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Literatura portuguesa na China
  2011-09-07 16:11:21  cri

No século passado, surgiram na China duas ondas de apresentação da literatura estrangeira. A primeira aconteceu por volta do ano de 1919, ocasião em que intelectuais, incluindo literatos e tradutores chineses, introduziram muitas excelentes obras literárias e peças teatrais estrangeiras ao país, o que contribuiu bastante para a formação da nova cultura, um movimento cultural nos anos 20 e 30 do mesmo século. A segunda onda apareceu depois de 1978, quando da reforma e abertura do país, e contribuiu muito para a prosperidade do setor da literatura do país. Na primeira onda, as principais obras introduzidas ou traduzidas foram da Rússia, Itália, Grã-Bretanha e França, em que não se viu nenhum vestígio da literatura portuguesa. Só no final da segunda onda, muitas obras da literatura de língua portuguesa, especialmente de Portugal, foram traduzidas para o chinês.

A história da apresentação e tradução de obras literárias portuguesas na China não é longa. Em 1955, foi publicado em chinês o primeiro romance português. Trata-se do Esteiros, de Joaquim Soeiro Pereira Gomes. Nos anos 60, várias novelas de Eça de Queiróz e Fernando Namora foram publicados em revistas chinesas. Mas, no momento, foram todos traduzidos de outras línguas estrangeiras para o chinês, ao invés de serem traduzidos diretamente de português.

A partir dos anos 80 do século passado, graças ao desenvolvimento do contingente de tradutores chineses, as obras literárias de Portugal começaram a ser traduzidas e publicadas diretamente do português para o chinês. A partir desse período, quase todos os anos, havia novas obras portuguesas publicadas na China. Em 1981, a novela de José Rodrigues Miguel, no mesmo ano, a editora popular da província de Gansu publicou Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco. Também em 1981, o Instituto da Literatura Estrangeira da China e a Fundação Gulbekian de Portugal co-publciaram a Coletânea de Luis de Camões em bilingue.

Em 1984, a versão chinesa do romance de Eça de Queiroz, O Crime do Padre Amaro foi feita de inglês e publicada em Shanghai. No ano seguinte, uma nova versão foi publicada, mas esta foi traduzida diretamente de português. Em 1986 e 1987, foram publicadas duas obras literárias de Portugal, nomeadamente as Pupilas do Senhor Reitor, de Júlio Dinis, e Emigrantes, de Ferreira de Castro. Em 1988, foram publicadas a Coletânea de Poesias de Fernando Pessoa e os Maias, de Eça de Queiróz. Em 1989, sete contos do famoso escritor português Miguel Torga publicaram-se na revista de muita influência neste país Literatura Mundial.

Com um intervalo de silêncio em 1990, a apresentação e tradução das obras literárias portuguesas entraram em uma nova onda em 1991 e 1992, com a publicação da série Obras Literárias Portuguesas, organizada pelo Instituto da Literatura Estrangeira da Acadêmia de Ciências Sociais da China. A série abrange a Cidade e as Serras, de Eça, as Lusíadas, de Luis de Camões, os Bichos e novos contos da montanha, de Miguel Torga e uma coleção de poesias modernas de Portugal que reúne 161 poemas feitas por 31 escritores portugueses.

Desde 1994, a Editora Montanha das Flores da província do Hebei e o Instituto Cultural de Macau publicaram ou republicaram em cooperação a série Bibliotera Básica de Autores Portugueses. Graças aos esforços de ambas as partes, leitores chineses conhecem O Primo Basílio, de Eça; a Queda de um Anjo, de Camilo Castelo Branco; os Contos Exemplares, de Sophia Andresen; o Outro Nome da Terra, de Eugénio de Andrade; o Memorial do Convento, de José Saramago; a Relíquia, de Eça; um Homem não chora, de Luís de Sttau Monteiro; a Clespidra, de Camilo Pessanha; uma Família Inglesa, de Júlio Dinis; o Mal e o Bem e Outras Novelas, de Domingos Monteiro; o Barrango de Cegos, de Álves Redol; a Capital, de Eça; o Fogo e as Cinzas, de Manuel da Fonseca; o Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago; a Angústia para o Jantar, de Luís de Sttau Monteiro, etc. etc.

Pensando no seu início tardio e na formação dos tradutores apenas começada nos anos 60, a tradução da literatura portuguesa em nosso país obteve êxitos relativamente grandes. Segundo cálculos incompletares, cerca de 60 obras literárias, incluindo romances, novelas e contos de mais de 30 escritores e poemas de mais de 40 poetas. Quanto à criação de poemas, as obras abrangem Gil Vicente, Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro e Luís de Camões, poetas dos séculos 15 e 16, Manuel Bocage, do século 18, Antero de Quental, do século 19, e Fernando Pessoa, Sá de Carneiro, Eugénio Andrade, David Ferreira, Florbela Espanca,, Sophia Andersen, ..., apresentando quase todos os períodos e escolas de poesia de Portugal e as obras primas.

Em contraste à tradução e apresentação de poesias num amplo leque, a tradução de ensaios voltam-se principalmente às obras e aos escritores desde o final do século 19, incluindo mestres de diversas escolas, por exemplo, Júlio Dinis, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiróz, Ferreira de Castro, José Cardoso Pires, Fernando Namora, Miguel Torga, José Saramago, etc. Etc..

Ao mesmo da apresentação da literatura portuguesa, pesquisadores chineses começaram os estudos sobre a história da literatura portuguesa. Em 1983, foi publicada a versão chinesa da Literatura Portuguesa escrita por António José Saraiva.

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