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Lou Shibai, famoso pintor da China
2008-09-08 09:47:09    cri

Em razão do 90º aniversário do nascimento do pintor Lou Shibai, um dos maiores mestres de pintura tradicional da China, e do seu 75º aniversário de carreira artística, a Galeria Nacional de Belas Artes da China promoveu nos finais de junho uma exposição da arte de Lou Baishi. A iniciativa causou um grande impacto nos círculos de belas artes do país. Lou Shibai foi aluno de Qi Baishi, grande mestre da pintura tradicional chinesa, e nunca poupa seus esforços para renovar as tradições herdadas de seu professor. Com idade avançada, continua empenhando-se na criação.

A pintura tradicional chinesa tem uma história de mais de mil anos, e tem muito a ver com a cultura e a história antigas. É um método elegante através do qual os eruditos expressam seus conceitos de valor e gostos estéticos. Nas pinturas tradicionais, buscam a elegância das ameixeiras, orquídeas, bambús e crisântemos, conferem-lhes significados especiais e, com estas plantas, desenvolvem até uma fórmula pictórica. O professor de Lou Shibai foi Qi Baishi, mestre da pintura tradicional de reputação mundial equivalente ao mestre espanhol Pablo Picasso. Em algumas ocasiões, Picasso aprendeu pintura tradicional chinesa imitando as obras de Qi Baishi.

Lou Shibai nasceu na cidade de Liuyang, na província de Hunan, em 1918. Ele aprendeu com Qi Baishi desde os 14 anos e o acompanhou durante um quarto de século, até seu falecimento. Na realidade, seu nome original é Lou Shaohuai. Na tradição chinesa, os intelectuais têm um nome pseudônimo para sua criação artística. Sendo discípulo de Qi Baishi, este lhe deu o nome Shibai, que significa "aprender com o senhor Qi Baishi". Este mestre exerceu uma profunda influência nele. Lou Shibai recordou:

"Minha experiência de estudo é um pouco especial. Estava matriculado na Faculdade ade Belas Artes da Universidade de Furen e, ao mesmo tempo, aprendia com o senhor Qi Baishi. Ele foi muito exigente comigo. Por exemplo, uma vez pintei um peixe; pensava que era suficiente pintá-lo superficialmente. Ele me disse, então, que devia observar todo o peixe mais cuidadosamente: "Geralmente, a carpa tem no seu dorso 32 escamas. Só com a observação detalhada você poderá aperfeiçoar seu nível."

A influência do ensino de longo tempo do senhor Qi Baishi se fazia notar em tudo o quanto Lou Shibai podia ouvir e ver. Dessa forma, Lou herdou as técnicas artísticas de Qi Baishi na pintura de paisagens, de flores e aves, de insetos e peixes, incluindo a caligrafia e a poesia. Segundo se conta, ao ver as obras de Lou Shibai, muitas pessoas pensavam que fossem de Qi Baishi. Uma vez, Qi Baishi avaliou assim seu aluno: "Shibai me parece muito, não só na pintura senão também no temperamento. Tenho certeza de que ele terá êxito no futuro."

Mas, Qi Baishi incentivava sempre a seu aluno a "ter coragem de criar". Seguindo as instruções do professor, Lou Shibai rompeu o convencionalismo na criação das pinturas tradicionais na década de 1940 do século passado e introduziu o pigmento de aquarela na pintura chinesa, enriquecendo a cor da pintura. Nunca cessou de assimilar a fonte de criação da vida cotidiana e estendeu o âmbito de criação de seu professor. O patito, por exemplo, é um tema que a escola de Qi Baishi nunca tocou e os patitos pintados por Lou Shibai são vívidos e simpáticos, sendo considerados como a perícia única dos mestres de pintura tradicional chinesa como os camarões pintados por Qi Baishi, os cavalos de Xu Beihong e os bois de Li Keran. Yu Wenzhou, professor da Academia de Pintura de Beijing, comentou:

"O senhor Lou é um grande profissional artístico. Por um lado, herda as características da escola Qi; por outro lado, tem seu próprio e peculiar estilo. Ao princípio da reforma e abertura, suas obras se expuseram na Galeria Nacional de Belas Artes e os patitos pintados por ele causaram um grande impacto na comunidade da pintura tradicional chinesa. Naquele tempo, a mídia comentou as pinturas de patitos como uma grande novidade da técnica da pintura chinesa."

De suas prolongadas experiências, Lou Shibai formulou sua visão artística: enquanto exaltava o presente, não desprezava o passado; enquanto mantinha como base o estilo tradicional, assimilava pontos fortes estrangeiros.

Apesar da idade avançada, Lou Shibai tem se dedicado nos últimos anos à exploração de novas técnicas e à ampliação dos temas, e tem obtido grandes progressos. Seu filho, Lou Shuze, que dá aulas da pintura tradicional chinesa no Canadá, disse:

"Meu pai vem há algum tempo vivendo em minha casa, e aqui tem alguns amigos e alunos. Quando se encontrava com os amigos ou pintores do Canadá ou visitava exposições, ele tratava as artes modernas com grande naturalidade e de modo franco e aberto. Sempre está atento aos fatores da arte moderna e pensa como utilizá-los em suas obras. O que mais me impressiona é que sempre quer introduzir novos elementos em sua arte. Por isso, quando retorna do Canadá, aparecem sempre algumas inovações em suas pinturas."

Desta vez, na Galeria Nacional de Belas Artes da China, estão em exibição mais de 150 pinturas de cada época. Entre elas, algumas de grande tamanho. O Mundo Harmonioso foi uma obra produzida especialmente para os Jogos Olímpicos de Beijing e oferecida ao Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos da capital. Na pintura se vêem pombas e caquis vermelhos: pombas simbolizam a paz e caquis se pronuncia em chinês Shi, que significa "Mundo". O senhor Lou Shibai levou três meses para a concepção da obra e fez modificações muitas vezes. Ele disse:

"Na criação, a experiência de vida e a paixão são importantes. Por exemplo, quando Beijing saiu vitoriosa na candidatura aos Jogos Olímpicos, comecei a preparar uma pintura para expressar minha alegria. Fiz várias e selecionei este Mundo Harmonioso entre todas."

Lou Shibai se dedica à pesquisa e ao ensino da arte de Qi Baishi. Em 1989, fundou o Centro de Pesquisa de Shibai, com o objeto de difundir a arte da escola Qi. Agora, pinta todos os dias. Segundo ele, no entanto, não está criando pinturas, está preparando novas criações.

 
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