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Guo Dong, colecionador de objetos de arte africana
2009-03-02 14:54:06    cri

Uma exposição da arte africana denominada Arte Primitiva e Vida Moderna está sendo realizada no Centro de Arte Ponte em Beijing. A grande maioria dos 500 objetos em exibição, desde instrumentos musicais e utensílios usados por famílias reais e pelo povo comum, bem como objetos da arte religiosa, são fornecidos por Guo Dong.

Guo Gong viveu 18 anos em Uganda e se dedica ao intercâmbio cultural entre a China e a África, além de colecionar muitos objetos de arte do continente.

"Esta exibição é uma boa oportunidade para que mais chineses conheçam melhor a África, pois os visitantes podem apreciar pessoalmente os objetos da arte africana e terão a sensação na própria pele."

Guo, 45 anos, nasceu em Beijing. Ele adorava a arte desde criança e aprendeu a pintar imitando famosos pintores tradicionais. Algumas de suas obras estão no acervo de instituições de arte no exterior.

A afinidade de Guo com a arte africana começou nos anos 80. Na época, muitos estrangeiros vinham estudar, trabalhar ou viver em Beijing, graças à política da Reforma e Abertura, e Guo fazia amizade com muitos estudantes estrangeiros, incluindo estudantes de Uganda. Guo recorda:

"Os estudantes africanos me impressionaram profundamente. Eles falavam da beleza do seu país. Mas, naquele tempo, eu achava que a África era atrasada e pobre. Quando eles me falavam de lá, não podia imaginar como era. Depois, quando visitei a um estudante, vi fotos de seu país e mudei de ideia. Pensei em ir à África quando tivesse oportunidade."

Na onda de viajar ao exterior surgida nos anos 90, Guo deixou seu posto como redator numa editora, e escolheu a África como destino, porque o continente produzia nele uma impressão especial.

"Os africanos se dão muito bem com chineses e esse ambiente ajudou-me a tomar a decisão de ficar. Meus vizinhos são hospitaleiros e estão sempre dispostos a ajudar. Até os filhos de meus vizinhos tornaram-se meus professores de inglês. Não sentia nenhum obstáculo no contato com os africanos."

Em Uganda, Guo Dong abriu um restaurante chinês que se tornou famoso pouco a pouco e atraiu italianos, franceses e britânicos residentes locais. Estes clientes descobriram que o dono do restaurante fazia pinturas, conversavam com ele sobre arte e a literatura e convidavam-no a visitar suas casas. Em casas de amigos, Guo Dong apreciou muitos objetos da arte africana. Pouco a pouco, Guo ficou fascinado pela arte antiga, cheia de singularidade e mistério, começou a comprar alguns objetos pequenos, passou a colecionar os objetos com características típicas e nunca mais abandonou o hobby.

Com o desenvolvimento dos negócios, desde o comércio de algodão até a exploração de minérios, Guo Dong viajou por muitos países como o Congo (Kinshasa), Sudão e Tanzânia e fez amizade com tribos e artistas locais. O respeito aos seres vivos e a criação artística inspirada pela Natureza emocionaram Guo.

"Os africanos são alegres. Mesmo numa pequena colher, eles fazem desenhos. Quando me aproximo deles e vejo a beleza de suas produções, sinto-me contaminado."

Em 18 anos, Guo Dong colecionou mais de 500 objetos de escultura em pedra e em madeira, pinturas, produtos têxteis, metálicos, em porcelana, máscaras, produtos feitos com casca de tartaruga, etc.

Durante as Olimpíadas de Beijing realizadas em agosto de 2008, Guo Dong e o Centro de Arte Ponte promoveram uma mostra da escultura primitiva da África e começaram a planejar a exposição Arte Primitiva e Vida Moderna.

As exposições tiveram grande repercussão e atraíram muitos visitantes incluindo 120 alunos de uma escola primária da cidade, que vieram fazer decalques. Depois, as obras dos alunos também foram inseridas na exposição.

"Exibimos aqui os decalques feitos por esses 120 alunos. Pode-se ver que eles copiaram os desenhos de máscaras e todos estes são rostos sorridentes. Seus pais, diretores da escola e nós, organizadores da exibição, ficamos emocionados com as pinturas das crianças. Acho que estas exposições podem trazer algumas influências a toda sua vida. A expressão da arte africana nos inspira muito para a nossa própria criação."

Guo Dong é atualmente proprietário de um café-bar em Beijing. O espaço de uns 240 metros quadrados está decorado com objetos de arte da China e da África. Está planejando abrir um café-museu para a exibição de sua coleção. Ambicioso, ele ainda quer criar um museu de arte africana em Beijing.

"Africanos acham que a China tem grande influência sobre eles e desejam que cada vez mais chineses os conheçam. Com um museu da África aqui, os visitantes chineses podem sentir estar perto da África, o que favorece o entendimento de chineses sobre aquele continente e o intercâmbio entre ambas as partes."

Recentemente, Guo Dong e 48 embaixadas africanas em Beijing promoveram o Festival da Culinária Africana, apresentando a cultura gastronômica do continente.

O povo africano também precisa conhecer a cultura chinesa, diz Guo, que está trabalhando com a Associação de Artistas da China num projeto para levar a arte chinesa à África.

 
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