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A misteriosa Lianyungang
2008-09-10 09:34:47    cri

Em julho de 2002, um grupo de arqueólogos que escavava una tumba da dinastia Han, com mais de 2.000 anos de história, situada em Lianyungang, cidade costeira da província oriental de Jiangsu, descobriu inesperadamente a múmia de uma mulher chamada Xinzhui, exumada em Mawangdui (Changsha). Mas o mais surpreendente é que esta múmia estava completamente molhada, por isso, os arqueólogos consideram um "milagre" seu perfeito estado de conservação. Os mesmos especialistas que recompuseram o rosto da múmia de Mawangdui restauraram com igual êxito a desenterrada em Lianyugang.

Após 2.000 anos, Lin Huiping transformou sua terra natal em um famoso destino turístico que desperta grande interesse tanto dentro quanto fora da China. Por outro lado, a descoberta de sua múmia despertou um acalorado debate entre os arqueólogos e o setor turístico.

Situada no extremo leste da segunda ferrovia transcontinental euro-asiática, Lianyugang não apenas conta com uma antiga beleza, mas também com numerosas relíquias históricas. Logo na chegada, fica evidente que esta linda cidade litorânea vive impulsionada por um vigoroso espírito cultural.

Um "livro oriental caído do céu"

Há cerca de 7 mil anos, a região que hoje é Lianyugang estava povoado pelos dongyishaohao , uma tribo cujo totem era um pássaro. Foram justamente membros desta tribo que esculpiram nas rochas da montanha de Jinping os desenhos mais antigos descobertos até hoje na China.

Entalhados em uma rocha negra e brilhante de 22 metros de comprimento por 15 metros de largura, estes desenhos formam três grupos. Em um deles, de 6,23 metros de comprimento, estão gravados de cima a baixo o Sol, a Lua e várias estrelas, formando uma luminosa galáxia. Três linhas curtas os dividem em quatro partes que representam as mudanças e o significado da nebulosa. Os centros dos três sóis, dois deles com 24 raios e um com 13, são os vértices de um triângulo eqüilátero. Esta disposição tinha por objetivos determinar a data dos solstícios de inverno e verão. Nesse mesmo grupo, vê-se um friso que aponta diretamente para o altar central de sacrifícios e, segundo as pesquisas, coincide exatamente com um meridiano. Na opinião de muitos especialistas, estes desenhos constituem o primeiro mapa astronômico realizado em nosso país. Os decalques destes desenhos estão expostos no Observatório de Beijing e seus modelos foram mostrados na Exposição Internacional de Arqueologia da Bélgica.

A apenas quatro quilômetros do centro urbano de Lianyungang encontram-se as estátuas budistas gravadas nas rochas do monte Kongwang. Junto com os desenhos da montanha de Jinping, elas são os tesouros mais valiosos da antiga civilização da região. No monte Kongwang, muito conhecido por Confúcio, ergue-se o convento de Longdong, construído há 2.500. As estátuas budistas, catalogadas como relíquias culturais nacionais, estão 200 metros a oeste do convento.

Em uma parede rochosa de 17 metros de comprimento e 8 de altura, estão entalhadas mais de 100 estátuas. A maior delas mede 1,54 metro de altura e a menor apenas 10 centímetros. Trata-se das estátuas budistas entalhadas em rocha mais antigas da China, visto que antecedem em 200 anos as das covas de Dunhuang, o que é uma forte evidência de que o budismo entrou em nosso país pela costa leste.

São muitos os personagens célebres que deixaram suas pegadas por este lugar. Cumprindo uma ordem do imperador Qin Shihuang, daqui zarpou Xufu rumo ao Japão em busca do elixir da imortalidade, liderando uma expedição formada por três mil homens e mulheres virgens. Kongzi, fundador do Confucionismo, subiu ao alto da montanha Kongwang. Em seu topo, os escultores contemporâneos gravaram esculturas deste grande mestre e de seus discípulos.

Uma montanha misteriosa

Lianyungang também é conhecida pela Peregrinação ao Oeste, uma das quatro novelas clássicas da China, obra de Wu Chengen. O Rei Macaco, seu protagonista, é um personagem muito famoso no país. Sua capacidade sobrenatural lhe permite dar uma cambalhota de 108.00 li (2 li equivalem a um quilômetro) segurando seu cetro de 13.500 jkin (2 jin equivalem a um quilograma). Rebelde dos pés à cabeça, o Rei Macaco está a ponto de destronar o Imperador de Jade. Ele também é quem domina os espíritos malignos e os demônios, tornando-se um fiel protetor do monge Tang, que peregrina ao oeste em busca dos textos sagrados. Depois de passar por 81 adversidades, o Rei Macaco consegue finalmente alcançar a iluminação. A terra natal deste personagem fica na montanha de Huaguo (das flores e frutas), que fica a apenas 7 quilômetros da cidade de Lianyungang.

Há mais de 4 mil anos, ao redor da Cordilheira de Yuntai, da qual faz parte a montanha de Huaguo, ficava um vasto oceano. Wu Chengen chegou a Lianyungang de barco e subiu várias vezes a montanha de Huaguo. Suas árvores misteriosas, rochas incomuns, templos antigos e cavernas despertaram sua imaginação, e ele escreveu, então, Peregrinação ao Oeste. Visitar esta montanha é como ler mais uma vez a novela.

No cume de Yunü (Menina de Jade), a montanha mais alta da província de Jiangsu, ergue-se uma enorme rocha de 5 metros de altura e 7 de largura, com uma grande fenda, em cujo interior há uma pedra de forma elíptica que parece estar suspensa no ar.

Na montanha de Huaguo há 72 cavernas, entre as quais destaca-se a de Shuilian (Cortina D'água), que tem este nome graças ao fato de sua entrada estar oculta por trás de uma catarata. Em seu interior, há um manancial que flui por todo o ano, conhecido como "Manancial da Inteligência". Diz-se que este manancial conduz diretamente ao Palácio Cristalino do Rei Dragão do Mar Oriental. Também se chama "olho do mar", porque ali foi onde passou o Rei Macaco para fazer a misteriosa agulha do mar.

Em Huaguo há, ainda, várias rochas cujas formas chamativas recordam personagens da novela de Wu Chengen. Por exemplo, a plataforma do Palácio de Linggong há uma rocha que parece um monge budista, com seu capuz e seu colar. A figura evoca o monge Tang. Outras rochas nos lembram outros personagens de destaque, como o porco Bajie e o monge Sha. Antes de ir à montanha de Huaguo é recomendável ler Peregrinação ao Oeste, obra já traduzida para diversas línguas.

Na montanha há outros pontos interessantes, como o Palácio Sanyuan, construído há mais de 1.500 anos, as estátuas sagradas da família do monge Tang e o pagode do imperador Ayu, com 40 metros de altura. Construído na dinastia Song, este pagode saiu ileso de um terremoto de 8,5 graus na escala Richter.

 
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