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SambAsia Beijing - Muito mais do que um grupo de tambor
2009-02-17 11:28:44    cri

Um grupo de vinte jovens ou mais, açoitando tambores em ritmo inquieto de samba, em dois círculos na relva do parque Haidian, em Beijing, rodeado por dezenas de espectadores mexendo seus corpos com a cadência. Esta é uma cena comum, mas contagiante, como sempre, dos SambAsia Beijing.

Os espectadores não puderam se controlar de abalar os escombros e vibrar os corpos com os sons compassados e animados dos tambores da banda. A Alegria é a coisa que sempre ecoa com a apresentação dos SambAsia Beijing.

Os SambAsia Beijing são uma comunidade que dá espetáculos de percussão tradicional brasileira e promove a cultura do Brasil na China. Com cerca de 50 pessoas entre 10 e 45 anos de idade, o grupo reúne desde estudantes a engenheiros, empregados de escritório e designers.

"Os SambAsia Beijing são mais do que um grupo, somos uma comunidade que pretende encontrar e partilhar uma vertente humana atenta ao mundo e às pessoas", conta Leon Lee, responsável pela comunicação do grupo.

"80 por cento dos membros do grupo são chineses e os restantes são de outras nacionalidades, como irlandeses, japoneses, australianos, americanos, escoceses. Qualquer pessoa pode juntar-se a nós e aprender a cantar e a tocar", explica ele.

Em palco, a música e o desempenho dos SambAsia Beijing refletem este espírito coletivo e humanitário, num resultado contagiante. Pessoas de várias nacionalidades, mas todas com as cores dos SambAsia Beijing ao peito (um círculo amarelo e vermelho, a representar Brasil e Ásia), gente de várias idades, todas abraçam a mesma cadência da música, na voz e no corpo.

Mesmo a cultura mais rígida e reservada dos chineses, pouco dada a manifestações públicas de alegria e de contacto humano, parece render-se ao ritmo brasileiro. "É verdade, os chineses não riem tanto, nem têm uma forma descontraída de se relacionar socialmente, como os brasileiros, mas o ensino da música e da dança vai contribuindo para aproximar as duas culturas", conta Lee.

A música dos SambAsia Beijing cativa ao deslizar com facilidade pelas barreiras da língua, porque vive da percussão e do ritmo e ao mostrar uma dança que envolve as pessoas num ambiente de alegria e partilha cultural.

Num inglês fluente, que quase não condiz com a sua imagem e estilo chineses, Leon conta: "Resolvemos criar os SambAsia porque não existe em Beijing um grupo que reúna as pessoas, sobretudo os jovens, em torno de uma atividade. As pessoas só estão preocupadas em ganhar dinheiro. Acabam o dia de trabalho e de estudo e vão para casa, não fazem amigos nem se divertem", acrescenta.

Os SambAsia Beijing querem ser "um pólo de atividade social e fonte de orgulho comunitário, de sentido positivo e de esperança numa sociedade econômica e socialmente dura", de acordo com as intenções divulgadas pelo grupo.

"Os SambAsia Beijing são uma experiência única e uma oportunidade na China", assegura Lee, produtor e um dos fundadores do grupo que viveu e estudou em São Francisco, nos Estados Unidos, onde nasceu a formação original dos SambAsia Beijing.

O músico Jimmy Biala, diretor artístico do grupo, com formação em música cubana e brasileira, criou o coletivo SambAsia a partir da idéia de construir pontes culturais entre as diferentes comunidades da área da baía de São Francisco. Lee reuniu-se com Biala e juntos resolveram combinar a percussão brasileira com a música e as tradições asiáticas. Os SambAsia Beijing nasceram em maio de 2006.

A música e a dança baseadas no modelo das escolas de samba brasileiras do Rio de Janeiro e dos grupos de Afoxé de Salvador da Baía são a base para um conjunto de programas educacionais e workshops acerca da música, dança, percussão e cultura brasileiras que os SambAsia Beijing promovem.

Além do ensino artístico musical como forma de auto-expressão, os SambAsia Beijing preparam algumas pessoas para levarem a música e o espírito do grupo às comunidades desfavorecidas de jovens e crianças, além de atuar com freqüência para fins de benefício.

"Os SambAsia Beijing querem oferecer a qualquer pessoa a oportunidade de aprender música e de se sentir parte integrante e indispensável de um grupo com tradições", explica Lee.

Apesar da facilidade com que a música brasileira entra no mercado português, "até agora nunca houve um contacto com Portugal, mas não descartamos essa hipótese. Se surgir um convite, ficaremos muito contentes", diz.

O grupo não editou nenhum CD e esse é um objetivo que não faz parte dos seus planos. Para ouvir este samba asiático, só mesmo marcando presença num concerto.

O coletivo já atuou na China em eventos como o Jazz Festival, o Dashanzi International Art Festival, o Midi Music Festival e o espetáculo com o músico Cui Jian aconteceu diante de 8 mil pessoas no Worker's Stadium em Beijing.

(Extraído do artigo "China: Grupo SambAsia põe chineses a tocar tambor e dançar samba", da Lusa.)

 
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