Após a apresentação na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Beijing 2008, Li Biao levou seu grupo de percussão para uma turnê por Hong Kong, Shenzhen, Shanghai e Beijing. Na noite de encerramento da temporada, dia 29 de novembro, as notas magníficas convidaram o público a entrar no universo artístico da percussão.

A percussão é o mais verdadeiro e elementar dos estilos musicais, mas é capaz de produzir uma diversidade de notas. Muito além de uma simples batida, o ritmo e o tom são mais ricos do que os produzidos por outros instrumentos musicais.

O instrumento de percussão não é um concerto de multimídia, mas sim um concerto com vários níveis. Ele representa não só ritmo, mas também melodia e som belíssimos produzidos pela batida.

Para o instrumento de percussão, os intercâmbios com o público são o mais importante. Em shows, Li Biao e seu grupo exibem as particularidades desse tipo de instrumento.

"O corpo humano pode produzir som. Por exemplo, as batidas dos braços e pés podem emitir os diferentes sons. As brincadeiras podem fazer com que os espectadores sintam que a música não está fora de você" diz Li Biao.

Feito com placas de pedras, o Qing é o mais antigo dos instrumentos chineses de percussão.

Na sociedade matriarcal, as pessoas viviam da caça e da pesca. Nas horas de folga, eles batiam pedras e dançavam imitando diversos animais. Com a evolução, as pedras se converteram, pouco a pouco, nos elaborados Qing.

Da mesma forma que o carrilhão de sinos que surgiu depois deste instrumento, os antigos usavam o Qing na interpretação de músicas durante atividades recreativas, rituais e combates entre pessoas da elite. Porém, em comparação com o sino, o Qing possui um timbre mais claro e curto.