obras. Apenas a linguagem artística que compreende o mundo pode expressar mais claramente a conotação da cultura oriental.